Constelações. Crítica e Verdade em Benjamin e Adorno (Loyola, 2009)
Durante a década de 1930, quando se encontravam no exílio, Walter Benjamin e Theodor W. Adorno trocaram cartas que ainda hoje compõem um documento imprescindível à compreensão da arte moderna. Entender as transformações artísticas daqueles anos excluía de antemão a elaboração de uma teoria estética sistemática, distante da concretude dos problemas artísticos, e exigia do crítico o confronto reiterado com a urgência dos debates artísticos e das questões sociais.Este livro retoma estas discussões e as desdobra na análise detida dos objetos em disputa: o teatro épico de Bertolt Brecht, as parábolas de Franz Kafka, o cinema silencioso e o jazz. Não é apenas a singularidade de cada obra que Benjamin e Adorno decifram aos olhos do leitor, mas também as questões decisivas da época: a relação com a tradição, a transmissão da experiência histórica, a ascensão do fascismo e a politização da arte. Ao imergir nos detalhes de seu objeto, a crítica encontra a sua tarefa: trazer à tona as conexões entre arte e verdade em novas constelações.
Constelações
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