Campus Guarulhos • Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação em História da Arte

ARTS AND DIPLOMACY

ARTS AND DIPLOMACY

Livro

 

PPGHA UNIFESP Arts and Diplomacy 1 page 0001

Dados da Publicação: BRANDÃO, Angela; CRACOLICI, Stefano. (orgs.) Arts and Diplomacy. São Paulo : Universidade Federal de São Paulo, 2022. Publicação no Repositório Institucional


Abstract

Este livro reúne, sob o título Artes e Diplomacia, os trabalhos apresentados e discutidos no âmbito do Projeto de Cooperação Acadêmica entre a Universidade de Durham, Inglaterra, e a Universidade Federal de São Paulo, Brasil, especialmente por parte do Departamento de História da Arte e do Programa de Pós-Graduação em História da Arte, entre os anos de 2018 e 2020. A realização da proposta intitulada Diplomacy and the Arts: Classical Reception as Civilizational Encounter foi possível graças à Linha de Fomento da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo, a FAPESP (Processo n. 2018/15194-9) e ao apoio conjunto das instituições envolvidas. Inicialmente voltada para a discussão ampla da ideia de barroco como designação artística preponderante nas formulações de uma história da arte no Brasil – como estilo verdadeiramente nacional e, portanto, uma proposta voltada para a reavaliação necessária da presença do clássico; passamos para um transbordamento da noção de “clássico” em direção à trama mais complexa de estilos, tendências e escolhas estéticas que perpassam a arte no Brasil em diferentes momentos de sua história. Os textos aqui reunidos são resultados de trabalhos desenvolvidos pelos pesquisadores colaboradores, que apresentaram suas ideias no I Workshop ocorrido em Durham, em novembro de 2019, agora são publicados com financiamento da Verba PROAP-CAPES e apoio do Programa de Pós-Graduação em História da Arte da Unifesp. O primeiro capítulo, de José Geraldo Costa Grillo, trata da presença da Arte Antiga no acervo da colecionadora brasileira Ema Gordon Klabin, a partir de uma obra etrusca e outra grega, hoje peças da Fundação que leva seu nome. O segundo texto, de Flavia Galli Tatsch, traz uma reflexão sobre objetos em marfim datados do século XV, na mesma coleção da Fundação Cultural Ema Gordon Klabin; e peças igualmente em marfim, porém como revivals medievais datados do século XIX, pertencentes à coleção particular de Ivani e Jorge Yunes, ambas em São Paulo. Tais textos nos permitem observar temporalidades diferentes e sobrepostas, no deslocamento de objetos ativado pelo colecionismo no Brasil do século XX. O capítulo três, de Cássio Fernandes, leva-nos a uma das discussões que deram origem a este projeto, qual seja, o predomínio de certas tendências na historiografia da arte no Brasil, mais voltadas à visualidade e à noção de barroco, em detrimento de uma história da cultura de caráter mais amplo. Nesse sentido, temos aqui um percurso que acompanha a presença (e ausência) da obra de Aby Warburg no Brasil e sua relativamente recente apreciação. O quarto capítulo, de Angela Brandão, por sua vez, procura demonstrar a difusão do conhecimento dos tratados artísticos provenientes do renascimento italiano, em direção ao universo dos artífices portugueses e, também, ao Brasil Colonial, especialmente em torno de desenhos das Cinco Ordens Clássicas. Algumas das trajetórias dos artistas franceses no Brasil do século XIX, com ênfase em suas produções e recepções de modelos visuais, assim como em suas formulações da iconografia brasileira e em seu papel no desenvolvimento de um sistema artístico constituem o tema do quinto capítulo, escrito por Elaine Dias. O capítulo de André Tavares, Memórias minerais: aspectos da presença britânica no Brasil do Século XIX e o legado do imaginário da industrialização em Minas Gerais, traz conclusões sobre os problemas propostos por este encontro, ao analisar de forma vivaz e abrangente, diferentes caminhos de ligação entre o Brasil e a Grã-Bretanha. Os textos estão publicados, aqui, em sua versão em inglês, tal como foram apresentados durante o encontro na Inglaterra. Da pergunta inicial disparada pela proposta, que convidava os pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo e da Universidade de Durham para um debate em torno dos problemas do barroco e do clássico no Brasil, caminhamos em direção a uma história da arte em movimento que trata não somente de territórios estáticos, mas da dinâmica de objetos no espaço, de artistas em trânsito, de ideias artísticas transladadas e modificadas pelos encontros e desencontros entre culturas diferentes.

 

 

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