O Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Unifesp oferece cursos de Mestrado e Doutorado na área de concentração de Filosofia e encontra-se organizado em quatro linhas de pesquisa:
Professores orientadores Cecília Cintra Cavaleiro de Macedo (M/D) Claudemir Roque Tossato (M/D) Jamil Ibrahim Iskandar (M/D) Juvenal Savian Filho (M/D) Marcelo Silva de Carvalho (M/D) Plínio Junqueira Smith (M/D) Tiago Tranjan (M/D) Uma exigência análoga de alargamento da reflexão sobre a subjetividade também é exigida pela consideração de problemas colocados por artes, culturas e tradições intelectuais não-europeias, em particular as brasileiras. Esses fenômenos, assim como os debates recentes em torno de questões de gênero e da decolonização das ciências humanas, tornam ainda mais explícitos os pressupostos não universais, particulares, do conceito de subjetividade constituído na tradição filosófica europeia. Da mesma maneira como a particularidade da obra de arte moderna contestava o emprego de critérios universais, sedimentados nas estéticas da tradição, para compreendê-la, uma série de fenômenos coloca interrogações críticas à história da filosofia e exige a consideração de autoras, autores, obras e artistas pouco estudados até hoje pela pesquisa acadêmica em filosofia. Ao reunir esse conjunto de temas e interrogações, a linha de pesquisa se orienta pelo esforço de colocar em relação a história da filosofia e questões que permitam inventar novas formas de abordá-la, de modo que o conceito de subjetividade possa ser pensado simultaneamente como consideração crítica da tradição e sua ampliação.
Professores orientadores Arlenice Almeida da Silva (M/D)
Professores orientadores Alexandre de Oliveira Torres Carrasco (M/D) Professores orientadores Alexandre de Oliveira Torres Carrasco (M/D)Metafísica, ciência e linguagem
Nas origens da filosofia há uma correlação entre metafísica, ciência e linguagem, quer dizer, a investigação sobre o ser nasceu em conexão direta com a problemática em torno da capacidade humana de conhecê-lo e dizê-lo. Essa frente tripartite de investigação prolongou-se por toda a História da Filosofia. Na Modernidade, porém, a nova ciência, junto com seus desenvolvimentos técnicos, demandou uma nova metafísica, e mesmo, uma análise da natureza da linguagem e/ou do pensamento. Na Contemporaneidade, a conexão entre ser, conhecer e dizer constitui um dos debates filosóficos mais agudos, sobretudo porque a problematização de qualquer desses temas mobiliza necessariamente os outros dois. Observa-se, assim, em nosso tempo, desde uma continuação da postura crítica moderna diante da metafísica antigo-medieval, com uma consequente concentração da pesquisa filosófica na linguagem ou na ciência, até um ressurgimento e/ou reelaboração da metafísica. É nesse entrecruzamento que pretende se concentrar a linha de pesquisa, embora os trabalhos possam tratar de apenas uma das frentes. Faz parte também desse horizonte de pesquisa o interesse por formas de saber que, por vezes, podem ser consideradas fora do âmbito estrito da filosofia mas oferecem conteúdos e ocasiões para ricos debates epistemológicos, metafísicos e, principalmente, referentes à linguagem.
Subjetividade, arte e cultura
A linha de pesquisa “Subjetividade, arte e cultura” dedica-se a investigar as consequências da crise do conceito clássico de subjetividade, com especial atenção a seus desdobramentos no pensamento a respeito da arte e da cultura. Dessa perspectiva, a filosofia é entendida como uma reflexão sobre sua própria tradição, o que exige questionar a atualidade de seus pressupostos e diversificar as formas de abordagem do conceito de subjetividade à luz dos problemas colocados pelos debates contemporâneos. A interrogação é central nos questionamentos propostos por diversas correntes da filosofia contemporânea – a fenomenologia, o existencialismo, a teoria crítica, a filosofia da diferença – a respeito do conceito de sujeito na história da filosofia, mas também surge do diálogo da filosofia com outras áreas. O conceito de inconsciente proposto pela psicanálise assim como a crise do conceito de indivíduo diagnosticada pela teoria social são entendidos nesse contexto.
A reflexão estética, por sua vez, retoma de várias maneiras tal problematização do conceito de subjetividade, seja pela interrogação das diversas filosofias da arte associadas a sistemas filosóficos, seja pelo debate de considerações estéticas surgidas no âmbito da própria arte moderna. A produção artística, ao refletir sobre seu próprio fazer, colocou questões a respeito de sua autonomia, com inúmeras consequências para se pensar a experiência estética e a subjetividade, que desafiavam a reflexão acumulada pelas estéticas filosóficas. Os debates em torno dos limites entre arte e filosofia, assim como daqueles entre arte e literatura, colocaram para a filosofia a exigência incontornável de levar em conta uma forma de pensar a arte inscrita nos problemas técnicos da própria produção artística
Carolin Overhoff Ferreira (M/D)
Francisco De Ambrosis Pinheiro Machado (M/D)
Henry Martin Burnett Júnior (M/D)
Izilda Cristina Johanson (M)
Luciano Ferreira Gatti (M/D)
Rita de Cássia Souza Paiva (M/D)
Sandro Kobol Fornazari (M/D)
Tales Afonso Muxfeldt Ab'Sáber (M/D)
Política, conhecimento e sociedade
A construção da filosofia política e social legou ampla e diversificada investigação a respeito de noções como a de legitimidade, legalidade, autoridade, poder-saber, força e violência. Nos tempos atuais, a emergência de novos fenômenos desafia nossa capacidade conceitual. O retorno do teológico na política, o debate sobre os direitos humanos, o estabelecimento de um estado de exceção, a fusão entre ciência e técnica, a viabilidade de um projeto racionalista para a política e o direito, o ressurgimento do comunitarismo, do republicanismo e mesmo do utopismo em reação às crises da política liberal e da política de classes são todos eventos que interpelam a pertinência de antigas categorias e parecem exigir a construção de novos instrumentos conceituais. Trata-se de retomar o legado da tradição para possibilitar um diálogo crítico com os novos discursos acerca da política, da sociedade e do conhecimento, sem prejuízo do estudo rigoroso e autônomo dos autores clássicos.
Edson Luís de Almeida Teles (M/D)
Fernando Dias Andrade (M/D)
Ivo da Silva Júnior (M/D)
Jacira de Freitas (M/D)
Olgária Chain Féres Matos (M/D)
Sandro Kobol Fornazari (M/D)
Sérgio Xavier Gomes de Araujo (M)
Thomaz Massadi Kawauche (M)
História da Filosofia
Esta linha trata de estudar as filosofias da perspectiva de sua gênese e arquitetônica conceitual, em vista de uma interpretação propriamente filosófica ou sistemática, sem reduzir-se a uma história das mentalidades. Para tanto, diferentes metodologias filosóficas mostram-se legítimas, entre elas a contextualista, a estruturalista, a fenomenológica, a hermenêutica e a analítica. Tal diversidade é benéfica para a pesquisa, pois estimula o debate e leva a resultados consistentes, iluminando diferentes aspectos das filosofias. Dá-se preferência a investigações explicitamente exegéticas, sem as preocupações e metas específicas propostas nas outras linhas de pesquisa. Incluem-se ainda nesta linha temas e problemas de historiografia filosófica, metodologia filosófica, metodologia em história da filosofia e similares.
Arlenice Almeida da Silva (M/D)
Cecília Cintra Cavaleiro de Macedo (M/D)
Claudemir Roque Tossato (M/D)
Edson Luís de Almeida Teles (M/D)
Fernando Dias Andrade (M/D)
Ivo da Silva Júnior (M/D)
Izilda Cristina Johanson (M)
Jacira de Freitas (M/D)
Jamil Ibrahim Iskandar (M/D)
Juvenal Savian Filho (M/D)
Marcelo Silva de Carvalho (M/D)
Olgária Chain Féres Matos (M/D)
Plínio Junqueira Smith (M/D)
Rita de Cássia Souza Paiva (M/D)
Sérgio Xavier Gomes de Araujo (M)
Tales Afonso Muxfeldt Ab'Sáber (M)
Tiago Tranjan (M/D)
Thomaz Massadi Kawauche (M)
Docentes do Departamento da Filosofia da Unifesp
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