Produção do PPG Enfermagem em 2016
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Teses de Doutorado |
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Avaliação de intervenções não farmacológicas no trabalho de parto sobre a percepção da dor, ansiedade, parâmetros clínicos, obstétricos e neuroendócrinos do estresse
Autor: Angelita Jose Henrique| Orientação: Marcia Barbieri| Doutorado 2016
Palavras Chave: Trabalho de parto, Cortisol, Beta-endorfina, Catecolaminas, Hidroterapia, Bola de parto
Resumo
Introdução: O uso de métodos não farmacológicos durante o trabalho de parto proporciona bem-estar e permite maior satisfação da mulher durante a parturição. Desenho: Ensaio clínico randomizado e controlado, com medidas pré e pós-teste, usando o banho quente de aspersão e exercícios perineais com bola de parto, isolados e combinados sobre a percepção de dor, ansiedade e hormônios do estresse. Método: 128 parturientes de termo, idade média de 25,9 anos, utilizaram banho quente de aspersão e exercícios perineais com bola de parto isolados ou combinados, por 30 minutos. Amostras salivares e medidas da dor e ansiedade foram obtidas antes e 30 minutos após as intervenções. Resultados: O banho quente de aspersão isolado mostrou, embora não significativamente, que o comportamento em relação à liberação de hormônios teve menor elevação dos níveis do cortisol (p =0,992), redução da β-endorfina e aumento de noradrenalina. O uso de exercícios perineais com bola mostrou menor elevação do escore de dor (p = 0,99), menor liberação de epinefrina (p = 0,612), elevou os níveis de β-endorfina e mostrou efetividade estatisticamente significante no estímulo à sua liberação (p = 0,007). A associação destas intervenções, embora não significativamente, teve maior efetividade para a redução da ansiedade (p = 0,99), reduziu a liberação de β-endorfina e epinefrina e aumento na liberação de noradrenalina. Conclusões: O uso banho quente e bola suíça durante o trabalho de parto modificam a percepção da dor, ansiedade e respostas neuroendócrinas ao estresse.
Avaliação do programa de educação permanente online para profissionais de enfermagem em um hospital universitário
Autor: Ieda Aparecida Carneiro| Orientação: Maria Isabel Sampaio Carmagnani| Doutorado 2016
Palavras Chave: Avaliação Educacional, Capacitação em Serviço, Educação a Distância, Educação Continuada em Enfermagem, Estudos de Validação
Resumo
A Educação a Distância facilita a inclusão e democratização do acesso à capacitação de um número cada vez maior de profissionais; porém poucas avaliações sistemáticas são realizadas pelas organizações de saúde. Este estudo baseou-se nos princípios da Andragogia e nos seguintes modelos de avaliação de treinamentos: Modelo de Avaliação Integrado e Somativo e no Modelo Integrado de Avaliação do Impacto do Treinamento no Trabalho. Objetivos: descrever a implementação e realizar a avaliação de um Programa de Educação Permanente, utilizando a plataforma Moodle, para capacitação de profissionais de enfermagem em um Hospital de Ensino; adaptar ao contexto deste estudo, realizar a validação de conteúdo, semântica e estatística, e aplicar os instrumentos de coleta de dados; descrever o perfil dos participantes do programa; comparar os resultados obtidos pela avaliação somativa do grupo de treinandos com um grupo controle; verificar se há relação entre nota de avaliação final, variáveis demográficas e funcionais, e os resultados dos instrumentos aplicados. Método: estudo descritivo, não experimental correlacional, de abordagem quantitativa, realizado em um Hospital de Ensino ligado a uma Universidade Federal no município de São Paulo. O estudo foi realizado em quatro etapas. Atenderam aos critérios de inclusão no estudo 1.707 profissionais e foram analisadas as avaliações somativas de 1.447 treinandos que participaram do Programa de forma efetiva. A aplicação dos instrumentos validados ocorreu por meio eletrônico e presencial a 303 treinandos. As análises foram realizadas utilizando–se o pacote estatístico SPSS 20.0 e STATA 12, sendo adotado um nível de significância de 5%. Resultados: o Programa de Educação Permanente foi implementado em maio de 2012, sendo desenvolvidos 23 módulos, com duração de 30 dias e carga horária de 12 horas por módulo. Os treinandos são predominantemente do sexo feminino, cargo auxiliar de enfermagem, possuem mais de 36 anos de idade, estão na instituição há 11 anos ou mais e estão lotados no turno da noite e manhã com vínculo de servidor público. Na avaliação somativa, os enfermeiros apresentaram melhor desempenho em relação aos demais profissionais de enfermagem, assim como os profissionais em geral com mais de 16 anos na instituição e com idade acima de 60 anos. A média das notas obtidas pelos treinandos foi de 8.9 com desvio padrão de 0,8, sendo a nota mínima de 3,4 e a máxima de 10. Quando comparados ao grupo controle, o grupo que realizou os módulos apresentou média superior. Os instrumentos de “Reação ao Treinamento”, “Suporte à Transferência de Treinamento”, “Avaliação do Impacto em Amplitude” e “Estratégias de Aprendizagem” foram validados e aplicados aos treinandos do Programa, alcançando bons índices de precisão e confiabilidade e apresentando entre si, correlações significantes e positivas. As Estratégias de Aprendizagem utilizadas pelos treinandos foram as comportamentais "Elaboração e Aplicação Prática" que apresentaram em sua análise estatística três fatores. Observou-se uma relação significante entre satisfação com os procedimentos instrucionais e o Impacto no Trabalho medido em Amplitude e entre a satisfação com os Resultados do Treinamento e as Estratégias de Aprendizagem. O Impacto no Trabalho medido em Amplitude apresentou também correlações com as Estratégias de Aprendizagem e o Suporte à Transferência do Treinamento. Conclusões: houve condições favoráveis ao processo de ensino–aprendizagem e foram registrados níveis elevados de satisfação com os quesitos avaliados. A avaliação do Impacto em Amplitude indicou que as habilidades aprendidas passaram a ser utilizadas na prática profissional. Observou-se que poucas variáveis estudadas apresentaram correlação com a média das notas da avaliação final. Sobre a contribuição dos módulos, segundo a opinião dos profissionais, observou– se que os módulos referentes à Terapia Intravenosa e Sepse apresentaram contribuição acima de 91% e os demais módulos acima de 81%. Considera-se que os objetivos propostos foram alcançados, uma vez que a implementação do Programa foi descrita e avaliada, os instrumentos foram validados e representam uma contribuição para os profissionais da área da saúde. Recomenda-se que a avaliação somativa seja realizada antes e após as ações educativas para profissionais da área da saúde.
Calor humano: origem e perpetuação desse valor em uma instituição hospitalar modelo referência do município de São Paulo
Autor: Audry Elizabeth dos Santos| Orientação: Maria Cristina Sanna| Doutorado 2016
Palavras Chave: história da enfermagem, história, assistência à saúde, imigrantes, cultura.
Resumo
Objetivo: Descrever e analisar a origem e a manutenção do valor “Calor humano” num hospital privado, modelo-referência do município de São Paulo, criado por imigrantes sírio-libaneses. Método: Empregou-se a pesquisa histórico-social, na modalidade história oral e considerou-se esta como um Estudo de Caso. O objeto de estudo foi o valor moral Calor humano e o recorte temporal foi de 1960 até 2006. Entrevistas empregando-se roteiro semiestruturado foram realizadas com diretores da instituição, lideranças da enfermagem, funcionários, médicos e pacientes. Estas foram transcritas e transcriadas e os achados descritos e interpretados à luz das teorias dos sociólogos Max Weber e Émile Durkheim. Resultados: Quatro categorias temáticas foram construídas: “Criação do Hospital em Estudo”, “Origem do Calor Humano”, “Compreensão do Calor humano pelos Diversos Atores Sociais”; e “Ações de Implementação do Valor Calor humano”. Conclusão: identificou-se a forte influência da cultura dos imigrantes sírio-libaneses no hospital. A liderança fundadora planejou a criação do hospital à luz do atendimento filantrópico baseado na solidariedade. A liderança médica, pertencente à colônia sírio-libanesa, desempenhou o comando de forma carismática, característica esta que foi o vetor da criação do valor moral Calor humano. Esta peculiaridade foi responsável pela disseminação do modelo estabelecido para o atendimento geral e a manutenção do valor Calor humano deveu-se à solidificação da cultura absorvida na longa permanência das lideranças médica e de enfermagem na instituição. Como decorrência, houve a criação de vários processos assistenciais implantados pela enfermagem que auxiliaram na manutenção desse valor moral na instituição
Competência profissional do enfermeiro de urgência e emergência: desenvolvimento do processo de avaliação
Autor: Flavia Lilalva de Holanda| Orientação: Isabel Cristina Kowal Olm Cunha| Doutorado 2016
Palavras Chave: Avaliação de Desempenho Profissional, Competência profissional, Enfermagem em Emergência, Psicometria, Validade dos testes.
Resumo
Objetivos: Desenvolver processo de criação do instrumento de avaliação das competências profissionais do enfermeiro em emergências e avaliar as evidências de validade e a consistência interna das competências propostas. Método: Estudo quantitativo com delineamento não experimental, descritivo e metodológico, realizado de 2011 a 2016, em universidade pública na cidade de São Paulo, Brasil, tendo por base o referencial psicométrico. Para atender os critérios dos tipos de pesquisa e do uso deste referencial na elaboração de instrumento de medida do comportamento humano, o estudo foi desenvolvido em etapas, segundo Pasquali. Essas etapas realizaram-se de formas distintas e consecutivas nos Procedimentos Teóricos, Empíricos e Analíticos necessários ao direcionamento da investigação ao seu objetivo final. Nos teóricos, objetivou-se fundamentar o construto para sustentar cientificamente o instrumento a ser elaborado com ações necessárias à prática competente do enfermeiro em emergências. Dedicou-se ao levantamento da literatura e à construção da Matriz de Competência Profissional do enfermeiro em emergências. Nessa construção, considerou evidências empíricas já obtidas e o conhecimento e a experiência das pesquisadoras para estabelecer os aspectos quantitativos e nominais, bem como as definições constitutivas e operacionais do processo. A Matriz foi composta por Competências Básicas e Associadas e a partir dela foi proposto um Perfil de Competência Profissional alinhado às tendências do mercado, às particularidades da Enfermagem em emergências, aos estudos existentes e à opinião de experts, que consideraram a propriedade das ações ao desempenho competente do enfermeiro nessa área, necessários à definição do construto. O Instrumento de Avaliação das Competências foi organizado em cinco partes: planilha com ações mensuráveis em cinco níveis de competência; escala de avaliação do grau de competência profissional do enfermeiro em emergências; dados de caracterização pessoal e profissional do sujeito de pesquisa e três casos fictícios. Nos Empíricos, calculou-se e definiu-se a amostra, a aplicação do instrumento piloto e a coleta dos dados, procedendo-se à avaliação da qualidade psicométrica do instrumento. Os Analíticos foram do tipo descritivo e inferencial. Resultados: A partir das oito Competências Básicas e das 32 Competências Associadas indicadas na Matriz, houve a descrição de 56 atitudes/comportamentos representados por ações nomeadas de Questões Identificadoras geradoras do Perfil de Competência. Depois de verificada a evidência de validade baseada no conteúdo das Questões Identificadoras por enfermeiros experts no assunto, buscou-se evidências de validade dos itens do construto propostos no instrumento. Desse processo participaram 448 enfermeiros, sendo que os assistenciais responderam a 407 autoavaliações, e 41 gestores, respondendo a 407 heteroavaliações, perfazendo um total de 814 instrumentos aplicados em hospitais, AMA e SAMU. A análise fatorial exploratória dos 81 itens apontou a existência de sete fatores que, após exclusão de três desses itens, explicaram 66,5% da variância total dos dados. O alfa Cronbach variou de 0,79 a 0,98. A avaliação dos escores por características verificou médias distintas por sexo, instituições, especialistas e enfermeiros com diferentes cursos inerentes às emergências. Conclusão: Foi desenvolvido processo de criação de Instrumento de Avaliação das Competências Profissionais do enfermeiro em emergências com avaliação das evidências de validade ao longo de todo estudo.
Distribuição de tecido ocular no estado de são paulo: analise sobre o aceite e descarte de córneas.
Autor: Joao Luis Erbs Pessoa| Orientação: Bartira de Aguiar Roza| Doutorado 2016
Palavras Chave: transplante de córnea, captação e distribuição de córneas, Eduard Zirm
Resumo
O transplante de córnea evoluiu muito desde o primeiro transplante bem sucedido realizado por Eduard Zirm em 1905, depois com a criação do primeiro banco de tecido ocular em 1944 em New York, até chegar ao atual modelo de captação e distribuição de córneas. O principal desafio dessa atividade de alocação do tecido ocular realizado por uma Central de Transplantes é buscar otimizar ao máximo a utilização das córneas captadas pelos bancos de tecido ocular que atuam no estado de São Paulo. Nesse sentido, o principal objetivo desta pesquisa foi identificar os principais motivos de recusa das córneas ofertadas. Trata-se de um estudo descritivo transversal correlacional, composto por uma amostra de 5.560 córneas ópticas captadas e ofertadas para transplante em 2013. A análise dos dados foi realizada utilizando-se o teste de Qui-Quadrado, teste exato de Fisher, teste t de Student, ANOVA, teste de Kolmogorov-Smirnov, teste de Levene, teste não paramétrico de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis. O maior número de doadores era do sexo masculino (60%); a principal causa de óbito esteve relacionada a doenças do aparelho circulatório (40%); do total de córneas ópticas disponibilizadas para transplante, 80% delas foram efetivamente transplantadas; o tempo médio entre o óbito e a enucleação foram 4,2 horas; e entre o óbito e a preservação, 9,8 horas. Dos óbitos, 42,4% o corpo do doador apresentava-se refrigerado antes da captação. As principais características das córneas captadas foram: epitélio integro 1; halo senil 1; Edema estromal 1; dobras de Descemet 1; densidade endotelial 1; Guttata 0 e uma média de 2492 células endoteliais. O principal motivo de recusa informado pelas equipes transplantadoras está ligado à qualidade da córnea. A média de recusa por córnea foi 9,2 vezes. Córneas de doadores mais jovens apresentaram maior padrão de aceitação pelas equipes transplantadoras. Doadores cujo diagnóstico da morte estava ligado a causas externas apresentaram maior porcentagem de aproveitamento da córnea para o transplante. Para cada ano somado à idade do doador, evidenciamos uma diminuição de 1% na probabilidade de a córnea ser utilizada para o transplante, e também que o aumento de 100 células endoteliais por mm2 eleva em 9% a probabilidade de a córnea ser transplantada e diminui em 1% as médias de recusa. Por fim, fica evidente que a principal causa de recusa está ligada à qualidade do tecido ofertado, e esta condição está associada a idade, causa mortis e manutenção do corpo em câmara fria. Córneas de doadores mais idosos são mais difíceis de ser aceitas para o transplante. Tecidos que apresentam melhores avaliações são mais rapidamente aceitos pela equipe transplantadora.
Educação em movimentos reflexões e desafios dos processos de aprendizagem em movimentos sociais de Madrid
Autor: Andrea Lucia Torres Amorim Pellegrini| Orientação: Ana Cristina Passarella Bretas| Doutorado 2016
Palavras Chave: Privatização, economia, educação, saúde, interdisciplinaridade, direitos humanos, participação comunitária, organização social
Resumo
Este estudo foi construído com movimentos sociais de Madrid e de São Paulo. Foi realizado por meio de fomento da CAPES (bolsa de estudo sanduíche) para imersão nos movimentos sociais de Madrid no ano de 2013. Foi provocado pela vivência do desmonte da saúde pública em São Paulo e descreve brevemente o desmonte da saúde pública em São Paulo e em Madrid. Tem comoeixos temáticos o processo educativo que se dá dentro dos movimentos sociais estudados e a intersecção entrevários movimentos sociais na luta pela defesa da saúde pública e universal. Objetivou aproximar movimentos populares diversos que promovem o enfrentamento das políticas neoliberais que desembocam na perda de direitos adquiridos, como o direito à educação e à saúde pública, universal e gratuita. Utilizouvárias metodologias participativas com o objetivo de que o estudo seja aproveitadopelos grupos e coletivos que participaram de sua construção. Teve comoreferencial metodológico a sociopraxisda Escola de Madrid e para sua realização fez mapeamentos, sociogramas e compôs equipes motoras que impulsionaram a compreensão do universo estudado. Foram entrevistados21 ativistas sociais e uma pessoa fora do ativismo, e também foram utilizados discursos de autoridades (entrevistas concedidas à imprensa). Contextualizouos movimentos sociais da Espanha em uma perspectiva sócio-histórica e tevecomo campo os movimentos sociais contemporâneos de Madrid. Aprofundouo olhar em quatro movimentos específicos: 15M(Asambleade barrio Dos de Mayo, Economía Sole Plataforma por la Desobediencia Civil), Yo Sí Sanidad Universal, Patio Maravillase Teatro y Compromiso. A partir dos discursos coletados e da vivência da pesquisadora, descreve e relata as principais ferramentas utilizadas pelo ativismo de Madrid em seu cotidiano de ação social(manifestações de rua, encierros, desobediência civil, ciberativismo). Apresentao processo educativo apontado pela pesquisa como “Escola dos Movimentos Sociais de Madrid”, que tem como temas geradores: desobediência civil, não violência e cultura de paz, economia solidária e autogestão. Discute brevemente os temas geradores a partir do referencial teórico dos próprios movimentos. Apresenta como resultados os diálogos e pontes construídos entre ativistas de Madrid e de São Paulo durante o desenvolvimento do trabalho. Ao final, aponta as dificuldades percebidas durante o processo e as novas perguntas que as reflexões propiciaram. A transformação da saúde em mercadoria data de longo tempo e cada vez mais está se acirrando. Apesar de algumas conquistas dos movimentos sociais em retardar esse processo, a privatização total dos serviços públicos, o que significa a exclusão da população que não pode pagar por eles, é iminente.
Efeitos do uso de um software autoinstrucional no ensino do exame físico do recém-nascido a termo para estudantes do curso de graduação em enfermagem tese
Autor: Maria Das Gracas de Oliveira Pizzocolo| Orientação: Conceição Vieira da Silva Ohara| Doutorado 2016
Palavras Chave: Software. Tecnologia Educacional, Enfermagem Neonatal, Educação em Enfermagem
Resumo
Introdução: o processo educacional veiculado à utilização de software educativo está centrado na aprendizagem do estudante, que visa instrumentalizar o docente, servindo como uma ferramenta para auxiliá-lo a desempenhar sua função de levar o discente a construir seu conhecimento de forma ativa e com significado. Objetivos: Geral: analisar os efeitos do uso de um software autoinstrucional no ensino do exame físico do RNT com estudantes de Graduação em Enfermagem. Específicos: comparar a aprendizagem cognitiva de estudantes de Enfermagem no uso do software autoinstrucional com a aprendizagem obtida com aula expositiva; avaliar a aprendizagem cognitiva dos estudantes de Enfermagem adquirida antes e após-teste com uso do software e aula expositiva e verificar a opinião dos estudantes em relação ao uso do software e à aula expositiva. Método: pesquisa experimental, controlada, randomizada. Participaram 165 estudantes da Graduação em Enfermagem de uma universidade privada da cidade de São Paulo, que após assinatura do TCLE foram randomizados de forma aleatória e formaram-se o Grupo Controle (GC) (92 participantes) e o Grupo Experimental (GE) (73). O GE participou da modalidade de ensino por meio da utilização de um software autoinstrucional sobre exame físico do RNT em laboratório de informática e o GC, de aulas expositivas convencionais sobre o mesmo conteúdo ministrado na Graduação em Enfermagem. Resultados: demonstrou-se que não houve diferença estatisticamente significativa entre os rendimentos obtidos pelos estudantes nas duas modalidades de ensino. Mas ocorreu aquisição de conhecimento cognitivo do conteúdo que foi ministrado para ambos os grupos participantes da pesquisa, quando comparados os resultados das avaliações dos pré e pós-teste, onde o GC (92) obteve acertos mínimos de 1,8 e máxima de 6,0 com média de 4,015 no pré-teste. E no pós-teste, acertos mínimos 2,8, máximo 8,6, com média de 5.561. Já o GE obteve acertos mínimos 2,0, máximo de 7,0 e média 4,052 no pré-teste. No pós-teste, mínimo 1,2; máximo 8,6 e a média, 5,573. Em relação à opinião dos estudantes sobre as modalidades de ensino, os dois grupos avaliaram as duas modalidades como muito boas, sendo que o GE (66,2%) considera que utilizar o software autoinstrucional facilita a aprendizagem do exame físico do RNT e o GC (98,9 %) afirmou que a aula expositiva também facilita a aprendizagem do mesmo conteúdo. No GE, 58,8 % consideraram o ensino por meio de software autoinstrucional bom; 98,6 % afirmaram ter facilidade para usar o software; 100% consideraram a linguagem de fácil compreensão; 93,1% manifestaram que esse tipo de ensino é estimulante; 79,1% querem usar esta ferramenta com mais frequência nas disciplinas da Graduação em Enfermagem. Conclusão: os resultados demonstraram que o software autoinstrucional é uma ferramenta que propicia aquisição de conhecimento significativo sobre exame físico do RNT, pois os estudantes o consideram bom e que facilita a aprendizagem do conteúdo em questão. A comparação entre os acertos e erros no pré e pós-teste demonstrou que ocorreu ganho de conhecimento cognitivo para ambos os grupos participantes da pesquisa.
Empenhando-se em promover um ensino significativo do brinquedo terapêutico, almejando a qualidade do cuidado à criança: vivência do docente de graduação em enfermagem
Autor: Edmara Bazoni Soares Maia| Orientação: Circea Amalia Ribeiro| Doutorado 2016
Palavras Chave: Ensino, Educação em Enfermagem, Enfermagem Pediátrica, Jogos e brinquedos, Defesa da criança
Resumo
Estudo de abordagem qualitativa que objetivou compreender a vivência do professor no processo do ensino do Brinquedo Terapêutico nos Cursos de Graduação em Enfermagem e construir um Modelo Teórico representativo dessa vivência. O referencial teórico utilizado foi o Interacionismo Simbólico e o metodológico, a Teoria Fundamentada nos Dados. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo sob o nº 394.373/13. Teve como cenário as disciplinas que envolvem o ensino teórico e prático da Enfermagem Pediátrica nos Cursos de Graduação em Enfermagem das instituições, nas quais o professor interage com o ensino do Brinquedo Terapêutico, com outros docentes, alunos e pessoas envolvidas no processo ensino-aprendizagem, como a família da criança e os profissionais do cuidado. Participaram do estudo 18 docentes e três enfermeiros envolvidos com o ensino dessas disciplinas, sendo o número de participantes determinado pelo processo de amostragem teórica. Os dados foram coletados por Observação Participante e Entrevista Semiestruturada iniciada com a pergunta norteadora: Como você percebe o ensino do Brinquedo Terapêutico nos Cursos de Graduação em Enfermagem? A análise dos dados deu-se concomitante à sua coleta, permitindo compreender que a experiência do professor nesse processo de ensino nos cursos de graduação em enfermagem é dinâmica, visto manifestar-se por ações e interações, sujeito a frequentes transformações, diante da necessidade de alinhamento das ações dos atores envolvidos. É integrado por dois fenômenos, o primeiro, Mobilizando-se para que o ensino do BT torne-se realidade no curso de graduação em enfermagem, revela todo o movimento empreendido pelo professor, buscando garantir que o ensino do Brinquedo Terapêutico venha tornar-se realidade, interagindo com preocupações e questionamentos relacionados à realidade desse ensino, o que acaba gerando a necessidade de conhecê-la e, a partir disso, mostram-se como mobilizadoras para que o docente decida instituir e preparar-se para ensino do Brinquedo Terapêutico. Durante todo o processo, em cada etapa da experiência, o docente vai nutrindo seu desejo de que com o ensino do Brinquedo Terapêutico possa oferecer ao aluno subsídios para um cuidado qualificado à crianca. O segundo fenômeno, Preocupando-se em oferecer ao aluno uma aprendizagem significativa representa o empenho do professor para que as ações planejadas tornem-se realidade, possibilitando ao aluno oportunidades de interagir com um ensino teórico-ativo e de vivenciar o Brinquedo Terapêutico na prática clínica, para que possa ser tocado pela experiência e amplie seu olhar para a importância da temática. Revela que, mesmo necessitando de um esforço do docente para ultrapassar as dificuldades, ele se fortalece pelas interações e consequentes transformações positivas que esse ensino provoca no ambiente da prática acadêmica, fazendo com que ele siga esperançoso, vislumbrando um futuro em que o cuidado da criança seja provido de maior qualidade, incluindo a incorporação sistemática do Brinquedo Terapêutico. A integração das categorias permitiu a identificação da categoria central EMPENHANDO-SE EM PROMOVER UM ENSINO SIGNIFICATIVO DO BRINQUEDO TERAPÊUTICO, ALMEJANDO A QUALIDADE DO CUIDADO À CRIANÇA e a construção do Modelo Teórico representativo dessa vivência, que se revelou como a essência do que significa para o professor vivenciar o processo de ensinar o Brinquedo Terapêutico no curso de graduação em enfermagem.
Fatores associados à sobrevida de mulheres diagnosticadas com câncer de mama em um centro de referência do sudeste do Brasil
Autor: Jessica Carvalho de Matos| Orientação: Janine Schirmer| Doutorado 2016
Palavras Chave: Neoplasias da mama, Saúde da Mulher, Análise de Sobrevida, Epidemiologia.
Resumo
A sobrevida reflete as diferentes taxas de mortalidade no mundo, e é uma importante ferramenta para analisar resultados na área oncológica e epidemiológica utilizando-se observações contidas em registros de saúde. Objetivou-se analisar os fatores associados com a sobrevida de mulheres diagnosticadas com câncer de mama em um Centro de Referência da Saúde da Mulher. Trata-se de uma coorte retrospectiva utilizando dados secundários. A população de estudo foi uma amostra de 656 mulheres do total de 4.549 mulheres diagnosticadas com câncer de mama entre 2000 e 2006. Coletou-se variáveis sociodemográficas, clínicas e de acesso ao serviço de saúde. Estratificou-se as pacientes nas categorias óbito e não óbito, sendo o óbito subdividido em óbito por câncer de mama e óbito por outras causas. Para estimar-se a sobrevida, utilizou-se o método Kaplan-Meier. Na comparação das curvas empregou-se o teste de Log Rank e calculou-se a influência das variáveis por meio da regressão múltipla de Cox. As pacientes sobrevivem em média 52,38 meses com intervalo de confiança de 95% e erro padrão de 0,66 meses. A taxa de sobrevivência foi de 79,2 meses. Mulheres nas idades entre 40 e 59 anos apresentam redução no risco de morrer em comparação às mulheres com 60 anos e mais. As tabagistas apresentam um risco de morte maior em relação às não tabagistas. A cirurgia radical e quanto maior o tumor se apresentou demonstrou uma relação com o aumento no risco de óbito por câncer de mama. O risco de uma mulher que apresenta p53 negativo vir a óbito é reduzido quando comparado ao risco das mulheres com p53 positivo. O comprometimento de 1 a 4 linfonodos reduz o risco quando comparados com o comprometimento de 10 e mais linfonodos. A presença de recidiva e metástase proporcionou aumento no risco de óbito. O risco de óbito do tratamento quimioterápico isolado é de 22 vezes em comparação aos demais tratamentos combinados. O tempo entre a 1ª consulta e o início do tratamento não é um fator de risco ou proteção, bem como o tumor ser ou não receptor de progesterona e estrogênio. O risco de uma mulher que apresenta estadiamento I, II e III vir a óbito é reduzido quando comparado às demais. Salienta-se a necessidade urgente de melhora no preenchimento dos dados nos registros de saúde, bem como um rastreamento organizado que possibilite o diagnóstico o mais precocemente possível do câncer de mama no nosso país, de maneira igualitária e justa.
Impacto de intervenções no controle da infecção do trato urinário associada ao cateterismo vesical de demora
Autor: Myria Ribeiro da Silva| Orientação: Dulce Aparecida Barbosa| Doutorado 2016
Palavras Chave: Cateter vesical, Infecção de trato urinário, Enfermagem, Conhecimento
Resumo
Estudo quase-experimental com delineamento do tipo antes e depois, que teve como objetivo analisar o impacto de intervenções educativas de prevenção e controle da infecção do trato urinário em pacientes submetidos ao procedimento de cateterismo vesical de demora (CVD). A população foi composta por 124 profissionais da equipe de enfermagem, sendo 36 enfermeiros (E) e 88 técnicos de enfermagem (TE). A coleta de dados foi realizada através de um instrumento que abordou dados de caracterização da população e conhecimentos relacionados aos cuidados na inserção, durante a instalação, para a manutenção e considerações na retirada. Esta pesquisa consistiu de três períodos: um período de pré-intervenção, um período de intervenção e outro de pós-intervenção. A predominância dos participantes foi do sexo feminino (82,3%), duplo vínculo empregatício (54,8%), com média de idade de 36 anos, experiência profissional em média de 9,2 para ambas as categorias, e experiência na instituição com média total de 5,5 anos para as duas funções. Foi construída uma escala de 20 itens composta de cinco subescalas. Para analisar o conhecimento e as condutas do procedimento de CVD, foi utilizada a análise estatística descritiva, distribuição em frequências relativas e absolutas, média, desvio padrão, teste de Levene para igualdade de variâncias (r valor, valor z, assumida), Teste t para amostras independentes (valor de t, graus de liberdade, r valor), testes inferenciais não paramétricos e teste Qui-quadrado (c2). Para analisar a mudança no padrão de comportamento do pré-teste para o pós-teste, por meio da escala global, foi utilizada a análise de covariância, nos quais se ajustou a reta de regressão entre o pré e pós-teste, por categoria profissional. Nível de significância r<0,05. Na análise de forma global, a relação das pontuações na escala no pré-teste e pós-teste, observa-se que no caso da categoria de E, a equação ajustada Y=0,015X+19,61, indica que independentemente do ponto de partida no préteste, praticamente todos os profissionais chegaram a responder todas as 20 questões de forma correta. Da mesma forma, na categoria de TE a equação ajustada Y=0,003X+18,70, também não importou o nível no pré-teste, a intervenção educativa eleva para 19 o patamar esperado de respostas corretas. Verificou-se uma evolução no patamar de conhecimento após as intervenções educativas para o grupo formado por E e TE. Portanto, conclui-se que as ações foram efetivas e que devem ser implementadas junto à equipe de enfermagem periodicamente, considerando que essas podem influenciar na qualidade da assistência, bem como, a profissional.
Implantação de observatório para sífilis gestacional e congênita
Autor: Flaviane Mello Lazarini| Orientação: Dulce Aparecida Barbosa| Doutorado 2016
Palavras Chave: Vigilância Epidemiológica, Gestantes, Sífilis Congênita, Cuidado Pré-Natal, Educação Permanente, Transmissão Vertical de Doença Infecciosa
Resumo
Introdução: diante da reemergência da sífilis na população brasileira e seus prismas que englobam a saúde materno-infantil, bem como as dificuldades encontradas pela vigilância epidemiológica em empregar as políticas de saúde instituídas pelo Ministério da Saúde (MS), um Observatório para Sífilis foi instituído da parceria entre a Autarquia Municipal de Saúde de Londrina e a Universidade Estadual de Londrina-UEL. A justificativa do estudo foi pautada na importância do papel educativo da vigilância epidemiológica em empregar as medidas necessárias para prevenir e/ou controlar a ocorrência da epidemia de sífilis. Objetivo: avaliar a efetividade de um observatório de vigilância epidemiológica em monitorar a sífilis gestacional e congênita e as possíveis mudanças no perfil epidemiológico desse agravo. Metodologia: tratou-se de uma pesquisa “quase-experimental” com delineamento do tipo “antes e depois” que foi realizada entre outubro de 2013 a dezembro de 2015, no município de Londrina - PR. O material do estudo foram todas as fichas de notificação dos indivíduos com sífilis gestacional e sífilis congênita no período de 2007 a 2013 (antes da intervenção) e no período de 2014 a 2015, após a intervenção. A população foram 102 profissionais de saúde das Unidades Básicas de Saúde, responsáveis pela notificação obrigatória dos agravos. Foi realizado diagnóstico situacional no período pré-intervenção, realização de intervenção (capacitação dos profissionais) com aplicação de questionário estruturado autoaplicável para mensurar o conhecimento antes e depois da intervenção. Resultados: houve adesão de 92,6% dos serviços da Atenção Básica às oficinas de intervenção presenciais e melhoria do conhecimento dos profissionais sobre diagnóstico e manejo da sífilis após a intervenção, que alcançaram um índice de acerto pré de 53% e pós-intervenção de 74,3%, considerado satisfatório e significativo (p<0,01). A taxa de detecção da sífilis em gestantes aumentou em 7,3 casos a cada mil nascidos vivos de 2013 a 2015. A incidência de sífilis congênita reduziu de 7,1 casos a cada mil nascidos vivos em 2013 para 4,8 em 2014, mas voltou a crescer em 2015(6,7/1000). Após a intervenção, não houve registro de óbitos infantis por sífilis, porém, aumentou da detecção de óbitos fetais investigados e confirmados. Os dados foram tabulados e categorizados pelo Excel for Windows® e SPSS (Statistical Package for the Social Sciences)® 2.1 e realizou-se análise descritiva e inferencial dos dados pós-intervenção. Conclusão: a intervenção educacional e a criação do Observatório para Sífilis como ferramenta de vigilância epidemiológica acarretaram impacto positivo, que pode ser verificado pelo aumento da detecção do número de casos na gestação, diminuição da transmissão vertical da sífilis, melhoria da detecção dos óbitos fetais e eliminação da mortalidade específica por sífilis congênita em menores de um ano em 2014 e 2015.
Intervenção educacional com profissionais da equipe de enfermagem para promover o cuidado centrado no paciente e família
Autor: Fernanda Ribeiro Baptista Marques| Orientação: Myriam Aparecida Mandetta| Doutorado 2016
Palavras Chave: Família, Educação, Enfermagem, Estudo de intervenção, Cuidados de Enfermagem
Resumo
Introdução: Intervenções educacionais com profissionais da saúde para incluir a família nos cuidados são essenciais. Nesse sentido, desenvolveu-se e implementou-se uma intervenção baseada nos pressupostos do Modelo do Cuidado Centrado no Paciente e na Família, e fundamentada na Teoria da Aprendizagem Significativa com profissionais da equipe de enfermagem de um hospital referência em oncologia pediátrica no município de São Paulo (SP). Objetivo: Avaliar o impacto de uma intervenção educacional no conhecimento, na percepção e nas atitudes dos profissionais da equipe de enfermagem, em relação ao cuidado centrado no paciente e família. Método: Misto. Para o delineamento quantitativo, foi aplicado um quase experimento, realizado em três fases: pré-intervenção, pós-intervenção imediata e 3 meses após a intervenção. Para a condução do estudo qualitativo, optou-se pela Análise Qualitativa de Conteúdo, realizada 3 meses após a conclusão da intervenção. Participaram 18 profissionais da equipe de enfermagem do quase experimento e 11 do estudo qualitativo, no período de junho de 2015 a janeiro de 2016. Para a coleta de dados do quase experimento, foram aplicados quatro instrumentos sendo um questionário de caracterização sociodemográfica, um questionário de conhecimento teórico, o instrumento de medida da Percepção do Cuidado Centrado no Paciente e Família-Equipe versão brasileira e a escala da Importância das Famílias nos Cuidados de Enfermagem – Atitudes dos Enfermeiros. A análise dos dados quantitativos deu-se por meio de análise descritiva e inferencial (p≤0,05). A Análise Qualitativa de Conteúdo guiou a análise dos dados qualitativos. Resultados: A intervenção educacional favoreceu aos profissionais a aquisição de conhecimento sobre a importância da oferta de informação à família, do envolvimento da família nos cuidados e da negociação de suas preferências com a equipe (p=0,050). Houve mudança na percepção dos profissionais no domínio respeito, evidenciada por maior abertura para os pais fazerem perguntas, e no domínio colaboração, com menor sobrecarga de informações aos pais sobre o tratamento da criança. Quanto à atitude dos profissionais em relação à família, observou-se mudança evidenciada pela inclusão das famílias nos cuidados de enfermagem (p=0,056). A intervenção educacional mostrou-se significante em relação à importância atribuída pelos profissionais na subescala 1 família: como parceiro dialogante e recursos de coping (p=0,003). Os profissionais revelaram que o curso lhes permitiu tornarem-se sensibilizados para o Cuidado Centrado no Paciente e Família, a partir de estratégias de ensino que favoreceram a assimilação de novos conhecimentos, com modificação de conceitos e de atitudes de cuidado em relação à família. No entanto, perceberam que existiam muitas barreiras que dificultam a prática colaborativa com a família. Conclusão: A intervenção educativa apresentou impacto positivo no conhecimento, na percepção e nas atitudes dos profissionais da equipe de enfermagem, em relação ao cuidado centrado no paciente e na família, no contexto da oncologia pediátrica.
Manejo da dor no cuidado de enfermagem a crianças e adolescentes com câncer
Autor: Carla Goncalves Dias| Orientação: Maria Gaby Rivero de Gutierrez| Doutorado 2016
Palavras Chave: câncer, dor, criança, adolescentes, enfermagem pediátrica
Resumo
Introdução: O alívio e controle da dor tem evoluído acentuadamente nas últimas décadas. No entanto, em crianças e adolescentes com câncer continuam sendo um grande desafio para os profissionais da saúde e, em especial para a enfermagem. Objetivo: Analisar o manejo da dor no cuidado de enfermagem à crianças e adolescentes com câncer. Método: Estudo descritivo de corte transversal, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo sob o número 674535 (2014), realizado em uma instituição privada e especializada em oncologia pediátrica, na cidade de São Paulo. Foi desenvolvido em duas fases, no período de fevereiro de 2013 a fevereiro de 2016, sendo a primeira constituída pela construção do instrumento em quatro versões (formulário) para a coleta de dados; a segunda pela aplicação em campo do formulário aos profissionais de enfermagem. Resultados: Na primeira fase, a versão final do formulário para os Profissionais de Enfermagem foi composta por 72 questões e subquestões, a dos Familiares por 48, e a dos Pacientes por 41; todas fundamentadas em quatro princípios da ChildKind International (CKI), Política, Educação, Avaliação da dor e Diretrizes. O quinto princípio, Autoavaliação e Melhoria da Qualidade, deu origem à versão constituída por 26 itens e aplicada exclusivamente à Liderança de Enfermagem. O formulário construído, nas quatro versões, teve sua validade aparente e de conteúdo avaliada por um comitê de especialistas, alcançando 83,3% de concordância, e a validade semântica aprovada por pacientes e familiares. Na segunda fase, a mediana de idade da amostra dos profissionais de enfermagem foi 36 anos, sendo 32 para os enfermeiros e 37 para os técnicos de enfermagem (p=0,005). Todos os enfermeiros eram do gênero feminino e 7 (17%) dos técnicos de enfermagem eram do gênero masculino (p=0,005). O tempo de experiência profissional foi 11 anos, sem diferença entre os dois grupos. A maioria dos enfermeiros (74%) concluiu alguma especialização e oito técnicos de enfermagem (19%) cursavam graduação em Enfermagem. A mediana dos escores, para a amostra geral, nos princípios foi: Política: 71 pontos, Educação 72, Avaliação da Dor 70, Diretrizes 12, e não houve diferença estatística significativa entre os dois grupos. O Princípio Diretrizes (p=0,0039) correlacionou-se com o tempo de exercício profissional em Enfermagem Pediátrica. O estudo da associação entre os princípios mostrou que Política correlacionou-se com Educação (p=0,049), Avaliação da Dor (p=0,008) e Diretrizes (p=0,001). Já o Princípio Educação correlacionou-se com Avaliação da Dor (p=0,009) e Diretrizes (p=0,004); e Avaliação da Dor com Diretrizes (p=<0,0001). O resultado do desempenho dos profissionais de enfermagem foi satisfatório nos Princípios Política, Educação e Avaliação da Dor, e insatisfatório no Princípio Diretrizes. Conclusão: Os resultados do estudo demonstraram que os profissionais de enfermagem, no cuidado a crianças e adolescentes com câncer, desenvolvem ações no manejo da dor relacionadas com os princípios preconizados pela CKI, porém não de maneira uniforme e sistematizada. Não foram evidenciadas diferenças significativas entre os enfermeiros e técnicos de enfermagem em relação ao desempenho nas respostas pertinentes aos Princípios Política, Educação e Avaliação da Dor. Embora as duas categorias profissionais tenham apresentado performances insatisfatórias no que tange ao Princípio Diretrizes, os técnicos de enfermagem mostraram desempenho inferior ao dos enfermeiros. A identificação de fatores que têm contribuído e/ou dificultado o gerenciamento e a qualidade do processo de manejo da dor, por meio de procedimentos de autoavaliação e monitoria da qualidade, são essenciais para a mudança na realidade do contexto estudado.
Modelo assistencial do hospital alemão oswaldo cruz: um estudo de caso
Autor: Fatima Silvana Furtado Gerolin| Orientação: Isabel Cristina Kowal Olm Cunha| Doutorado 2016
Palavras Chave: Padrão de Cuidado, Gestão de Serviços de Saúde, Primary Nursing, Cuidado Centrado no Paciente, Prática Profissional.
Resumo
Introdução: Modelo Assistencial em Saúde diz respeito ao modo como são organizadas, em uma dada sociedade, as ações de atenção à esta área, envolvendo os aspectos tecnológicos e assistenciais. O Relationship-Based Care – Cuidado Baseado no Relacionamento propõe a transformação da entrega do cuidado, por meio do fortalecimento das relações entre pacientes, familiares e a equipe multiprofissional. O Primary Nursing (Enfermagem de Referência) é um modelo holístico que consiste em políticas, procedimentos, relacionamentos, comportamentos, atitudes e competências. Objetivo: Analisar a implantação do Modelo Assistencial do Hospital Alemão Oswaldo Cruz sob a ótica da equipe assistencial multiprofissional, líderes assistenciais e pacientes. Métodos: Estudo de caso descritivo com abordagem qualitativa e quantitativa, sendo uma investigação avaliativa por triangulação de métodos. O estudo foi baseado nos conceitos do Relationshipe Based Care – Cuidado Baseado no Relacionamento e do Primary Nursing (Enfermagem de Referência). A coleta de dados foi realizada em três etapas, sendo a primeira, aplicação de questionário para a equipe assistencial. A segunda etapa foi a realização de quatro encontros com as lideranças assistenciais utilizando a técnica de grupo focal e a terceira etapa consistiu na aplicação de questionário a pacientes internados nas Unidades de Internação. A população e a amostra variaram, conforme as etapas. Resultados e Discussão: Os dados obtidos por meio do questionário aplicado aos profissionais apresentaram média de 92,96% de concordância nas seis dimensões analisadas, demonstrando que o modelo instituído é de conhecimento da equipe e o mesmo está sendo aplicado. A aplicação do coeficiente Alfa de Crombach revelou que o questionário entregue à equipe assistencial apresentou alta confiabilidade. No resultado obtido dos encontros com líderes assistenciais, foram enfatizadas as dimensões: “Liderança”, “Trabalho em Equipe” e “Prática Profissional”. Esta análise demonstrou envolvimento e ênfase nos aspectos relacionados ao papel do líder, preocupação em relação à atuação daqueles que de fato entregam o cuidado ao paciente, bem como a percepção de que o paciente é considerado o centro do cuidado, além do profissional ser reconhecido como referência. Na investigação com os pacientes, o foco foi dado às dimensões: “Prática Profissional” e “Entrega do Cuidado ao Paciente”, com 88,5% e 84,6% de resposta positiva, respectivamente. Conclusão: Este estudo possibilitou analisar e compreender a percepção dos profissionais, das lideranças assistenciais e dos pacientes em relação à implantação do Modelo Assistencial. Os resultados foram considerados positivos, levando ao entendimento de que o Relationshipe Based Care – Cuidado Baseado no Relacionamento e o Primary Nursing são premissas possíveis de serem utilizadas no embasamento de um modelo assistencial.
Monitoramento das doenças crônicas: hipertensão arterial e diabetes mellitus por meio do geoprocessamento em Montes Claros-Minas Gerais
Autor: Orlene Veloso Dias| Orientação: Lais Helena Domingues Ramos| Doutorado 2016
Palavras Chave: Doença crônica, Atenção Primária à Saúde, Serviços de Saúde, Diabetes Mellitus, Hipertensão, Geoprocessamento.
Resumo
As Doenças Crônicas Não Transmissíveis possuem perfil epidemiológico complexo, com características diferentes entre regiões e populações. O monitoramento dos fatores de risco dessas doenças e do estilo de vida da população fornece importantes subsídios para o gerenciamento em saúde, principalmente na fase de estabelecimento de estratégias de intervenção, com o propósito de reduzir a prevalência e a consequente redução da ocorrência de doenças. O objetivo deste estudo foi analisar as Doenças Crônicas Não Transmissíveis – Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus em Montes Claros - Minas Gerais por meio do geoprocessamento. Trata-se de estudo epidemiológico, transversal de base populacional com abordagem quantitativa. A amostragem foi por conglomerado auto ponderada, constituída por 2150 adultos e idosos, residentes em Montes Claros, Minas Gerais, Brasil. Esta pesquisa envolve aspectos referentes ao acesso aos serviços de saúde, fatores de risco e estilo de vida dos usuários com Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus autorreferidas. Para a análise dos dados, optou-se pelo uso de testes estatísticos que envolvem a análise bivariada e a múltipla. Também foi utilizada a tecnologia de Sistema de Informação Geográfica para a espacialização dos dados. Os achados possibilitaram correlacionar a HAS e DM com as variáveis do estudo e identificar a distribuição espacial da exposição da população de Montes Claros, aos fatores de risco e o estilo de vida dos usuários acometidos por essas doenças. A prevalência da HAS e do DM em Montes Claros é semelhante ao cenário nacional. Por meio da espacialização dos dados (acesso, HAS, DM e formas de controle dessas doenças) foi possível visualizar as áreas no município de Montes Claros com maior proporção de cada variável analisada. Os hipertensos e diabéticos utilizaram mais consultas no setor público. A Hipertensão foi associada ao perfil demográfico (mulheres, sem união estável/casados e idosos), estilo de vida (ex-tabagismo, consumo de bebida alcoólica e obesidade). O DM foi associado a idosos e tomar refrigerantes. E para ambas doenças foi associada autopercepção regular ou ruim de saúde. Ao final desse estudo é possível afirmar que a associação do Inquérito Epidemiológico com o Geoprocessamento possibilita o monitoramento das doenças e seus determinantes de forma mais eficaz.
Percepção do professor acerca da trajetória da construção do projeto pedagógico 2010-2012 do curso de graduação em enfermagem da Universidade Federal de São Paulo
Autor: Solange Maria Fustinoni Magalhaes| Orientação: Marcia Barbieri| Doutorado 2016
Palavras Chave: Educação em Enfermagem, Ensino superior, Currículo
Resumo
Objetivou-se revelar a percepção dos professores sobre o processo de construção do Projeto Pedagógico do Curso da Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo, no período de 2010 a 2012, identificando quais os valores morais, políticos e sociais que os mobilizaram durante esse processo, como operaram as negociações internas e de que maneira elas foram percebidas por eles. Realizou-se estudo qualitativo, na modalidade História Oral Temática. Para tanto, foram obtidas as narrativas de seis professores que participaram de, no mínimo, metade dos encontros para a construção do Projeto Pedagógico, por meio de entrevistas semiestruturadas. Os depoimentos foram gravados, transcritos, transcriados e analisados, respeitando-se todas as etapas do método e os preceitos éticos. Como referencial teórico filosófico de análise, foi utilizada a Teoria de Mundo Social de Pierre Bourdieu. Três categorias temáticas foram construídas a partir do agrupamento dos trechos dos depoimentos por similaridade e pertinência temática. A primeira foi “Visão sobre Projeto Pedagógico”, que buscou apresentar o conceito de Projeto Pedagógico trazido pelos professores em seus depoimentos e o reconhecimento da necessidade de mudanças dos paradigmas existentes na EPE no que se refere a esse conceito. A segunda categoria, “Operacionalização da construção do Projeto Pedagógico da EPE”, se concentrou no processo de negociação para a construção do Projeto Pedagógico, os valores atribuídos a ele pelos atores envolvidos, os conflitos existentes, as relações de poder entre eles e como as decisões foram operacionalizadas. Na terceira categoria, “Identidade do Currículo da Escola Paulista de Enfermagem”, foi debatido o conceito de currículo e seu papel para a formação do enfermeiro da EPE. Concluiu-se que durante a construção do Projeto Pedagógico da EPE, ficou evidenciada a preocupação com a formação de enfermeiros que fosse além do acúmulo de saberes, associando a teoria e prática, e a forma e o conteúdo, para ultrapassar a lógica da racionalidade técnica e avançar em direção ao ser profissional amparado em conhecimentos adquiridos e elaborados. Também ficou evidente que a prática pedagógica dos professores é fruto de um determinado contexto e de um habitus profissional que, por não ser reflexivo nem consciente, tende à reprodução desse habitus profissional, o que dificulta as mudanças na prática do ensino. Assim, há que se repensar as estratégias de ensino e os referenciais teóricos pedagógicos a serem utilizados e fomentar, junto aos atores sociais do processo ensino-aprendizagem as discussões e análises sobre o papel docente e discente, para que se possa efetivamente graduar profissionais questionadores e reflexivos.
Perda ambígua na familia desenvolvida a partir da ausência do dependente químico
Autor: Celina Daspett| Orientação: Ana Lucia de Moraes Horta| Doutorado 2016
Palavras Chave: Perda ambígua, família, dependência química, luto não resolvido
Resumo
O desaparecimento de alguém no núcleo familiar é um fenômeno gerador de estresse e sofrimento. A incerteza sobre o paradeiro da pessoa, soma-se à angústia e ao medo em saber-se se está viva ou morta. A ausência associada à dependência química ainda é pouca estudada e advém daí a inquietação em saber como as famílias vivenciam as idas e vindas e o desaparecimento do seu familiar dependente. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, usando enquanto método a história oral, que teve como objetivo principal compreender a perda ambígua na família a partir da ausência do dependente químico. Entrevistas semiestruturadas, realizadas nas residências das famílias, e observação participante foram utilizadas para a coleta dos dados. Colaboraram com o estudo sete famílias que possuíam um integrante dependente químico ausente de casa ou no processo de idas e vindas. Para a análise dos dados foi feita a transcriação e em seguida a pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados obtidos, e interpretação, passos que compõem a análise temática. Os dados coletados foram agrupados por semelhança e os achados que compõem a análise foram descritos conforme o protótipo de Perda ambígua no Modelo de Estresse Familiar e evidenciaram que as famílias vivenciam os dois tipos de perda ambígua, referidos na literatura, simultaneamente; a percepção familiar acompanhou a trajetória de evolução da dependência química e o afastamento gradual do dependente, onde sentimentos ambíguos foram experimentados; recursos internos e externos foram acionados possibilitando o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento bem como a progressão do luto não resolvido onde o alto grau de estresse familiar manifestou-se por meios de conflitos e doenças. Os dados obtidos no estudo evidenciaram as mudanças individuais, familiares e sociais enfrentadas pela família a partir da ausência do dependente químico e salienta a necessidade do desenvolvimento de cuidados, que envolvem a preparação e formação de profissionais engajados no cuidado com famílias.
Qualidade da atenção pré-natal em unidades básicas de saúde do município de Cruzeiro do Sul – Acre
Autor: Kleynianne Medeiros de Mendonca Costa| Orientação: Janine Schirmer| Doutorado 2016
Palavras Chave: Qualidade da assistência à saúde, cuidado pré-natal, atenção primária à saúde, avaliação de processos (cuidado de saúde).
Resumo
Objetivo: Avaliar a qualidade da atenção pré-natal realizada nas Unidades Básicas de Saúde do município de Cruzeiro do Sul, Acre, a partir da descrição e análise da estrutura relacionada aos recursos humanos disponíveis, do processo e do resultado da assistência desenvolvida pelos enfermeiros pré-natalistas. Método: A população do estudo foi composta por todos os enfermeiros responsáveis pela assistência pré-natal (39) e por todos os prontuários das gestantes que iniciaram o pré-natal no ano de 2012 (1428). A amostra foi constituída por 29 enfermeiros pré-natalistas e 481 prontuários de gestantes. As variáveis selecionadas para a entrevista com os enfermeiros foram agrupadas em três eixos: características socioeconômicas e de formação; caracterização dos profissionais por captação, organização e atendimento à gestante; e caracterização dos profissionais por dificuldades no atendimento à gestante. Em relação à análise de prontuários as variáveis foram agrupadas em cinco níveis: início do pré-natal e número de consultas; exames laboratoriais; anamnese; procedimentos relacionados aos exames físico geral e gineco-obstétrico; e ações relacionadas à promoção da saúde materna e a prevenção de agravos materno, perinatal e neonatal. Para a análise do resultado do processo assistencial foram utilizados os números de casos de sífilis congênita, tétano neonatal, óbitos maternos e neonatais. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista com os enfermeiros; análise dos registros dos prontuários, além da solicitação de dados à Vigilância Epidemiológica Municipal. Para as variáveis relativas à análise dos prontuários foram estabelecidos graus de adequação de acordo com os critérios normativos e calculados índices de adequação. A análise estatística inicial foi descritiva. Para as variáveis categóricas foram apresentadas frequências absolutas e relativas, e para as numéricas, medidas-resumo. A análise descritiva da caracterização do enfermeiro pré-natalista identificou um maior percentual de profissionais do gênero feminino (86,2%), casados (44,8%), com filhos (58,6%), jornada de trabalho superior a 40 horas semanais (65,5%), graduados há mais de sete anos (58,6%), sem pós-graduação (58,6%) ou curso de atualização sobre pré-natal (69,0%). Sobre a organização de suas consultas, atendem por demanda espontânea (86,2%), os agentes comunitários de saúde realizam a busca ativa das gestantes faltosas (79,3%), o atendimento pré-natal é oferecido diariamente (58,6%), há classificação de risco para as gestantes (96,6%) e consulta puerperal (72,4%). A unidade não oferece cursos para as gestantes (93,1%). Os profissionais referiram dificuldades na prestação da assistência (69,0%), principalmente no que diz respeito às questões de ordem estrutural. Acreditam que a gestão pública pode contribuir para melhorar a qualidade da atenção (100%). Utilizam como protocolo de atendimento o manual de atenção ao pré-natal de baixo risco do Ministério da Saúde (86,2%). Sobre o processo assistencial identificou-se baixo índice de adequação (44,0%), principalmente no que diz respeito à saúde materna e prevenção de agravos materno, perinatal e neonatal (19,0%), anamnese (29,0%) e exame físico geral e gineco-obstétrico (33,%). A comparação entre variáveis mostrou que unidades de saúde da zona rural, unidades sem cursos para as gestantes, profissionais com menor qualificação e aqueles que não possuem sobrecarga de trabalho desenvolvem melhor a assistência pré-natal. No que concerne ao resultado do processo assistencial, apesar de não ter sido registrado caso de tétano neonatal, houve sífilis congênita, e elevada taxa de mortalidade materna e neonatal. Conclusões: A assistência pré-natal é desenvolvida pelo profissional enfermeiro; os critérios normativos não são cumpridos em sua totalidade, consequentemente ocorre baixa adequação da qualidade da assistência pré-natal ofertada. A reavaliação deste serviço pelo profissional, gestor e usuário, é essencial para o estabelecimento de estratégias que visem a melhoria da qualidade da assistência pré-natal.
Qualidade de vida e coping religioso espiritual de idosos institucionalizados e da comunidade
Autor: Luciano Magalhaes Vitorino| Orientação: Lucila Amaral Carneiro Vianna| Doutorado 2016
Palavras Chave: Idoso, Instituição de Longa Permanência para Idosos, Espiritualidade, Religião e Ciência. Qualidade de Vida, . Estudo Comparativo.
Resumo
Objetivos: Os objetivos do presente estudo foram: 1) investigar a associação das estratégias de coping religioso espiritual (CRE) e qualidade de vida (QV) de idosos institucionalizados; 2) comparar os efeitos das estratégias de CRE positivo e CRE negativo na QV de idosos residentes em instituição de longa permanência (ILP), e na comunidade; 3) avaliar as propriedades psicométricas da escala CRE abreviada, utilizando análise exploratória e confirmatória. Métodos: Estudo analítico com desenho ou tipo transversal e amostragem probabilística, realizada entre setembro de 2013 e março de 2014, com 326 idosos nas comunidades das cidades de Santa Rita do Sapucaí e Pouso Alegre, ambas localizadas no extremo sul do Estado de Minas Gerais. Para a comparação, foram utilizados dados secundários de uma pesquisa realizada em 2010 com 77 idosos residentes em duas ILP, localizadas nas mesmas cidades dos idosos da comunidade. Para a coleta de dados, foi utilizado um questionário de caracterização sociodemográfica e de saúde, o Mini-Exame do Estado Mental (apenas para os idosos da comunidade); a Escala CRE-Breve, o instrumento WHOQOL-BREF e o módulo WHOQOL-OLD. Utilizaram-se para análise estatística, testes bivariados e modelos multivariados. Para a análise psicométrica da escala CRE-Breve, foi utilizada análise fatorial: exploratória e confirmatória. Resultados: A média de idade dos idosos da comunidade foi de 67.22 (DP±4.84) anos e dos idosos residentes nas ILP, foi de 76.56 ±9.46 anos. A maioria dos idosos da comunidade era do sexo feminino (68.1%); nas ILP, a distribuição foi equilibrada com 50.6% do sexo feminino. Em relação aos idosos institucionalizados, a maioria dos aspectos da QV apresentou correlação positiva com o CRE positivo e CRE Total. Observou-se que os comportamentos de CRE foram significativamente associados com a QV dos dois grupos, porém o efeito do CRE positivo foi muito maior entre os idosos residentes em ILP em seis aspectos da QV. Identificou-se através das propriedades psicométricas que a escala CRE-breve é uma escala promissora, porém outras análises psicométricas são necessárias, principalmente na dimensão do CRE negativo. Os achados confirmam um modelo alternativo com 34 itens e, não, 49 itens e o uso de apenas CRE positivo e CRE negativo e exclusão do escore total. Conclusão: As estratégias de CRE foram associadas com a maioria dos aspectos da QV de ambos os grupos de idosos, com destaque na QV de idosos institucionalizados. Os achados propõem um modelo alternativo da escala CRE com 34 itens que pode diminuir a sobrecarga de pesquisadores e dos profissionais de saúde, assim como dos pacientes. Esses achados podem ajudar pesquisadores e profissionais de saúde a compreender melhor a importância das práticas religiosas e crenças espirituais na QV de idosos, assim como estimular a inserção de atividades que promovem aumento da QV de idosos.
Simulação realística sobre delirium em idosos: conhecimento, satisfação e autoconfiança na aprendizagem
Autor: Maria de Fatima Correa Paula| Orientação: Sonia Maria Oliveira de Barros| Doutorado 2016
Palavras Chave: Simulação de Paciente, Delírio, Educação em Enfermagem, Conhecimento, Aprendizagem Baseada em Problemas.
Resumo
Objetivos: investigar o conhecimento, satisfação e autoconfiança de estudantes de pós-graduação em enfermagem sobre a aprendizagem do conteúdo delirium em idosos, pelo método de ensino de Simulação Realística, assim como avaliar o desenho da simulação. Métodos: estudo comparativo sobre o efeito de uma intervenção educativa de curta duração, com delineamento transversal, utilizando os seguintes instrumentos de medida: um teste de conhecimento sobre delirium em idosos, escala de satisfação de estudantes e autoconfiança na aprendizagem e escala do design da simulação. Foi realizada análise descritiva dos dados, análise de consistência interna dos itens das escalas, correlação de Pearson para variáveis quantitativas e teste t- Student para comparação. Resultados: participaram 104 pós-graduandos de enfermagem, em sua maioria do sexo feminino, idade média de 30,6 anos, tempo médio de formado de 3,7 anos, exerciam a profissão de enfermeiro, tiveram contato com o conteúdo teórico sobre delirium no idoso durante o curso de graduação, já haviam presenciado um idoso com delirium e foi a primeira experiência com a estratégia de Simulação Realística. Houve melhora do conhecimento estatisticamente significante, com média de acertos maior no pós-teste quando comparado ao pré-teste. Os pós-graduandos se mostraram satisfeitos e autoconfiantes com a aprendizagem e avaliaram positivamente o design da simulação. Houve correlação entre as escalas, quanto maior foi a satisfação e autoconfiança na aprendizagem, maiores foram os valores atribuídos ao design. Conclusões: A estratégia de Simulação Realística sobre delirium em idosos se mostrou eficaz e contribuiu para melhora do conhecimento, satisfação e autoconfiança na aprendizagem devendo ser incorporada ao currículo dos cursos de pós-graduação em enfermagem.
Dissertações de Mestrado |
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Adaptação transcultural e análise psicométrica da escala de valoración actual del riesgo de desarrollar úlceras por presión en cuidados intensivos (evaruci)
Autor: Mariana Fernandes Cremasco| Orientação: Iveth Yamaguchi Whitaker| Mestrado 2016
Palavras Chave: tradução, estudos de validação, reprodutibilidade dos testes, úlcera por pressão, escala de avaliação de risco, Unidades de Terapia Intensiva.
Resumo
Objetivo: adaptar culturalmente para o português e validar a Escala de Valoración Actual del riesgo de desarrollar Ulceras por pressión em Cuidados Intensivos (EVARUCI) à realidade brasileira, analisar as propriedades psicométricas da escala adaptada em pacientes de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e verificar a correlação entre gravidade do paciente e a EVARUCI. Método: pesquisa metodológica para adaptação transcultural e análise psicométrica da EVARUCI. A consistência interna foi verificada utilizando-se o Coeficiente Alfa de Cronbach. Para a validação concorrente convergente utilizou-se a escala de Braden e para a correlação com a gravidade do paciente, o SAPS 3 (Simplified Acute Physiology Score), analisadas pelo teste de correlação de Spearman. A capacidade preditiva da EVARUCI, também, foi analisada. A confiabilidade interobservadores foi verificada pela aplicação simultânea da versão final da EVARUCI por 3 enfermeiros e analisada pelo Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI). Resultados: Na tradução dos 107 itens, foram observadas doze (11,21%) discordâncias entre os tradutores. Na retrotradução, cinco itens (4,67%) foram discordantes. Na avaliação do comitê de especialistas, dois itens (1,8%) não alcançaram a concordância de 90,0%. A consistência interna da EVARUCI mostrou-se aceitável (α=0,782). Observou-se forte correlação significante entre os escores da Braden e da EVARUCI (r = - 0,778 e p<0,001). A área da curva ROC da EVARUCI foi de 0,807 e da Braden foi de 0,798. No escore 10 da EVARUCI, a sensibilidade foi 65,2%, especificidade 82%, valor preditivo positivo 37,5% e OR=8,5. No escore 11 da Braden, a sensibilidade foi 76,1%, especificidade 75,9%, valor preditivo positivo 34,3% e OR=10. Os valores da EVARUCI correlacionaram-se com os escore SAPS 3 de forma moderada e significante (r = 0,508 e p<0,001). A confiabilidade interobservadores foi excelente entre os avaliadores (CCI=0,980). Conclusão: a adaptação transcultural da EVARUCI para o português do Brasil foi satisfatória quanto à confiabilidade e à validade, indicando ser um instrumento específico para UTI, de fácil e rápida aplicação para avaliação de risco para UP em pacientes críticos.
Análise dos marcadores de hemólise de concentrados de hemácias administrados por cateter central de inserção periférica
Autor: Maria Teresa de Melo Mendes| Orientação: Ariane Ferreira Machado Avelar| Mestrado 2016
Palavras Chave: Cateteres, Dispositivos de acesso vascular, Hemólise, Transfusão de sangue, Transfusão de eritrócitos
Resumo
Introdução: A ocorrência de hemólise em concentrados de hemácias (CH) durante o processo transfusional tem sido relacionada a altas tensões de cisalhamento exercidas pelos sistemas de infusão e por cateteres centrais de inserção periférica (CCIP). Objetivos: Identificar as variações nos níveis de marcadores de hemólise em CHs administrados por CCIP segundo o calibre do cateter; analisar as variações nos níveis de marcadores hemolíticos em CHs administrados por CCIP segundo a velocidade de infusão; avaliar a influência das características físicas (altura do sistema de infusão, pressão de infusão, tempo de exposição e velocidade) sobre as variações nos níveis de marcadores hemolíticos em CHs administrados por CCIP. Método: Estudo experimental realizado em laboratório sob condições controladas de temperatura e umidade. A amostra foi constituída por alíquotas de sangue provenientes de bolsas de CHs com tipagem A+, infundidas por método gravitacional em CCIPs de 3French (Fr) e 4Fr em fluxo livre e em duas velocidades controladas. Os experimentos foram divididos em três momentos: Basal, Fluxo Livre e Fluxo Controlado. Foram analisados o grau de hemólise, valores de hemoglobina total e livre, desidrogenase láctica e potássio. Características físicas presentes durante os experimentos como altura, pressão no sistema de infusão, tempo de exposição e velocidade foram avaliadas. As variáveis contínuas foram descritas por meio de média, desvio-padrão, valores mínimo, máximo e mediana, sendo utilizados Teste-t pareado, Teste-t para amostras independentes e teste de Mann-Whitney. Resultados: A amostra foi constituída por 36 alíquotas de CHs provenientes de 10 bolsas de CH, sendo realizados 12 experimentos randomizados, seis no CCIP de 3Fr e seis no de 4Fr. Houve aumento médio de hemoglobina livre de 0,04 (p=0,01) e do grau de hemólise de 0,05 (p=0,01) após infusão em Fluxo Livre, com elevação média do potássio de 0,04 (p<0,01) e decréscimo de hemoglobina total de 3,42 (p=0,01) no Fluxo Controlado. Os CHs infundidos em CCIPs de 4Fr apresentaram elevação média do grau de hemólise de 0,04 (p=0,03) em Fluxo Livre e de potássio de 0,059 (p=0,03) no Fluxo Controlado. Os CCIPs de 3Fr demostraram aumento médio significativo no grau de hemólise (0,50; p=0,03) e hemoglobina livre de 0,03 (p=0,01) após velocidade selecionada. Comparativamente, os calibres dos CCIPs não influenciaram alterações significativas nos marcadores de hemólise. A velocidade mínima influenciou o aumento médio de 0,07 no grau de hemólise (p=0,05) e a máxima aumentou 0,04 (p=0,01) o grau de hemólise e 0,02 a hemoglobina livre (p<0,01), com redução média de 4,34 de hemoglobina total (p=0,04). A pressão de infusão apresentou correlação positiva (p<0,05) com aumento do potássio. Conclusão: Os calibres dos CCIP não alteraram os níveis dos marcadores de hemólise, enquanto que o controle da velocidade de infusão e a associação entre calibres dos cateteres e as velocidades de infusão estiveram associados ao trauma eritrocitário. A altura do sistema, velocidade de infusão e o tempo de exposição não apresentaram influência sobre os marcadores de hemólise, com exceção da pressão de infusão que demonstrou correlação positiva com a liberação de potássio durante o fluxo controlado.
Associação entre ansiedade, estresse e depressão com variáveis sociodemográfica e clínica em pacientes com insuficiência cardíaca atendidos ambulatorialmente.
Autor: Melissa Alves Cirelli| Orientação: Alba Lucia Bottura Leite de Barros| Mestrado 2016
Palavras Chave: Insuficiência cardíaca, estresse psicológico, ansiedade, depressão e enfermagem
Resumo
Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morbidade e mortalidade no Brasil e no mundo, constituindo-se em um grave problema de saúde pública. Diversos estudos apontam a relevância da relação das alterações psíquicas com o aumento na incidência e a progressão DCV, entre elas a insuficiência cardíaca (IC). A identificação das alterações psíquicas em portadores de IC deve ser investigada a fim de caracterizar esses pacientes para a realização de intervenções efetivas com impacto na redução de hospitalizações e na qualidade de vida. Objetivos: Analisar o nível de estresse, ansiedade e sintomas de depressão em indivíduos com IC atendidos ambulatorialmente; descrever o perfil sociodemográfico e clínico de indivíduos com IC atendidos ambulatorialmente; verificar a correlação entre as escalas de estresse, ansiedade e depressão; verificar se há associação com as variáveis sociodemográficas e clínicas com o nível de estresse, ansiedade e sintomas de depressão. Método: Trata–se de um estudo transversal, realizado entre abril de 2014 a agosto de 2015 no ambulatório de Miocardiopatias do Hospital São Paulo, totalizando 309 pacientes. A amostra foi calculada pela estatística de Teste Z, com base nos três principais questionários do estudo: Inventários de Ansiedade e Depressão de Beck e Escala de Estresse Percebido. A coleta de dados foi realizada por meio desses questionários validados, autoaplicáveis em um único dia antes da consulta médica. Para coletar as variáveis sociodemográficas e clínicas, foi utilizado um instrumento aplicado na pesquisa para paciente com insuficiência coronariana e modificado pelas pesquisadoras para pacientes com IC. Resultados: Houve predomínio de homens, brancos, católicos, renda familiar de um até três salários mínimos e com quatro a sete anos de estudo. A amostra apresentou média nas escalas de estresse de 16,14, ansiedade de 8,57 e depressão 10,87. As correlações entre as escalas de estresse e depressão (0,49) e estresse e ansiedade (0,47) foram moderadas e a correlação entre ansiedade e depressão foi de moderada para alta (0,63). Observou-se que o estresse se relacionou com o gênero (p<0,012), etnia (p< 0), tipo de moradia (p< 0,035); religião (p<0); renda familiar (p<0); Classe Funcional (CF) 2 (p<0,027), ex-alcoolista (p<0,034), ex-tabagista (p<0,01) e obesidade III (p<0,041). A ansiedade associou-se com gênero (p<0,002), etnia (p<0); tipo de moradia (p<0,024); religião (p<0); renda familiar (p< 0,013); profissão (p<0,002); CF2 (p<0), doença de chagas (p<0,002) e cardiomiopatia chagástica (p<0,036). E a depressão, com etnia (p<0); tipo de moradia (p<0); religião (p<0); renda familiar (p< 0,007); profissão (p<0,046); CF2 (p<0,001), doença de chagas (p<0,01) e cardiomiopatia periparto (p<0,021). Conclusão: Os níveis de ansiedade, estresse e depressão em pacientes com CF I e II atendidos ambulatorialmente são baixos. As escalas apresentam correlações positivas entre si, porém as escalas de ansiedade e depressão apresentaram correlação de moderada à alta. A renda familiar menor que um SM se relacionou com ansiedade, estresse e depressão, o gênero feminino com ansiedade e estresse, CF II esteve relacionada com estresse e depressão. Antecedente de chagas e não trabalhar ou estar afastado relacionou com ansiedade e depressão.
Avaliação da dor e ansiedade no trabalho de parto com o uso de intervenções não farmacológicas: ensaio clínico randomizado e controlado
Autor: Ana Carolina Varandas Cavalcanti| Orientação: Marcia Barbieri| Mestrado 2016
Palavras Chave: Enfermagem obstétrica, Hidroterapia, Dor do parto, Ansiedade, Terapia por exercício
Resumo
A gestação e especialmente o momento do parto traz à mulher um misto de sensações como ansiedade, alegria, medo e dor. A maneira como é vivenciado este momento pode ser favorável ou não para o desenvolvimento do trabalho de parto e nascimento. O presente estudo teve como objetivo avaliar a percepção da dor e da ansiedade em mulheres durante o trabalho de parto sob efeito das intervenções não farmacológicas banho quente de aspersão e utilização da bola suíça de modo isolado e conjunto. Trata-se de um estudo clínico, randomizado e controlado, no qual foi utilizado um desenho pré e pós-intervenções com medidas repetidas. Os locais de estudo foram duas instituições públicas vinculadas ao Sistema Único de Saúde (SUS), situadas na zona Leste da cidade de São Paulo, sendo uma estadual e outra municipal. A população foi composta por parturientes de baixo risco, admitidas no Centro de parto intra-hospitalar para assistência ao trabalho de parto e parto. A amostra foi de 128 parturientes submetidas a intervenções não farmacológicas para o alívio da dor como banho de aspersão, exercícios do períneo com bola suíça ou ambos. A percepção da dor e ansiedade foi avaliada antes e uma hora após a intervenção por meio da Escala Analógica Visual (EAV). As parturientes que receberam a intervenção de banho de aspersão de forma isolada declararam um aumento maior no nível da dor e redução em média de 0,95 pontos na ansiedade (p=0,032). Com relação à progressão da dilatação cervical observou-se que a cada 1 cm de progressão houve elevação do nível de dor, em média, de 0,49 pontos (p=0,016). Foi possível concluir que dentre as intervenções utilizadas o banho de aspersão não interferiu de forma positiva na redução da dor durante o parto, porém a sua utilização reduziu os níveis de ansiedade, o que pode colaborar para uma melhor adaptação materna a dor do processo de parturição, fazendo com que a parturiente haja de forma mais ativa durante o trabalho de parto. É uma técnica de fácil aplicação, pois exige poucos recursos materiais e que seu uso deve ser estimulado nos centros de parto.
Avaliação da qualidade de vida, autoimagem e sexualidade de pacientes com dificuldade de urinar e usuários de cateter urinário de permanência
Autor: Gardênia Lima Gurgel do Amaral| Orientação: Angelica Goncalves Silva Belasco| Mestrado 2016
Palavras Chave: Qualidade de vida, Autoimagem, Sexualidade, Cateterismo Urinário, Sintomas do Trato Urinário Inferior.
Resumo
Objetivo: Avaliar a qualidade de vida, autoimagem e sexualidade de homens com dificuldade para urinar e usuários de cateter urinário de permanência. Método: Estudo transversal analítico realizado no ambulatório de urologia do Hospital Regional do Juruá, em Cruzeiro do Sul, Acre. Foram selecionados 64 pacientes, sendo que 32 indivíduos em uso permanente de cateter urinário de permanência e 32 com dificuldade para urinar, do sexo masculino, entre 40 a mais de 80 anos. Os voluntários foram submetidos a questionário sociodemográfico, mórbidos, qualidade de vida - Medical Outcomes Study 36-item Short-From Health Survey, autoimagem - Body Dysmorphic Examination e sexualidade - Escala de Vivências Afetivas e Sexuais do Idoso. Resultados: A faixa etária da maioria dos pacientes foi de 60 a 70 anos e pardos. A maior parte dos pacientes era casada ou mantinha união consensual, aposentados e analfabetos. Em ambos os grupos a doença base dos pacientes é a Hiperplasia Benigna Prostática, acompanhada com sintomas do trato urinário inferior. Nos pacientes que fazem uso de cateter urinário o achado que se destaca é a utilização de um sistema aberto para drenagem de urina em 71,9% dos pacientes, fugindo dos padrões recomendados de um sistema fechado e estéril, produzindo assim um resultando em que 75% dos usuários apresentam infecções urinárias relacionadas ao cateter. Já nos pacientes com dificuldade de urinar há prevalência de sintomas de armazenamento, miccional e pós-miccional. A dimensão mais afetada de ambos os grupos na qualidade de vida foi de aspectos emocionais com média de 4,17 em ambos os grupos. O escore médio da autoimagem foi de 94,32 compatível com alto grau de insatisfação com o corpo. Já na sexualidade mostrou-se alterada principalmente em homens, com 60 anos ou mais, com destaque para a dimensão “Adversidade física e social” com escore médio de 12,8 para os pacientes com dificuldade de urinar e 13,15 para os que fazem uso de cateter. Conclusões: Os baixos escores obtidos na pesquisa nos domínios da qualidade de vida, no escore total da autoimagem e nas dimensões da sexualidade, apontam alterações significativas na Qualidade de Vida, Autoimagem e Sexualidade dos pacientes, havendo a necessidade de intervenções na promoção e implementação de estratégias para a melhoria de vida dos pacientes.
Avaliação da sintomatologia depressiva em enfermeiros da estratégia de saúde da família do município de Guarulhos/SP
Autor: Daniella Marques Fernandes| Orientação: João Fernando Marcolan| Mestrado 2016
Palavras Chave: Depressão, Saúde Mental, Saúde do Trabalhador, Enfermagem Psiquiátrica, Estratégia Saúde da Família, Atenção Primária à Saúde.
Resumo
Introdução: A depressão é considerada um dos maiores problemas de saúde pública do mundo, acarreta dias de trabalho perdidos, pior desempenho no trabalho e maior causa de afastamento. Objetivos: Verificar a presença de sintomatologia depressiva em enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família do município de Guarulhos/SP; identificar a intensidade dessa sintomatologia; conhecer os fatores desencadeantes dessa sintomatologia e avaliar a percepção dos enfermeiros sobre seu sofrimento psíquico e as condições de trabalho. Método: Estudo exploratóriodescritivo, método quantitativo, realizado com enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família do município de Guarulhos/SP. Empregou-se questionário sociodemográfico semiestruturado, e escalas psicométricas para avaliação da sintomatologia depressiva: Inventário de Depressão de Beck, a escala de depressão de Montgomery & Asberg e a escala de depressão de Hamilton. Para a análise estatística utilizou-se o teste exato de Fisher e teste t-Student. Resultados: Amostra constituída por 59 enfermeiros. O perfil predominante foi o sexo feminino (91,53%). A maioria dos participantes apresentou sintomatologia depressiva pelas escalas com 40,67% pela escala IDB, 89,83% pela escala HAM-D e 91,53% pela escala MADRS do total dos entrevistados. Os principais fatores apontados pelos enfermeiros para seu adoecimento estavam relacionados às condições do trabalho. A maioria dos enfermeiros não se percebia adoecida nem que tal situação afetava a qualidade da assistência prestada. A intensidade da sintomatologia depressiva predominante foi de leve a moderada e os resultados das escalas de observação demonstrou-se congruente e divergente para a escala de auto avaliação. Na escala de Beck houve baixo resultado para sintomatologia depressiva e acredita-se tal fato à omissão ou não percepção dos sintomas por parte dos entrevistados. Todos foram orientados sobre sintomatologia apresentada e encaminhados para atendimento especializado. A maioria dos enfermeiros apontou as condições de trabalho como promotora do adoecimento, com destaque para os fatores relacionados ao número de atribuições dos enfermeiros, a sobrecarga de trabalho, a falta de estrutura organizacional, a falta de recursos humanos, a cobrança excessiva e a falta de valorização do enfermeiro. Conclusão: Observou-se alta prevalência de sintomas depressivos na amostra estudada. Os dados encontrados nesse trabalho devem ser refletidos a cerca de intervenções para melhoria da qualidade de vida no trabalho com a finalidade de promover a saúde mental dos trabalhadores e minorar os efeitos nocivos.
Avaliação do rastreamento das atipias celulares de colo de útero em mulheres assistidas na atenção básica
Autor: Jamile Mika Yoshikawa| Orientação: Maria Cristina Gabrielloni| Mestrado 2016
Palavras Chave: Neoplasia intraepitelial de colo do útero, Programas de rastreamento, Displasia do colo do útero, Atenção primária de saúde.
Resumo
O estudo teve como objetivos avaliar o rastreamento das atipias celulares de colo de útero em mulheres assistidas na atenção básica de saúde; conhecer o perfil epidemiológico de mulheres que apresentam algum tipo de alteração no resultado do exame citopatológico cervical; identificar a prevalência e a característica de lesões cervicais e avaliar o processo de rastreamento das atipias celulares de colo de útero segundo o tempo entre coleta e resultado, profissional que realizou o exame, tempo entre o resultado e a consulta, tratamento e desfecho. Trata-se de um estudo observacional, transversal e retrospectivo por meio da análise de 190 prontuários de mulheres que apresentaram atipias celulares de colo de útero no resultado da coleta de exame citopatológico cervical no período 2012 a 2014 em Unidade Básica de Saúde mista localizada na Região Norte do Município de São Paulo. Os resultados revelam que as mulheres têm pouco ou nenhum estudo, são solteiras, não gestantes e vivem com um salário mínimo ao mês. O exame foi realizado preferencialmente pelo enfermeiro. O tempo transcorrido entre a realização do exame e a chegada do resultado na UBS foi de 24 dias e até a consulta foi de 2 meses. As atipias celulares mais frequentes foram ASC-US (57,4%) e LSIL (23,2%). As ocorrências de ASC-H, AGC e HSIL foram inferiores a 5%. A conduta do profissional após o resultado da última citopatologia cervical foi adequada para 51,1% das mulheres, 41,1% não adequada e 7,9% não tiveram conduta. Verificou-se associação entre conduta do profissional e resultado da última citopatologia cervical (p<0,001). Conclui-se que um sistema eletrônico de rastreamento a nível nacional deveria existir com acesso a toda história pregressa da mulher, como forma recordatória para o correto seguimento e tratamento, considerando os exames realizados desde a coleta, resultados e conduta, para assim avaliar a qualidade do processo, sua efetividade e custo benefício.
Avaliação e educação nutricional em pacientes com esclerose lateral amiotrófica
Autor: Claudinea dos Santos Almeida| Orientação: Solange Diccini| Mestrado 2016
Palavras Chave: Doença do neurônio motor, Esclerose Lateral Amiotrófica, Educação Continuada, Composição Corporal, Avaliação Nutricional
Resumo
Objetivo: comparar o estado nutricional e consumo alimentar de pacientes diagnosticados com Esclerose Lateral Amiotrófica, no momento do diagnóstico e após orientação nutricional. Métodos: Estudo quantitativo de delineamento longitudinal. Variáveis clínicas, antropométricas e de funcionalidade foram analisadas. Os pacientes foram divididos em grupo para orientação nutricional. Resultados: Acompanhados 53 pacientes em estágio inicial da doença. A forma apendicular mostrou-se predominante (79,2%). O tempo entre o início dos sintomas e o diagnóstico foi de 360 dias. O escore médio na escala de funcionalidade chegou a 33 pontos. Inicialmente, somente 3,8% foram classificados como de baixo peso corporal. Decorridos os três meses, 50% apresentavam variação significante nas medidas antropométricas relacionadas com a massa muscular e reserva de gordura corporal, sem associação com as variáveis clínicas. Após a orientação nutricional, observou-se aumento na ingestão de todos os grupos alimentares, com relevância para o de laticínios (p< 0,05). Conclusões: A alteração do estado nutricional ocorre precocemente nos pacientes com ELA, mesmo naqueles previamente eutróficos ou com excesso de peso. Não se observou relação direta entre as variáveis clínicas e o agravamento nutricional. Houve aumento na ingestão alimentar após a orientação nutricional segundo o guia alimentar adaptado à população brasileira.
Avaliação em enfermagem de pessoas com úlceras cutâneas por pênfigo vulgar
Autor: Mariana Takahashi Ferreira Costa| Orientação: Monica Antar Gamba| Mestrado 2016
Palavras Chave: Pênfigo, Pênfigo vulgar, Avaliação em Enfermagem, Dermatologia, Úlceras cutâneas, Cicatrização
Resumo
É condição essencial enunciar a avaliação em enfermagem das pessoas com úlceras cutâneas no pênfigo vulgar sob a ótica da dermatologia. A doença, embora considerada rara, tem alta magnitude no Brasil. Este estudo visa desvelar, à luz da enfermagem dermatológica, a avaliação em enfermagem de pessoas com pênfigo vulgar. Método: Trata-se de estudo descritivo e exploratório realizado em quatro etapas: revisão integrativa da literatura, caracterização das úlceras cutâneas no pênfigo segundo as lesões elementares dermatológicas, descrição da história natural da doença e os cuidados de enfermagem às pessoas com pênfigo vulgar e por fim a análise clínica de uma série de casos. A variável dependente foi a presença da úlcera e as independentes foram lesões elementares e critérios clínicos tais como a dor e a epitelização cutânea. Os dados foram analisados descritivamente. Resultados: os resultados permitiram analisar: 1. os estudos que avaliavam as úlceras foram realizados com enfoque médico e a nomenclatura utilizada para descrever as úlceras cutâneas no pênfigo, de acordo com o nível de evidência, foi baseada na descrição das lesões elementares, ou seja, estudos de atualização e validação sob a perspectiva do glossário dermatológico: alterações da cor: manchas vásculo-sanguíneas, descritas nos estudos como: eritema novo; manchas pigmentares: hiperpigmentação pós-inflamatória; coleções líquidas: vesículas e bolhas; alterações de espessura e perdas teciduais: erosões, áreas erodidas, lesões erosivas, crosta, epitelização. A história natural da doença descreve a assistência de enfermagem para o conforto dos pacientes e permite implantar uma intervenção clínica com resultados satisfatórios no controle da dor e epitelização da úlcera. Conclusão: A padronização da nomenclatura utilizada para descrever as úlceras cutâneas no pênfigo é uma ferramenta que permite uma assistência mais segura. O baixo nível de evidência dos estudos encontrados aponta para a necessidade da realização de ensaios controlados para corroborar a melhor prática de enfermagem em dermatologia.
Bomba de infusão por seringa para transfusão de concentrados de hemácias: análise dos níveis de marcadores de hemólise
Autor: Fernanda Figueiredo Gannam| Orientação: Mavilde da Luz Goncalves Pedreira| Mestrado 2016
Palavras Chave: bombas de infusão, seringas, hemólise, eritrócitos, transfusão de eritrócitos, enfermagem neonatal.
Resumo
Introdução: Desenvolvidas na segunda metade do século XX e trazendo grandes avanços na terapia intravenosa, bombas de infusão por seringa (BIS) foram gradativamente incorporadas à prática assistencial durante a transfusão de concentrados de hemácias (CH), havendo questionamentos sobre possíveis danos às células sanguíneas. Objetivos: Verificar níveis de hematócrito, hemoglobina total, hemoglobina livre, lactato desidrogenase (LDH), potássio e a porcentagem de hemólise em CH administrados por BIS, averiguar a influência da velocidade de infusão nos níveis de marcadores de hemólise de CH administrados por BIS e descrever a influência do tempo de estocagem do CH e da temperatura e umidade do ambiente sobre os níveis de marcadores de hemólise. Materiais e Métodos: Estudo experimental, realizado com 14 bolsas de CH, das quais alíquotas de sangue foram envasadas em seringas. De modo randômico, foram estudadas três BIS de um mesmo fabricante e as velocidades de infusão de 5 ml/h, 10 ml/h e 20 ml/h. Os marcadores de hemólise analisados foram: hematócrito (%), hemoglobina total (g/dl), hemoglobina livre (g/dl), LDH (U/l), potássio (mmol/l) e grau de hemólise (%). As variáveis foram analisadas segundo média, desvio padrão e mediana, aplicando-se os testes ANOVA ou Friedman, traçadas correlações lineares e coeficientes segundo os métodos de Pearson ou Spearman (p≤0,05). Resultados: Foram realizadas 324 análises dos marcadores estudados. Entre as análises realizadas na bolsa de CH, após o envase na seringa e após infusão por BIS, identificou-se queda nos níveis de hemoglobina total (p=0,003) e aumento nos níveis de hemoglobina livre (p<0,001) e na porcentagem de hemólise (p<0,001). Quanto às comparações segundo a velocidade de infusão, verificou-se aumento dos níveis de hemoglobina livre (5 ml/h: p=0,030; 10 ml/h: p=0,002; 20 ml/h: p=0,016) e porcentagem de hemólise (5 ml/h: p=0,006; 10 ml/h: p=0,002; 20 ml/h: p=0,009) em todas as velocidades estudadas e diminuição significante da hemoglobina total no experimento à 10 ml/h (p=0,001). As variações na concentração de potássio (p=0,030; p=0,030) e hematócrito (p=0,029; p=0,001) estiveram correlacionados, respectivamente, à temperatura e umidade do ambiente e de LDH com a temperatura ambiente (p=0,008). O tempo de estocagem dos CH esteve moderadamente correlacionado com variações no grau de hemólise (p<0,001), níveis de potássio (p=0,005) e de hemoglobina livre (p=0,009). Conclusão: CH infundidos por BIS apresentaram alterações nos níveis de hemoglobina livre e grau de hemólise em todas as velocidades de infusão estudadas, e queda da hemoglobina total na velocidade de 10 ml/h. A prática da aliquotagem do sangue para a seringa gerou aumento significante nos níveis de hemoglobina livre e no grau de hemólise, evidenciando ocorrência de lise celular da hemácia durante a realização do envase. O aumento da concentração de potássio foi diretamente proporcional ao tempo de estocagem do CH. Ademais, identificou-se correlação entre aumento da temperatura do ambiente com incremento nos níveis de potássio, hematócrito e LDH.
Circunstâncias sócio-históricas de criação da sociedade brasileira de gerenciamento em enfermagem: 1996 a 2003
Autor: Ricardo Quintão Vieira| Orientação: Maria Cristina Sanna| Mestrado 2016
Palavras Chave: Sociedades de Enfermagem, Pesquisa em Administração de Enfermagem.
Resumo
Introdução: Desde a primeira associação, fundada em 1926, diversos movimentos sociais da Enfermagem brasileira foram criados para defender os interesses educacionais, trabalhistas e legais desse conjunto de profissões. A Sociedade Brasileira de Gerenciamento de Enfermagem (SOBRAGEN) foi um deles e sua atuação, desde 1996, se revestiu de grande importância. Objetivo: Descrever a história da criação da SOBRAGEN. Método: Pesquisa histórico-social, na modalidade história oral, cujo recorte temporal compreendeu o intervalo entre 1996, data da criação da SOBRAGEN; até o fim do mandato das primeiras diretorias, em 2003. As entrevistas foram gravadas, transcritas, transcriadas e transformadas em depoimentos, com sujeição dos primeiros procedimentos aos entrevistados e dos últimos a avaliador externo, para validação desse processo. As transcrições foram codificadas e esses códigos foram agrupados por similaridade e pertinência temática, para a criação de categorias, o que possibilitou a narração histórica. Resultados: Foram narradas a motivação e o processo de criação, os desejos e os valores de seus criadores, o desenvolvimento da sociedade, o desempenho dos atores sociais que se envolveram com a sociedade, as realizações tangíveis e as interfaces com outras sociedades de enfermagem. Conclusão: O simples ato de se agregar para a defesa frente às exigências mercadológicas resultou na criação da SOBRAGEN, o que acabou por afetar muitos enfermeiros envolvidos com a liderança e o gerenciamento de enfermagem, avançando no aprofundamento de seus conhecimentos e estabelecendo uma nova identidade para o enfermeiro que se dedicava primordialmente ao processo administrar em enfermagem.
Classificação da gravidade e lesão por pressão em pacientes com traumatismo cranioencefálico
Autor: Sibila Lilian Osis| Orientação: Solange Diccini| Mestrado 2016
Palavras Chave: Traumatismos craniocerebrais, Úlcera por pressão, Fatores de Risco
Resumo
Objetivo: O objetivo desse estudo foi avaliar a incidência da lesão por pressão (LP) e a classificação da gravidade de pacientes com traumatismo cranioencefálico (TCE), e identificar os fatores de risco para o desenvolvimento da LP. Métodos: Estudo prospectivo em pacientes maiores de 18 anos com diagnóstico de TCE, acompanhados desde admissão até 30 dias. Os pacientes foram avaliados quanto as características gerais, clínicas e metabólicas, terapêuticas utilizadas, Escala de Braden e Escala de Coma de Glasgow (ECGl). Resultados: A amostra foi composta de 240 pacientes com TCE, em sua maioria homens, em idade jovem, cor da pele não branca. Desenvolveram LP 45 (18,8%) dos pacientes, sendo 3 (2,7%) classificados pela ECGl como TCE Leve, 16 (23,2%) como TCE Moderado e 26 (42,6%) pacientes com TCE Grave. Na análise multivariada, os fatores de risco associados ao desenvolvimento de LP foram a classificação em TCE Moderado ou TCE Grave, o uso de noradrenalina e a idade. Conclusão: Foi identificado uma alta incidência de LP nos pacientes com TCE, principalmente nos classificados pela ECGl como TCE Moderado e TCE Grave. Entre os fatores de risco para o desenvolvimento de LP nos pacientes com TCE, foram importantes preditores a classificação em TCE Moderado ou TCE Grave, noradrenalina e a idade.
Compreendendo a inserção do trabalho voluntário no ambiente hospitalar: contribuições para a humanização do cuidado
Autor: Maria Beatriz de Souza Batista| Orientação: Maria Isabel Sampaio Carmagnani| Mestrado 2016
Palavras Chave: trabalho voluntário, humanização.
Resumo
Este estudo teve como tema o trabalho voluntário em um hospital de ensino e sua relação com a humanização hospitalar. Objetivo: compreender a inserção do trabalho voluntário e suas interações no ambiente hospitalar. Metodologia: estudo descritivo com abordagem qualitativa, cujo referencial teórico foi o Interacionismo Simbólico, a estratégia para o tratamento dos dados foi a Análise Qualitativa de Conteúdo. Foi realizada entrevista semiestruturada com cinco coordenadores de projetos de humanização do Hospital São Paulo Hospital Universitário da Universidade Federal de São Paulo, e a observação participante das atividades dos respectivos voluntários onde se buscou conhecer a experiência do voluntário, o significado e sua percepção sobre as interações com os pacientes e profissionais do hospital, suas dificuldades e percepções sobre seu trabalho no contexto da Política Nacional de Humanização. Resultados: os voluntários sentem-se motivados pela oportunidade de ajudar outras pessoas, que buscam recursos e capacitação para desenvolver o trabalho voluntário, de forma contínua e com qualidade. A interação com os profissionais evolui com o passar do tempo; acham que a relação dos gestores com os voluntários influencia positivamente os profissionais. Eles se percebem contribuindo com a humanização e transformando o ambiente hospitalar por meio das diversas formas de interação com os pacientes e profissionais, utilizando Terapia Assistida por Animais, meditação e várias modalidades de arte terapia. Os entrevistados percebem o trabalho voluntário, como uma ferramenta de transformação social e sentem-se gratificados por estarem realizando um trabalho importante e prazeroso, em que podem interagir com o paciente e o profissional ao mesmo tempo. Recebem carinho e gratidão dos pacientes e profissionais do hospital e percebem um benefício pessoal inestimável que se reflete em sua humanização. Considerações Finais: este estudo trouxe algumas considerações sobre o processo de humanização no Hospital São Paulo – Hospital Universitário/Universidade Federal de São Paulo e a importância do trabalho voluntário nesse processo. A análise dos depoimentos e da observação participante mostrou que o voluntariado é uma experiência mágica, traz benefícios a todos os envolvidos e contribui para a humanização do hospital.
Construção do papel educador do enfermeiro a partir da educação on-line: um estudo de pesquisa-ação
Autor: Ana Carolina Buzzo Chemin| Orientação: Luiza Hiromi Tanaka| Mestrado 2016
Palavras Chave: Educação em enfermagem, Pesquisa qualitativa, Equipe de enfermagem, Educação em saúde, Educação a distância
Resumo
Objetivo: Analisar a implementação de uma proposta de ensino e aprendizagem que teve como intenção construir o papel do enfermeiro educador realizado pelos próprios enfermeiros da unidade de terapia intensiva a partir do Programa de Educação Permanente On-line, sob perspectiva dos profissionais da equipe de enfermagem. Métodos: Tratou-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa, utilizando a estratégia metodológica da pesquisa-ação, tendo Michel Thiollent como referencial metodológico. A fundamentação teórica do trabalho foi embasada na educação on-line, pautada na tecnologia, para apreensão do conhecimento, e na compreensão da importância da construção do diálogo na educação no trabalho, respaldada por Paulo Freire. Para análise e compreensão dos dados, foi utilizada a Análise de Conteúdo Temática. Foram incluídos no estudo enfermeiros que realizaram cursos on-line da unidade de terapia intensiva da clínica médica com, no mínimo, 6 meses de experiência naquele setor e que aceitaram participar da pesquisa, totalizando quatro colaboradores, em um total de seis enfermeiros, nos quatro períodos. Resultados: A análise dos dados na fase exploratória mostrou que, na visão dos participantes, os enfermeiros que atuavam em unidade de terapia intensiva apresentavam um perfil próprio e eram um instrumento na busca de conhecimento de sua equipe, porém, nem sempre, na formação acadêmica deles, esse papel de educador era desenvolvido e, por isso, existiam dificuldades em sua realização. Outro ponto levantado foi que, muitas vezes, havia resistência da equipe para novidades, o que dificultava as ações educativas. Foi colocada a necessidade de uma nova proposta de ensino, para complementar a já existente no hospital. Após essa fase, foi realizada uma intervenção com a equipe de enfermagem, com uma nova proposta de ensino feita pelos atores da pesquisa e, dessa ação, resultou uma reflexão sobre o papel de educador do enfermeiro, tanto dos que aplicaram a ação quanto dos que a receberam, havendo um contentamento com relação à metodologia aplicada na intervenção da parte dos que a receberam. Conclusão: A iniciativa do Hospital Universitário da Universidade Federal de São Paulo de criar um programa on-line para capacitar os profissionais foi muito importante, pois atingiu um número maior de capacitados. Porém, é importante o enfermeiro usar recursos educacionais para ajudar na apreensão do conhecimento pelos indivíduos, pois nem sempre há compreensão do conteúdo passado. Quando realizada a educação conjunta, percebemos que há um maior interesse da equipe em participar da construção do conhecimento e percebemos a mudança de comportamento.
Correlação das categorias de classificação de risco com aspectos clínicos e desfechos
Autor: Gabriella Novelli Oliveira| Orientação: Ruth Ester Assayag Batista| Mestrado 2016
Palavras Chave: Serviços Médicos de Emergência, Enfermagem em Emergência, Triagem.
Resumo
Introdução: A superlotação nos Serviços de Emergência fez com que as escalas de classificação de risco se tornassem ferramentas obrigatórias para avaliar o nível de gravidade dos pacientes e priorizar o atendimento para os mais graves. O acolhimento com classificação de risco é uma atividade relativamente nova para os profissionais de enfermagem, de modo que conhecer o contexto, o cenário e os atores, assim como o perfil da população atendida, é de grande importância para que melhorias sejam implantadas, visando oferecer maior segurança para os usuários e para os profissionais envolvidos nesta atividade. Objetivo: Correlacionar as categorias de classificação de risco com perfil clínico, desfechos e procedência dos pacientes. Método: Estudo transversal analítico realizado com 697 fichas de atendimento de pacientes maiores de 18 anos, de abril a junho de 2014. As variáveis estudadas foram idade, sexo, procedência, sinais e sintomas, exames complementares, antecedentes pessoais, categorias da classificação de risco, especialidade médica de atendimento e desfecho apresentado. Para associar as categorias de classificação de risco com procedência, sinais e sintomas, exames complementares, antecedentes pessoais, especialidade médica e desfecho, utilizou- se o teste qui-quadrado e, quando necessário, a razão de verossimilhança. Resultados: Pacientes do sexo feminino foram a maioria, com média de idade 44,5 anos. Dor e dispneia foram os sintomas mais relatados pelos pacientes; hipertensão arterial e diabetes mellitus, as comorbidades mais citadas. As categorias de classificação verde e amarela foram as mais frequentes, e a alta hospitalar foi o desfecho mais observado. Pacientes classificados na categoria vermelha apresentaram maior porcentual de procedência do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), por motivos cirúrgicos. Os classificados nas cores laranja e vermelha apresentaram maior porcentual de internação e óbito. Conclusão: A correlação das categorias de classificação de risco com perfil clínico e os desfechos apresentados pelos pacientes pode auxiliar na resolução dos problemas de superlotação nos Serviços de Emergência, aumentando a segurança dos pacientes.
Cuidado incomensurável dos profissionais de enfermagem: a interação com os familiares acompanhantes no processo de internação
Autor: Edna Kinue Nishimura Onoe| Orientação: Luiza Hiromi Tanaka| Mestrado 2016
Palavras Chave: Enfermagem, Família, Humanização, Relações Interpessoais
Resumo
Estudo de abordagem qualitativa cujo objetivo foi: compreender o significado atribuído pelos familiares acompanhantes em relação ao atendimento prestado pelos profissionais de enfermagem em um hospital privado; fundamentado no referencial teórico-metodológico do Interacionismo Simbólico. Os participantes foram 25 familiares acompanhantes de um hospital geral. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas e analisados, conforme a técnica de Análise de Conteúdo Temático, que permitiu a identificação da categoria conceitual “Cuidado incomensurável dos profissionais de Enfermagem: a interação com os familiares acompanhantes no processo de internação”. A codificação dos dados permitiu a elaboração de quatro categorias temáticas: Relacionando a qualidade do atendimento com a qualificação do trabalho da equipe de enfermagem; Sentindo a necessidade de ter referência para o cuidado; Sendo acolhido pela enfermagem e Familiares vivenciando suas necessidades e de seu familiar. O significado que os familiares acompanhantes atribuíram como símbolos na proposição do atendimento prestado pelos profissionais de enfermagem foram: o acolhimento, a atenção, o vínculo, a confiança e a segurança. Percebem a equipe de enfermagem como uma categoria profissional bem treinada, tendo domínio em suas ações de forma padronizada com boa interação entre eles. Valorizam o conhecimento sobre a doença, as orientações e o convite à participação dos familiares nos cuidados, simbolizando a competência, a parceria e a qualificação dos profissionais de enfermagem. Entretanto, necessitam que o paciente seja cuidado pelo mesmo profissional durante a internação e na UTI há um distanciamento que precisaria ser revisitado. O enfermeiro é visto como a liderança da equipe, mas não como uma referência para o cuidado. Desvela-se a importância da inclusão da temática na reflexão da prática humanizada do cuidar nas instituições de saúde. Um cuidado considerado ainda invisível à própria enfermagem e, sobretudo, aos gestores de hospitais porque estas ações mostradas no estudo são, na maioria, silenciosas e incomensuráveis.
Cuidados desenvolvidos pelos pais de lactentes correlacionados com denver ii
Autor: Mariana Almeida Rocha Pazini| Orientação: Regina Issuzu Hirooka de Borba| Mestrado 2016
Palavras Chave: Desenvolvimento Infantil, Puericultura, Assistência Ambulatorial, Enfermagem Familiar, Estudos de Casos.
Resumo
Introdução: O desenvolvimento humano inicia-se na vida intrauterina e pode ser entendido como um somatório de fenômenos, produtos da relação de fatores intrínsecos e extrínsecos, como o meio ambiente em que está inserido, a alimentação, a relação afetiva com outros seres humanos e a atenção adequada às suas necessidades básicas. As crianças desenvolvem-se em interação com pessoas, instituições, creches, escolas, comunidades, famílias, entre outros. O ambiente pobre em estímulos diminui as chances de um desenvolvimento infantil adequado, e para que seja considerado de boa qualidade, deve promover a segurança física, proteger contra doenças, suprir as necessidades básicas e oferecer experiências diversificadas. Objetivo: Conhecer as atividades de cuidado realizadas pelos pais que estão relacionadas ao desenvolvimento infantil e correlacioná-las com o resultado do Denver II. Métodos: Pesquisa qualitativa realizada com pais de crianças de 30 dias a 11 meses e 29 dias, atendidas na consulta de enfermagem em Puericultura no ambulatório do Centro Assistencial Cruz de Malta. O método: Estudo de Caso foi usado, e como referencial teórico o Manual para Vigilância do Desenvolvimento Infantil no Contexto da Atenção Integrada das Doenças Prevalentes na Infância. Resultados: Os resultados demonstraram a relação entre os cuidados diários realizados pelos pais e o desenvolvimento infantil, constatando que estas atividades podem refletir positiva ou negativamente nos resultados do Denver II. Dos seis Estudo de Caso realizados, cinco apresentaram crianças com resultado Normal no Denver II; verificou-se que estas crianças vivem em ambientes com características positivas e seus pais realizam cuidados estimuladores do desenvolvimento infantil, com destaque para as atividades lúdicas. Mas, em um caso, foram identificados fatores negativos nos cuidados diários, que não comprometeram o desempenho no Denver II, porém, poderão vir a comprometer o desenvolvimento futuro, apontando necessidades de intervenções e acompanhamento do desenvolvimento por meio de avaliações posteriores. Um caso revelou características negativas nos cuidados diários, com resultado Suspeito no Denver II. Considerações finais: Na consulta de enfermagem em Puericultura, o enfermeiro deve estar capacitado a avaliar quando forem detectados fatores desfavoráveis dos cuidados junto aos pais e intervir para promover o desenvolvimento infantil no ambiente domiciliar. Diante desta questão, sugere-se a realização de uma pesquisa que investigue, como as mães compreendem e colocam em prática as orientações de enfermagem relacionadas aos cuidados e promoção do desenvolvimento de seus filhos.
Efetividade das intervenções de enfermagem em pacientes com insuficiência cardíaca e o diagnóstico de enfermagem “controle ineficaz da saúde”
Autor: Ana Paula Dias de Oliveira| Orientação: Alba Lucia Bottura Leite de Barros| Mestrado 2016
Palavras Chave: Educação em Saúde, Efetividade, Insuficiência Cardíaca
Resumo
Objetivo: Avaliar a efetividade das intervenções da Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC) "Ensino: Processo de Doença", "Educação em Saúde" e “Cuidados Cardíacos” na melhora de resultados de pacientes com insuficiência cardíaca (IC) e o diagnóstico de enfermagem (DE) "Controle Ineficaz da Saúde". Métodos: Coorte retrospectivo conduzido em um ambulatório de enfermagem de educação em saúde em São Paulo-SP. Foram incluídos 14 pacientes com IC acompanhados durante um ano e que receberam seis consultas presenciais bimestrais, intercaladas por consultas telefônicas mensais. Na primeira consulta era aplicado um instrumento de coleta com base na NANDA International para a confirmação do DE “Controle Ineficaz da Saúde”. Posteriormente, os 12 indicadores dos resultados da Classificação dos Resultados de Enfermagem (NOC) “Autocontrole da Doença Cardíaca” e “Comportamento de Adesão” eram avaliados e implementadas as intervenções NIC: “Ensino: Processo de Doença”, “Educação para a Saúde” e “Cuidados Cardíacos”. Nas consultas presenciais posteriores os pacientes eram reavaliados e os indicadores dos resultados eram julgados por duas enfermeiras especialistas. A efetividade das intervenções foi verificada por meio da mudança dos escores dos resultados NOC por meio dos Testes não paramétricos de Friedman e Análise de Variância não Paramétrica para medidas repetidas. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: O DE “Controle Ineficaz da Saúde” foi prevalente em 100% dos pacientes. As intervenções selecionadas foram implementadas em todas as consultas, com variação apenas das atividades. Houve melhora significativa dos escores dos dois resultados até a quarta consulta (p<0,001) e mantiveram-se no mesmo perfil até a última consulta. Conclusões: As intervenções NIC foram efetivas na melhora dos resultados NOC em pacientes com IC e o DE “Controle Ineficaz da Saúde”. Os resultados sugerem que as intervenções selecionadas estimulam o autocontrole e comportamentos de saúde.
Elaboração e validação de vídeos educacionais sobre sondagem vesical de demora feminina e masculina no adulto
Autor: Marina Bertelli Rossi| Orientação: Juliana de Lima Lopes| Mestrado 2016
Palavras Chave: Cateterismo Urinário, Gravação em Vídeo, Educação em Enfermagem
Resumo
OBJETIVO: elaborar e validar vídeos educacionais sobre a técnica de sondagem vesical de demora. MÉTODOS: estudo metodológico dividido em duas fases. A primeira fase foi a elaboração de um roteiro de vídeos educacionais sobre sondagem vesical de demora (SVD). Nesta fase, o roteiro de vídeo foi escrito pelas pesquisadoras, baseado na literatura, em seguida foi readequado e validado por oito enfermeiros especialistas por meio da técnica de Delphi. O roteiro foi composto por oito tópicos (conceito, indicação, orientação ao paciente, materiais, SVD masculina, SVD feminina, cuidados pós e complicações). Na segunda fase foi realizada a filmagem e a edição dos vídeos, com apoio de um técnico em audiovisual e, posteriormente, foi realizada a validação dos vídeos por alunos de graduação em Enfermagem. Nesta fase, os alunos responderam um questionário tipo Likert de cinco pontos, após assistir aos vídeos, pontuando de 1 (não entendi nada) a 5 (entendi quase tudo e não tenho dúvidas) cada um dos oito tópicos. Para ser considerado como compreensíveis e válidos, os vídeos deveriam obter uma média superior a 4. RESULTADOS: foram necessárias cinco rodadas de avaliação pelos especialistas para validação do roteiro de vídeo. Os vídeos educacionais foram assistidos por 71 alunos de graduação em Enfermagem do primeiro ano, sendo que 93% destes alunos deram nota 4 (entendi quase tudo) ao vídeo como um todo, e a média de todos os tópicos do vídeo foi superior a 4. CONCLUSÃO: o roteiro de vídeo foi validado pelos enfermeiros especialistas e os vídeos educacionais sobre SVD foram validados pelos alunos de graduação.
Enfermeiro: o simbólico da imprescindibilidade da formação de ser educador na prática da gestão assistencial
Autor: Ana Lygia Pires Melaragno| Orientação: Luiza Hiromi Tanaka| Mestrado 2016
Palavras Chave: Ensino, Enfermagem, Capacitação em serviço, Orientação, Família, Câncer.
Resumo
Este estudo foi realizado com nove Enfermeiros egressos de uma Universidade pública da cidade de São Paulo que atuavam em uma instituição especializada em oncologia pediátrica na mesma cidade. O objetivo foi compreender o significado de ser educador, a relação com o cotidiano de trabalho e a formação na perspectiva destes Enfermeiros. Trata-se de um estudo exploratório de abordagem qualitativa, utilizando como referencial teórico metodológico o Interacionismo Simbólico. Os dados das entrevistas foram analisados, utilizando as etapas da Teoria Fundamentada nos Dados que permitiu a identificação da categoria conceitual “Enfermeiro: o simbólico da imprescindibilidade da formação de ser educador na prática da gestão assistencial”. Seis categorias seletivas foram identificadas: Formando um Enfermeiro-educador; Sendo Enfermeiro-educador; Dedicando-se a ser Enfermeiro-educador; Compreendendo as ações educacionais; Identificando modelos de Enfermeiro, equipe e instituição; Experimentando sentimentos de ser Enfermeiro-educador. O desenvolvimento de ser Enfermeiro-educador para os egressos durante a sua formação significou interagir com os usuários na atenção básica, na Disciplina de Saúde Coletiva, apreenderam a importância da orientação que ofereciam e foi importante para desenvolver esta prática em outros estágios. Na área hospitalar, percebiam que o Enfermeiro precisava interagir com os pacientes e familiares, sobretudo, com a população pediátrica. O simbólico de ser educador era exercer o raciocínio clínico, cujo conhecimento integral da doença é imprescindível. A formação para a educação da equipe de Enfermagem foi percebida, como tarefa do estágio da Disciplina de Administração em Enfermagem, apesar da importância que verificam em sua atuação. Valorizar a instituição formadora e a retaguarda de um hospital universitário foi um diferencial para sua formação. Ser Enfermeiro- educador na Instituição pesquisada é motivo de satisfação e sentem-se referência ao paciente, família e equipe. As ações educacionais desenvolvidas pelos egressos consistiam em orientações sobre o cuidado de Enfermagem, autocuidado, cuidados domiciliares e interação interdisciplinar. O estudo aponta que o Enfermeiro necessita desenvolver habilidades educacionais desde a graduação para sentir-se mais seguro na atuação, sobretudo, nas instituições especializadas.
Ensino da comunicação administrativa nos cursos de graduação em enfermagem de escolas da região sudeste: transformações de 1994 a 2001
Autor: Ana Lucia Domingues Neves| Orientação: Maria Cristina Sanna| Mestrado 2016
Palavras Chave: História da Enfermagem, Ensino, Educação em Enfermagem, Pesquisa em Administração de Enfermagem, Conhecimento
Resumo
Estudo histórico-documental cujo objetivo foi identificar, descrever e analisar as transformações ocorridas no ensino da comunicação administrativa nos cursos de graduação em enfermagem das escolas da região sudeste (SE) do país, no período de 1994 a 2001. As fontes primárias foram os Projetos Político Pedagógicos e os Programas de Disciplinas de cinco universidades públicas da região SE do Brasil e as fontes secundárias foram os materiais disponíveis na literatura científica. As fontes foram classificadas em banco de dados do Microsoft Excel®, nas variáveis: nome da escola, número do documento, tipo do documento, autor do documento, data do documento, número de páginas do documento, fichamento do documento, imagem do documento, número de referência documental. Foi realizada a análise preliminar dos conteúdos e conceitos-chave dos documentos e, posteriormente, por meio da identificação de relações de pertinência e similaridade temática entre as mensagens contidas nos textos, foram criadas três categorias de interpretação: Mudanças curriculares ocorridas a partir da atuação dos atores sociais envolvidos e da legislação vigente na época; Conteúdos de disciplinas ministradas no Curso de Graduação em Enfermagem e Organização da disciplina Administração. A discussão dos achados envolveu o cotejamento das categorias construídas, que respondiam ao objetivo proposto, com a literatura cientifica disponível sobre o tema. O estudo revelou que, com a promulgação da Portaria Nº 1721 em 1994 e das Diretrizes Curriculares Nacionais em 2001, contínuas discussões entre docentes, discentes e dirigentes das escolas foram desencadeadas, principalmente por meio de manifestações sobre mudanças na carga horária, nomenclatura e pré-requisitos das disciplinas. As bases ideológicas e teóricas de comunicação foram ensinadas ao longo do curso e o ensino de sua aplicação deu destaque para a comunicação terapêutica. O ensino da comunicação administrativa ocorreu num movimento oscilante e esteve fortalecido, em determinado momento, nas disciplinas com o conteúdo de Informática aplicada à Saúde. Concluiu-se que as instituições de ensino se mostraram resilientes frente às sucessivas demandas da regulação da Educação e que o ensino da comunicação administrativa, apesar de ter sido mantido de forma constante no período estudado, não ocupava lugar central, sendo seu conteúdo pulverizado em diversas disciplinas.
Estresse e ansiedade percebidos por pais de crianças com câncer
Autor: Kayna Moraes de Oliveira| Orientação: Myriam Aparecida Mandetta| Mestrado 2016
Palavras Chave: Enfermagem, Oncologia pediátrica, Família, Estresse parental, Ansiedade parental.
Resumo
Introdução: o diagnóstico e tratamento de câncer infantojuvenil provocam sintomas de ansiedade e estresse nos pais, afetando o bem-estar de toda família. Desta maneira o cuidado à família torna-se fundamental e deve estar ancorado no Cuidado Centrado no Paciente e Família. Questionam-se quais as percepções de estresse e de ansiedade na perspectiva de pais de crianças e adolescentes com câncer e a relação das características sociodemográficas com a ocorrência da percepção de estresse e de ansiedade. Objetivo: avaliar as percepções de estresse e ansiedade na perspectiva de pais de crianças/adolescentes com câncer. Método: estudo do tipo survey descritivo realizado em um instituto referência em oncologia pediátrica no município de São Paulo, vinculado a uma instituição de ensino superior. A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética e os pais participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados foram obtidos pelo preenchimento de um formulário com dados sociodemográficos dos pais e características das crianças/adolescentes com câncer e aplicação de dois instrumentos de medida, o Inventário de Ansiedade Traço - Estado (IDATE-T e E) e o Pediatric Inventory for Parents – PIP com duas subescalas: frequência (PIP-F) e dificuldade (PIP-D), ambos validados para língua portuguesa brasileira. A análise dos dados foi realizada de maneira descritiva, inferencial (p≤0,05) e por meio de testes não paramétricos. Resultados: a amostra foi composta de 89 pais de crianças/adolescentes com câncer. Os valores dos escores finais do PIP-F variaram entre 84 a 186 com média do escore final de 138; e no PIP-D variaram de 77 a 180 com média de 122. No domínio cuidados médicos do PIP- F, quanto maior a idade dos pais, menores os escores de estresse percebido (p=0.0292). No domínio comunicação do PIP-D, pais com idade superior a 51 anos apresentaram maiores médias de escores de estresse (p=0.0365); e pais com maior nível de escolaridade apresentaram menores escores (p=0.0181). No domínio cuidados médicos do PIP-D pais com menos tempo de estudo apontaram maiores escores de estresse (p=0,0130). A média dos escores de percepção parental de ansiedade são maiores no IDATE-T se comparada ao IDATE-E. Houve correlação entre os escores das escalas do IDATE, mostrando que quanto maior a ansiedade estado, maior a ansiedade traço do pai/mãe (p<0,0001). Pais de crianças/adolescentes do sexo feminino possuem percepções de ansiedade estado (p=0.0015) e traço (p=0,0464) maiores do que pais de crianças/adolescentes do sexo masculino. Pais que responderam às questões na unidade de internação apresentaram maiores percepções de ansiedade na escala IDATE-T (p=0,0196). Ao analisarem-se os escores por domínios nas duas subescalas do PIP, os resultados apontam que, quanto maior as percepções de estresse, maiores os escores de percepção de ansiedade no IDATE-E e T. Conclusão: a percepção de estresse parental apresentou variações em ambas subescalas, com média mais elevada na PIP-F do que no PIP-D. Pais com menos tempo de estudo tiveram escores de percepção de estresse mais elevados na maioria dos domínios das subescalas; e pais mais jovens tiveram maiores escores na frequência de estresse percebido quanto aos cuidados médicos. Em relação ansiedade, os pais apresentaram escores médios de ansiedade traço mais elevados que ansiedade estado. Os escores de percepção de ansiedade foram mais elevados em pais de crianças/adolescentes do sexo feminino, durante a internação. Houve correlação entre os escores de estresse e ansiedade.
Evolução do projeto centro de convivência e cooperativa no município de São Paulo
Autor: Fernando Augusto Vaquero Dos Santos| Orientação: João Fernando Marcolan| Mestrado 2016
Palavras Chave: CECCO, Saúde Mental, Cidadania, Diversidade, Coletivo
Resumo
Introdução: Em 1989, o governo municipal de São Paulo/SP, comprometido com os princípios e diretrizes das reformas sanitária e psiquiátrica, implantou programa de Saúde Mental com base em duas premissas fundamentais: a primeira, a de que o sofrimento psíquico era parte integrante e indissociável do sofrimento global dos indivíduos submetidos a desigualdades sociais; a segunda, a importância de política de saúde mental que, de fato, rompesse com o modelo hegemônico centrado nas internações psiquiátricas e em outras práticas manicomiais. A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo/SP criou, rede de suporte, além de equipamento de vanguarda, com o objetivo de viabilizar a inclusão dos grupos populacionais excluídos do convívio social e das possibilidades de lazer, foram construídos Centros de Convivências e Cooperativas (CECCOs). Objetivos: Analisar a percepção dos profissionais aposentados que atuaram nos Centro de Convivência e Cooperativa (CECCO) no município de São Paulo/SP sobre a evolução da assistência desde sua criação; analisar os fatores intervenientes para o funcionamento desse serviço ao longo de suas experiências profissionais; analisar, de acordo com a vivência do profissional, a inserção e relevância desse serviço para a rede de Saúde Mental no município de São Paulo/SP, a Rede Psicossocial no território e para a Política Nacional de Saúde Mental com a Rede de Atenção Psicossocial. Metodologia: Estudo exploratóriuo-descritivo, qualitativo com referencial metodológico da Análise do Conteúdo. Amostra composta por profissionais aposentados dos CECCOs; foi realizada entrevista gravada em áudio com base em questões norteadoras confeccionadas pelos pesquisadores, Resultados: O CECCO trouxe em seu bojo a mudança de paradigma na assistência em Saúde Mental, pois com sua inovação técnica e ideológica provocou reflexões importantes sobre como acolher a diferença sem classificar e tirar a potência do sujeito. O CECCO, mal nasce, com toda a potência de ser de um ovo, mas fica à margem do sistema enrijecido, sofreu com as gestões seguintes à da Erundina, principalmente devido a privatização da Saúde. O impacto e efeitos alegres do CECCO são claros nas populações atendidas, porém fica a falta, não histérica, de que esse projeto poderia ser muito mais abrangente, extrapolar os muros da Cidade para todo o território brasileiro como estratégia de novos agenciamentos no cuidado não somente em Saúde Mental, mas gerador de Saúde em geral, cidadania e trabalho solidário e cooperado. Foi fundamental e protagonista no gerar nova forma de se ver e assistir ao indivíduo com tarnstorno mental. Por questões políticas-ideológica ficou fora da rede de atenção psicossocial. Conclusões: Ao falar de CECCO falamos da diversidade, do mosaico que podemos construir com diferentes peças, mas não há tempo dado para isso, nem cola especialOs participantes relataram toda a vivacidade e mudança paradigmática ocorrida com o protagonismo que o CECCO promoveu no lidar com a loucura no Município. . Esse equipamento está preservado apesar de todo o descaso que os gestores lhe deram e é de significativa importância para a denominada reforma psqiuiátrica brasileira.
Fatores associados à mortalidade em pacientes transplantados renais admitidos na unidade de terapia intensiva com insuficiência respiratória aguda
Autor: Rafael Mendes da Silva| Orientação: Bartira de Aguiar Roza| Mestrado 2016
Palavras Chave: Transplante de Rim, Insuficiência Respiratória, Unidades de Terapia Intensiva.
Resumo
Objetivo. Identificar os fatores associados à mortalidade em pacientes TxR e TxRP, admitidos na unidade de terapia intensiva com insuficiência respiratória, descrevendo as características epidemiológicas do paciente TxR e TxRP Métodos. Estudo retrospectivo que avaliou pacientes adultos com diagnóstico de insuficiência respiratória aguda internados na unidade de terapia intensiva (UTI) de um centro com alto volume de transplantes, no período de agosto de 2013 a agosto de 2015. Dados demográficos, clínicos e características do transplante foram analisados. Análise de regressão logística multivariada foi realizada para identificar os fatores associados a mortalidade. Resultados. Foram incluídos 183 pacientes com idade de 55,32 ± 13,56 anos. 126 (68,8%) receberam rim de doador cadáver e 37 (20,2%) tiveram histórico prévio de rejeição. O SAPS3 de admissão na UTI foi de 54,39 ± 10,32 e o SOFA de 4,81 ± 2,32. A principal causa de internação foi pneumonia comunitária (18,6%), seguida de edema agudo de pulmão (15,3%). Infecções oportunistas foram comuns, como pneumocistose (9,3%), tuberculose (2,7%) e citomegalovírus (2,2%). Os fatores associados a mortalidade foram necessidade de vasopressor (OD 8,13, IC 2,83-23,35, p < 0,001), ventilação mecânica invasiva (OD 3,87, IC: 1,29-11,66, p =0,016) e SAPS3 (OD 1,04, IC 1,0-1,08, p =0,045). Conclusão. Pneumonia bacteriana foi a principal causa de insuficiência respiratória aguda com necessidade de cuidados intensivos, seguida por edema agudo de pulmão. Necessidade de vasopressor, ventilação mecânica invasiva e SAP3 foram associados à mortalidade.
Hemólise em concentrados de glóbulos vermelhos administrados por meio de dispositivos de infusão de gotas e microgotas
Autor: Larissa Perez Pardo| Orientação: Mavilde da Luz Goncalves Pedreira| Mestrado 2016
Palavras Chave: Hemólise em concentrados, glóbulos vermelhos, dispositivos de infusão, gotas e microgotas
Resumo
O concentrado de glóbulos vermelhos (CGV) é infundido frequentemente por meio de dispositivos de infusão de gotas e microgotas. Apesar da ampla utilização destes tipos de dispositivos, pouco se conhece sobre sua ação na qualidade do hemocomponente transfundido. Objetivos: Verificar os níveis dos marcadores de hemólise: hemoglobina total, hematócrito, hemoglobina livre, potássio, lactato desidrogenase (LDH), haptoglobina e grau de hemólise, antes da manipulação de CGV e após a administração por dispositivos de infusão de gotas e microgotas. Comparar os níveis de marcadores de hemólise de CGV após infusão por dispositivos de gotas e microgotas, segundo tipo e marca do dispositivo, velocidade de infusão e tempo de estocagem do CGV. Materiais e Métodos: Estudo experimental realizado no Laboratório de Experimentos em Enfermagem (LEEnf) da Universidade Federal de São Paulo. Foram utilizadas 20 unidades de CGV com média de 16,08(±7,28) dias de estocagem. Foram estudados de modo randômico 48 dispositivos de infusão de gotas (24) e microgotas (24), de duas marcas diferentes (A e B), duas velocidades de infusão (10 e 100ml/h) e três tempos de estocagem do CGV (curto – até 10 dias; médio – de 11 a 21 dias e longo – de 21 a 35 dias). Os marcadores de hemólise foram estudados antes da passagem do sangue pelo dispositivo de infusão, denominado Pré-infusão e após a situação estudada, denominado Pós-infusão. As amostras obtidas nos momentos de estudo foram submetidas a análises de hematócrito (%), hemoglobina livre (g/dL), hemoglobina total (g/dL), potássio (mmol/L), LDH (U/L), haptoglobina (g/L) e cálculo do grau de hemólise. Os dados foram analisados segundo média e desvio padrão, sendo aplicados os testes de medida de variância, t student, ANOVA, Mann-Whitney, Levene, Kruskal-Wallis e Tukey (p≤0,05). Resultados: Foram realizadas 576 análises de biomarcadores e 96 cálculos de porcentagem de hemólise. A avaliação global dos resultados evidenciou aumento significante do nível de hemoglobina livre e do grau de hemólise (p<0,001). Na amostra Pós-infusão foi identificado nível máximo de grau de hemólise de 0,90%. Identificou-se grau de hemólise maior (p=0,030) nas infusões realizadas por dispositivos de infusão de microgotas (26%), quando comparado ao de gotas (15%). A marca dos dispositivos não influenciou significantemente os marcadores de hemólise estudados. Os níveis de haptoglobina e lactato desidrogenase (LDH) apresentaram tendência de queda no Pós-infusão, sendo as variações no nível de potássio e de hematócrito também sem significância estatística. A velocidade de infusão de 10ml/h apresentou aumento relativo de 22% após infusão, enquanto aumento de 10% foi verificado a 100ml/h (p=0,013). O tempo de estocagem dos CGV influenciou a porcentagem de hematócrito (p<0,001) e nível de LDH (p=0,004). Conclusão: Dispositivos de infusão de microgotas ocasionaram maior grau de hemólise do que os dispositivos de gotas. A velocidade de infusão de 10ml/h relacionou-se a aumento significante no grau de hemólise das amostras.
Infusão de concentrado de hemácias por cateter central de inserção periférica com válvula proximal: influência sobre os marcadores de hemólise
Autor: Amanda Karina de Lima Jacinto| Orientação: Ariane Ferreira Machado Avelar| Mestrado 2016
Palavras Chave: Cateteres, Eritrócitos, Hemólise, Enfermagem.
Resumo
Introdução: A terapia transfusional pode ser implementada por meio de diversos cateteres, dentre eles o cateter central de inserção periférica (CCIP). Entretanto, evidencia-se carência de estudos que indiquem sua influência sobre alterações nos marcadores de hemólise. Objetivos: Verificar a ocorrência de alterações nos marcadores de hemólise de concentrados de hemácias após infusão por CCIP com válvula proximal, segundo calibre e velocidade de infusão, e descrever a altura do sistema, a pressão e a velocidade de infusão segundo os diferentes calibres de cateter. Material e Método:estudo experimental realizado em laboratório sob condições controladas de temperatura e umidade. A amostra foi composta por 12 CCIP com válvula proximal de 3Fr e 4Fr, nos quais foram infundidos concentrados de hemácias, pelo método gravitacional, e coletadas alíquotas de sangue da bolsa, após a infusão em fluxo livre e em velocidade controlada. As variáveis de desfecho foram porcentagem do hematócrito, hemoglobina total, hemoglobina livre, grau de hemólise, potássio e desidrogenase lática. As variáveis categóricas foram descritas em valor absoluto e frequência relativa enquanto as variáveis contínuas como média, desvio-padrão, mediana, valores mínimo e máximo. Foram utilizados os testes ANOVA, Bonferroni, Mann-Whitney e correlação de Spearman, com nível de significância p<0,05. Resultados: após as infusões nos CCIP de calibre 3 Fr evidenciou-se aumento do grau de hemólise (p=0,003) e da hemoglobina livre (p=0,014), e redução da hemoglobina total (p=0,002), com influência significante das velocidades mínima e máxima sobre grau de hemólise, hemoglobina total na velocidade mínima e hemoglobina livre na velocidade máxima. Quanto à altura do sistema de infusão, pressão e velocidade de infusão, segundo o calibre do CCIP, identificou-se que apenas a velocidade diferiu significativamente entre os dois calibres após infusão em fluxo livre. Conclusões: o menor calibre do cateter e a velocidade de infusão influenciaram variações de alguns marcadores de hemólise, e apenas a velocidade diferiu entre os diferentes calibres de cateter. As alterações evidenciadas nos marcadores de hemólise não contraindicariam a infusão de concentrados de hemácias por CCIP com válvula proximal de calibres 3 e 4 Fr, e em diferentes velocidades de infusão.
Liderança autêntica e sua relação com as taxas de adesão aos protocolos de prevenção de queda, flebite e lesão por pressão
Autor: Amanda Gleice Fernandes Carvalho| Orientação: Isabel Cristina Kowal Olm Cunha| Mestrado 2016
Palavras Chave: Liderança, Enfermagem, Pesquisa em Administração em Enfermagem, Segurança do Paciente
Resumo
Introdução: no contexto atual de mudanças de paradigmas nos campos: social, econômico, filosófico e político, as instituições hospitalares necessitaram se adaptar e a Enfermagem rever suas ações de cuidar. Das lideranças, são exigidos os resultados, que precisam ser traduzidos no trabalho em equipe de uma maneira sofisticada, cuidadosa e autêntica para não comprometer a qualidade da assistência ou interferir negativamente no processo de trabalho. A liderança autêntica vem avançando paulatinamente seus estudos para a área da saúde. Esse modelo traz um efeito preponderante, indireto e notório no processo da condução de equipe. Há evidências da criação de condições no ambiente de trabalho que sustentam a prática de enfermagem e promovem uma cultura de segurança com menos eventos adversos, maior adequação da equipe às metas e processos institucionais. Objetivo: identificar a liderança autêntica em enfermeiros, verificar a associação da liderança autêntica ao perfil pessoal e profissional, analisar a correlação existente entre a liderança autêntica dos enfermeiros e a taxa de adesão da equipe de enfermagem aos protocolos de prevenção de queda, flebite e lesão por pressão. Método: pesquisa correlacional realizada num hospital público de São José dos Campos (SP) - Brasil. A coleta de dados ocorreu em outubro a dezembro de 2014 com 69 enfermeiros. Participaram 69 enfermeiros com mais de dois anos na instituição. Instrumentos utilizados: 1-) Caracterização contendo variáveis de perfil pessoal e profissional (sexo, cargo, horário de trabalho, outra ocupação laboral, curso de especialização, liderança já exercida e conhecimento sobre referenciais de liderança); 2-) adesão aos protocolos de queda, flebite e lesão por pressão nas unidades dos enfermeiros que compuseram a amostra e 3-) Authentic Leadership Questionnaire. Os dados foram analisados com estatística descritiva, teste t – Student e modelos de regressão linear (p<0,010). Resultados: para liderança autêntica, 36 (52,2%) apresentaram escores: muito alto e 32 (46,4%), alto. A subescala autoconsciência do Authentic Leadership Questionnaire mostrou-se superior, em média 1,7, dentre os enfermeiros assistenciais em relação aos clínicos (p=0,006). Não houve relação entre a adesão da equipe de enfermagem aos protocolos de prevenção analisados. Conclusão: os enfermeiros apresentaram características de líderes autênticos, porém não houve associação com muitas das variáveis de caracterização e aos protocolos de prevenção de queda, flebite e lesão por pressão. O modelo de liderança autêntica precisa ser mais investigado para mostrar sua correlação com a segurança do paciente.
Mensuração da adesão aos medicamentos imunossupressores em pacientes adultos no pós transplante renal
Autor: Renata Fabiana Leite| Orientação: Bartira de Aguiar Roza| Mestrado 2016
Palavras Chave: Transplante renal, Adesão do Paciente, Comportamento de Saúde, Transplantes.
Resumo
Introdução: A adesão ao regime terapêutico após o transplante é um fenômeno multidimensional determinado pela interação de cinco agentes sendo estes: a equipe de saúde, o social e econômico, o tratamento, o paciente e a doença. Vários métodos, com o objetivo de detectar a não adesão (NA) em doentes transplantados, têm sido sugeridos na literatura, mas não há único método considerado eficiente. Objetivo: Foi mensurar a adesão aos medicamentos imunossupressores no pós transplante renal, mediante o uso da Escala Basel Para Avaliação de Adesão a Medicamentos Imunossupressores (BAASIS). Método: A amostra foi constituída por pacientes adultos no pós-transplante renal, que tinham no mínimo 4 semanas completas em casa, após alta hospitalar e em acompanhamento ambulatorial. Foram avaliados por meio do instrumento BAASIS: a ingestão de drogas prescritas; dias utilizados de dose correta; horário-dentro de 25% do horário prescrito; pausa da medicação; tempo de ingestão excedente de 24 horas; alterações de dose por conta própria, complexidade das doses prescritas, percepção do paciente frente ao tratamento, valor de creatinina, nível sanguínea de imunossupressores.Os formulários básico e clínico foram utilizados para identificarmos possíveis causas da diminuição da adesão terapêutica e a relação com a sobrevida do paciente. Resultados: 181 pacientes com TXR, com média das idades no momento da visita para acompanhamento ambulatorial foi de 44,2 anos (DP4 =13,4 anos), observando a idade mínima de 18 anos e máxima de 74 anos, 43,1% dos pacientes eram da cor parda, 53,6% casados, 64,7% possuíam renda familiar entre 1 e 4 salários mínimos, 38,7% com ensino médio. Com relação à participação na vida econômica no grupo familiar eram de 29,8% de auxílio doença e de 31,0% aposentadoria, foram utilizados 1,3 (DP=0,7) tipos distintos de meio de transporte com destaque ao ônibus (38%) e ambulância (31,8%) para consultas ambulatoriais,41,4% dos pacientes apresentavam o IMC 25,81 Kg/m2, o acompanhamento ambulatorial foi de 276,8 semanas (5,3 anos),92,8% realizaram diálise e 49,2% receberam TXRF. Somente 4,4% possuíam um cuidador, 7,2% em acompanhamento farmacêutico ambulatorial e 1,7% apresentaram RAC. O tempo de 3,62 minutos, em média, para separar as medicações. Quanto adesão, os pacientes transplantados renais de cor parda apresentavam 100% de adesão. Os casados apresentaram porcentagem maior de adesão comparativamente aos demais pacientes. Quanto ao grupo dos autônomos e dos obesos apresentaram 30,8% e 20% da amostra de NA. A adesão aos imunossupressores nas últimas 4 semanas foi de mais de 94%, ou seja, nunca deixaram de tomar várias doses consecutivas das medicações imunossupressores (Q2) e nunca tomaram uma dose menor de suas medicações do que a prescritas pelo médico (Q4). Adicionalmente, 87,8% dos pacientes apontaram nunca se esquecer de tomar medicações imunossupressores alguma vez (Q1). Já o item que trata sobre atraso nas medicações (Q3) apresentou a menor porcentagem de resposta “nunca”, comparativamente aos demais itens - 64,1% citaram nunca ter passado por tal situação.De uma forma geral,58,6% responderam “nunca” nos quatro itens apontando adesão total,18,8% deixaram de aderir a uma das quatro situações uma vez por mês.Assim, tem-se que 41,4% deixaram de aderir a uma das quatro situações nas últimas quatro semanas. Conclusão: Este estudo evidenciou que os pacientes que apresentaram dificuldades para ter adesão foram os de cor branca, os que viviam sozinhos (separados, divorciados), obesos, desempregados ou autônomos, provavelmente porque tinham uma rotina muito frágil ou ausência desta em suas vidas. Uma parte significativa da amostra estudada, ou seja, 41,4% deixaram de aderir aos medicamentos imunossupressores em uma das quatro situações nas últimas 4 semanas do questionário BAASIS. Não foram encontradas diferenças de medidas dos valores de creatinina nos itens dos mesmos questionários. Concluímos que devemos concentrar esforços nas questões diretas e indiretas que envolvem a adesão, além da compreensão, mais próxima da realidade, da participação ativa do individuo no seu tratamento. Com este cenário, poderíamos traçar estratégias que os levem a níveis superiores de adesão. Deste modo, o estudo leva- nos a acreditar que adesão e persistência são sinônimos para o sucesso no TX.
O significado de ser cuidador familiar de uma pessoa idosa no bairro de Petrópolis na cidade de Manaus/Amazonas
Autor: Josiani Nunes do Nascimento| Orientação: Lais Helena Domingues Ramos| Mestrado 2016
Palavras Chave: Cuidadores, Idoso, Envelhecimento, Enfermagem Familiar
Resumo
O crescimento da população idosa vem refletindo no aumento do número de pessoas com debilidades físicas, emocionais e, em muitos casos, totalmente dependentes do cuidador para as atividades básicas de vida diária. Em Manaus/Amazonas há um crescimento progressivo do número de idosos, o qual, em sua maioria, é representado por migrante, que veio em busca de trabalho, renda ou melhores condições de vida. Encontramos nessa região geográfica um percentual maior de idosos que vivem com seus filhos do que no resto do país. O objetivo deste estudo é apreender o significado da vivência como cuidador familiar de uma pessoa idosa na cidade de Manaus. O método utilizado foi à estratégia metodológica do Estudo de Caso. Os resultados nos revelaram as características situacionais do familiar que se dispõe a cuidar do seu idoso e se torna um cuidador. Os sentimentos que o predispõem naquele momento em aceitar a posição de apoio social. O cuidador familiar compreende o processo de envelhecimento humano em suas características biopsicossociais e apresenta a rede de apoio social e da saúde ao idoso como uma forma de prevenção a violência à pessoa idosa. Ressaltamos nas considerações finais a visão de família na produção de cuidados à saúde que se configura na família manauara como um produto sócio-histórico. É constituído pela intensa migração nordestina, juntamente com indígenas e mestiços em geral. O cuidado emerge na dimensão do respeito, da sacralidade, da reciprocidade e da complementaridade.
Percepções de intervenções realizadas pelos gestores locais da atenção básica após o curso de qualificação de gestores do sus
Autor: Vania Cardoso Santos| Orientação: Lais Helena Domingues Ramos| Mestrado 2016
Palavras Chave: Gestão Pública, Sistema de Saúde, Saúde Pública, Educação em Saúde
Resumo
Introdução: O gestor dos equipamentos de saúde da Atenção Básica exige uma qualificação diferenciada em função dos desafios que enfrentam em razão das necessidades da comunidade apresentadas, do alinhamento do processo de trabalho dos profissionais de saúde e pela negociação com os demais atores, no percurso de sua caminhada. Para tanto, alguns gestores locais participaram do Curso de Qualificação de Gestores do SUS, parte integrante do Programa Nacional de Qualificação de Gestores e Gerentes do SUS, onde tiveram a oportunidade de vivenciar novos conceitos e práticas efetivas durante o processo ensino-aprendizagem, assim como, refletir sobre a sua prática em seu território. Esta pesquisa tem como objeto de estudo as intervenções realizadas frente à prática no seu espaço de trabalho, tendo como referencial teórico a Aprendizagem Significativa. Objetivos: Apreender as intervenções realizadas pelos gestores locais após o término do Curso de Qualificação de Gestores do SUS do Programa Nacional de Qualificação de Gestores e gerentes do SUS e compreender os resultados obtidos pelos gestores, a partir das intervenções realizadas no espaço de gestão. Método: Esta pesquisa se caracteriza como um estudo de caso único, descritivo, de campo com abordagem qualitativa, com a utilização de entrevistas utilizando-se de roteiro semi-estruturado e posterior análise temática. Foram entrevistados 25 profissionais da saúde na função de gestor dos equipamentos de saúde da Atenção Básica. Resultados: O perfil dos gestores entrevistados tem uma média de idade de 49 anos, com predomínio do sexo feminino, sendo onze Enfermeiros, três Médicos, quatro Dentistas, dois Assistentes Social, um Terapeuta Ocupacional, dois Psicólogos e dois Fisioterapeutas. Quanto ao vínculo empregatício, 15 eram efetivos servidor público e 10 contratados pela CLT pelas Organizações Sociais de Saúde, uma média de tempo de atuação como gestor local de 4 anos. A análise das falas demonstrou que as intervenções narradas foram realizadas no foco do Acolhimento, o Planejamento Estratégico e a Gestão Participativa, percebendo um movimento de melhorar o acesso e estimular a participação dos profissionais e da comunidade na construção dos planos de ação. Na percepção dos resultados obtidos após a implementação das suas respectivas intervenções foram narrados a satisfação do usuário e a qualidade do serviço de saúde. Conclusão: A compreensão da atuação do gestor nos equipamentos de saúde na Atenção Básica após o Curso de Qualificação de Gestores do SUS, mostrou a necessidade de desenvolver uma proposta de educação em serviço, que apoie de forma continua dando impulso para o movimento ativo dos planos de ação elaborados na perspectiva do território.
Processo de supervisão dos enfermeiros de unidade de terapia intensiva -um estudo de caso
Autor: Luciana de Oliveira Matias| Orientação: Luiza Hiromi Tanaka| Mestrado 2016
Palavras Chave: Supervisão de Enfermagem, Administração dos Serviços de Saúde, Unidades de Terapia Intensiva, Estudos de Casos, Pesquisa Qualitativa
Resumo
Este estudo teve como objetivos apreender o processo de supervisão dos enfermeiros que atuam em uma unidade de terapia intensiva (UTI) e descrever as ações de supervisão de enfermagem realizadas por esses profissionais. Trata-se um estudo exploratório, na abordagem qualitativa, tendo como método de investigação o estudo de caso, baseado na proposta de Yin e, como referencial teórico-temático, supervisão de enfermagem como processo educativo contínuo. Os dados foram coletados por meio de observação participante e entrevista semiestruturada, com enfermeiros de uma UTI de um Hospital Universitário, de grande porte, da cidade de São Paulo (SP).Os dados foram analisados utilizando a técnica de análise de conteúdo, segundo as descrições de Bardin e Bazeley, a partir da qual emergiram duas categorias: A) Prática da supervisão pelo enfermeiro da UTI e, B) O processo de supervisão em enfermagem. Alguns enfermeiros compreenderam a supervisão como ato de controle das atividades praticadas pela sua equipe e priorizavam as atividades administrativas em seu cotidiano, resultando em uma relação de conflitos entre os membros da equipe. Outros entenderam a supervisão como olhar atento às atividades praticadas pela sua equipe, com ênfase na prevenção de eventos adversos e ações educacionais relacionadas à assistência de enfermagem, contribuindo para uma relação dialogada e positiva com sua equipe. Independentedas concepções e práticas adotadas, o processo de supervisão mostrou-se assistemático, empírico e fragmentado. Portanto, fazem-se necessários investimentos educacionais para os enfermeiros, a fim de desenvolvê-los para um exercício científico e integrador da prática de supervisão, bem como um posicionamento mais crítico, para que mudanças sejam efetivas.
Quando o imprevisto bate à porta: atuação do enfermeiro no atendimento à demanda espontânea na estratégia saúde da família
Autor: Gisele Barreto Felix| Orientação: Ana Cristina Passarella Bretas| Mestrado 2016
Palavras Chave: Sistema Único de Saúde, Gestão em Saúde, Estratégia Saúde da Família, Enfermeiras e Enfermeiros, Acolhimento
Resumo
A Estratégia Saúde da Família (ESF), política oficial de atenção primária à saúde no Brasil, foi criada como uma tentativa de concretizar os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), substituindo o modelo vigente até então. É a porta preferencial de acesso ao sistema, e, para tanto, deve estar preparada para responder às necessidades de saúde apresentadas às equipes cotidianamente pelos seus usuários. Atua com o acompanhamento programado da população adscrita, mas também deve ter a “porta aberta” para acolher o que não pode ser programado, as eventualidades, os imprevistos: a demanda espontânea. Este estudo teve como objetivo compreender o trabalho do enfermeiro no atendimento à demanda espontânea (ADE) na ESF. Trata-se de um estudo de caso, construído por meio da abordagem qualitativa. A unidade de análise são 17 enfermeiros que atuam nas 17 Unidades Básicas de Saúde (UBS) com ESF do distrito administrativo Jardim Ângela, no município de São Paulo. As 17 entrevistas semiestruturadas foram realizadas em maio de 2014. Os resultados descrevem a organização do ADE nas unidades e a forma como os enfermeiros, apontados como principais responsáveis, organizam-se e nele atuam. As dificuldades enfrentadas, a resolutividade e as fontes de prazer/sofrimento são determinadas no significado da atividade para o profissional. A relação com o usuário é marcada por desentendimentos e pela frustração de muitas vezes não ser possível dar uma resposta de acordo com a necessidade e expectativa do mesmo, mas existem atitudes e circunstâncias capazes de tornar esse encontro prazeroso e uma fonte de motivação. Apesar da pouca reflexão sobre sua prática no ADE, os enfermeiros acreditam que ela expressa o retrato do profissional “faz-tudo”, e, que ele é o profissional mais capacitado no serviço para executá-lo. Facilidades, dificuldades e oportunidades de melhoria no ADE foram enumerados. A resolutividade, a humanização, o encontro com o usuário e o ADE na ESF foram abordados com maior profundidade no capítulo discussão. O estudo nos possibilitou compreender a partir do olhar do enfermeiro como ocorre sua atuação no ADE na ESF, visualizamos o desafio de estar num lugar que teoricamente tem a responsabilidade de acolher todas as queixas apresentadas pelos usuários, dar respostas adequadas e prestar um atendimento integral ao indivíduo, sem a garantia dos requisitos necessários para tanto. Pontuamos a importância de colocar o cuidado com a vida no centro da produção do cuidado em saúde para o alcance das transformações desejadas. Evidenciamos a existência de enfermeiros nas portas das portas do sistema capazes e comprometidos que através da sua atuação já colaboram, mas podem colaborar muito mais para o fortalecimento do SUS, de um SUS que dá certo não apenas para alguns personagens, mas para todos os seus atores, onde a valorização do trabalhador também seja uma prioridade.
Riscos ocupacionais da equipe de enfermagem no ambiente de trabalho em pronto socorro de hospital universitário
Autor: Joao Carlos Pereira Angeli| Orientação: Isabel Cristina Kowal Olm Cunha| Mestrado 2016
Palavras Chave: Riscos Ocupacionais, Enfermagem do Trabalho, Serviço Hospitalar de Engenharia e Manutenção, Serviços Médicos de Emergência, Hospitais Universitários.
Resumo
Objetivos: Este estudo teve como objetivos identificar as condições do ambiente e a iluminação, ruído e temperatura nas instalações físicas de um pronto socorro universitário, investigar quais os riscos ocupacionais a que estão expostos os membros da equipe de enfermagem, verificando suas percepções quanto a estes e propor ações de melhoria. Método: Realizou-se uma pesquisa exploratória com abordagem quantitativa, dividida em 2 etapas. A primeira etapa foi feita com a utilização de observação sistematizada através de roteiro e medições de temperatura, iluminação e ruídos. A segunda etapa com um questionário aplicado à equipe de enfermagem dos diferentes horários de trabalho, cuja amostra consistiu de 48 enfermeiros, 37 técnicos de enfermagem e 52 auxiliares de enfermagem totalizando 137 (70,6% da população total). O questionário continha dados demográficos, de formação e de serviço e questão de múltipla escolha para os riscos, doenças adquiridas e sugestões para melhorias. O projeto foi aprovado pelo Comitê Científico do hospital e Comitê de Ética em Pesquisa institucional, e todos os sujeitos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: A observação sistemática demonstrou que algumas instalações do Pronto Socorro estavam em inconformidade em relação às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e as medições de temperatura, iluminação e ruído resultaram em valores acima dos índices recomendados pela Associação Brasileira de Normas Técnicas. A aplicação do questionário mostrou que dos respondentes a maior parte foi de mulheres (97=70,8%), com idade entre 26 a 40 anos (83=60,7%), formada entre 2006 e 2010 (41=29,9%), atuando neste Pronto Socorro há menos de 2 anos (50=36,5%). Os principais riscos a que estão expostos os trabalhadores de enfermagem foram biológicos (sangue, bactérias e secreções), físicos (material perfuro-cortante), e ergonômicos (levantar e sustentar pacientes), que tiverem os percentuais mais elevados apontados nas respostas dos profissionais. As doenças respiratórias (gripe e faringite) foram as mais citadas como tendo sido adquiridas neste setor (73=53,3%). Das 83 sugestões de melhoria para diminuir estes riscos, a maior parte refere-se ao espaço físico e organizacional com 61,3%. Conclusão: No Pronto Socorro estudado foram identificadas inconformidades na área física e em relação a ruídos, calor e temperatura nas instalações, bem como os riscos a que estão expostos os trabalhadores de enfermagem que os percebem e apontam múltiplas sugestões de melhorias. A reorganização dos espaços e processos de trabalho a partir das sugestões pode contribuir para melhorias significativas bem como oferecer melhores condições de trabalho à equipe de enfermagem que atua neste Pronto Socorro.
Síndrome de burnout e perfil cronobiológico de enfermeiros assistenciais
Autor: Lemoel Leandro Silva| Orientação: Milva Maria Figueiredo de Martino| Mestrado 2016
Palavras Chave: perfil cronobiológico, síndrome de Burnout, enfermeiros assistenciais
Resumo
Objetivo: Verificar a existência de correlação entre o perfil cronobiológico e a ocorrência da síndrome de Burnout em enfermeiros assistenciais. Método: foram selecionados 106 enfermeiros de um hospital público do município de Barueri – SP. Os voluntários preencheram um protocolo de pesquisa voltado à caracterização sócio demográfica, identificação do perfil cronobiológico e mensuração da síndrome de Burnout, por meio dos instrumentos: questionário de Horne e Östberg e Maslach Burnout Inventory, respectivamente. Os dados obtidos foram tabulados no programa spss.20 e analisados por medidas descritivas e inferenciais; os testes de correlação aplicados foram de Spearm e Pearson. Resultados: identificou-se uma população jovem, com média de 33,2 anos de idade, onde 80,2% eram do sexo feminino; 65,1% viviam com situação conjugal estável e 35,8% tinham filhos. A maioria dos indivíduos pontuou ao cronotipo moderadamente matutino e 51,8% não estavam concordantes na relação cronotipo/turno de trabalho; à Burnout, identificou-se uma ocorrência de 20,8%, onde 50% entre os afetados atuavam no turno da noite; as análises estatísticas aplicadas apontaram correlação significativa entre a inadequação do cronotipo e ocorrência da síndrome de Burnout, com significância à nível 0,02. Conclusão: a ocorrência da síndrome de Burnout em enfermeiros se mostra um problema prevalente, multifatorial e carente de medidas preventivas. Neste contexto, constatouse como fator de correlação significativa a atuação no horário contrário ao perfil cronobiológico.
Tradução e adaptação transcultural da escala smoking cessation counseling-scc
Autor: Juliana Maria Ruoco Zambardi| Orientação: Alba Lucia Bottura Leite de Barros| Mestrado 2016
Palavras Chave: cessação do tabagismo, enfermagem, tabagismo e adaptação transcultural
Resumo
Introdução: Existem poucos instrumentos voltados para avaliar as práticas de cessação do tabagismo e a adesão a elas por parte dos prestadores de cuidados de saúde. Em vista desse déficit, Newhouse et al. criaram um instrumento, a Smoking Cessation Counseling Scale (SCC), que proporciona avaliar as práticas de aconselhamento de cessação do tabagismo aplicadas na prática clínica das enfermeiras. Objetivo: Realizar a tradução e adaptação transcultural da escala “Smoking Cessation Counseling” para avaliação das práticas de intervenção do enfermeiro no aconselhamento da cessação do tabagismo para o português do Brasil. Método: O processo de adaptação seguiu as seguintes fases: tradução, síntese das traduções, retrotradução, comitê de experts, pré-teste e ponderação dos escores. Resultados: Durante o processo de tradução foram obtidas duas traduções, uma pura e literal, e uma segunda voltada ao fenômeno do estudo. O pesquisador construiu uma síntese (T12) das duas traduções, considerando discussões com os tradutores para minimizar possíveis erros ou acréscimos de palavras e expressões que poderiam mudar o sentido dos itens da escala. Após a fase da síntese das traduções, foram realizadas duas retrotraduções desta versão. Não houve dificuldades na retrotradução. Logo após a retrotradução do instrumento, o mesmo foi encaminhado para um grupo de experts para avaliação da retrotradução. Cada expert avaliou todos os itens da versão original do instrumento, da síntese da tradução e da retrotradução e, para todos os itens, exceto o item 17, os três experts tiveram concordância. Após a análise da retrotradução pelo grupo de experts, a versão final foi encaminhada para a autora para autorização das modificações de alguns itens para a nossa realidade. Nenhum dos itens foi modificado em relação ao seu entendimento e sim na adequação para a realidade brasileira. A autora do instrumento aceitou e autorizou as modificações realizadas. Ao final foi realizado um pré-teste que verificou as propriedades psicométricas para os 24 itens e da decomposição dos seis fatores que mais possuem correlação, identificando um alpha 0,916. Conclusão: O estudo demonstrou uma forte consistência interna e, portanto, alta confiabilidade da escala. A adaptação transcultural manteve as propriedades psicométricas da escala original. Futuros estudos podem ser realizados para validá-la, estudar o impacto do aconselhamento de enfermagem na cessação do tabagismo e identificar quais atividades de enfermagem são mais eficazes na redução do tabagismo.
Transtorno de estresse pós-traumático em gestantes com diagnóstico de anomalias congênitas
Autor: Michelle Alves Viana Aguiar| Orientação: Anelise Riedel Abrahao| Mestrado 2016
Palavras Chave: anormalidades congênitas, gestantes, diagnóstico pré-natal, transtornos de estresse pós-traumáticos
Resumo
Objetivo: Avaliar os sintomas do transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) em gestantes com diagnóstico de anomalia congênita. Métodos: Estudo quantitativo com desenho transversal-correlacional. A amostra foi composta por 111 gestantes com diagnóstico de anomalia congênita, viável e inviável, atendidas no Ambulatório de Medicina Fetal da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) no período de novembro de 2013 a novembro de 2014. Os instrumentos utilizados para coleta de dados foram um questionário semiestruturado e uma escala do tipo Likert, a Escala do Impacto do Evento - Revisada (IES-R). Para a análise estatística, foram utilizados os seguintes testes: qui quadrado para as variáveis categóricas; t de Student ou Mann-Whitney para as comparações de variáveis contínuas; os coeficientes alfa de Cronbach e correlação de Pearson nos domínios que compõem a escala IES-R; modelos de regressão linear simples para avaliar, conjuntamente, o efeito do tempo do recebimento do diagnóstico de anomalia congênita, viável e inviável, com o escore total e dos domínios da IES-R. Resultados: As anomalias congênitas viáveis corresponderam a 66,6% dos casos e as inviáveis, a 33,3%. Dentre todos os casos de anomalias congênitas, 27% foram relacionados ao sistema nervoso, 24,3% ao aparelho circulatório e 19,8% ao urinário. As anomalias congênitas inviáveis foram anencefalia (35,1%) e aquelas relacionadas ao sistema urinário (27%) e respiratório (24,3%). As anomalias congênitas viáveis mais frequentes foram no sistema nervoso (31,1%) e no aparelho circulatório (27%). Os diagnósticos de anomalias congênitas foram estabelecidos no segundo trimestre gestacional (77,5%). As análises estatísticas realizadas com objetivo de comparar os sintomas de TEPT em gestante com diagnóstico de anomalia congênita, viável e inviável, identificaram que tanto a média de todos os domínios da IES-R (evitação, intrusão e hiperestimulação), como a soma das questões dos domínios da IES-R foram altas em todas as gestantes com diagnóstico de anomalia congênita, mas foram superiores nas gestantes com diagnóstico de anomalia congênita inviável. Ao se utilizar um corte de 5,6 unidades no escore total da IES-R, 46,8% de todas as gestantes com diagnóstico de anomalia congênita apresentaram sintomas de TEPT, porém este foi mais frequente entre as gestantes com diagnóstico de anomalia congênita inviável (64,9%) do que entre aquelas com fetos viáveis (37,8%). Ao avaliar a correlação entre os domínios da escala IES-R, notou-se que as questões de intrusão e hiperestimulação estiveram mais correlacionadas entre si do que com o domínio de evitação. Entre as gestantes com diagnóstico de anomalia congênita, tanto viável quanto inviável, pareceu existir uma relação decrescente, embora fraca, dos sintomas de TEPT, em relação ao tempo da notícia do diagnóstico de anomalia congênita. Conclusão: As sintomatologias do TEPT estiveram presentes em gestantes com diagnóstico de anomalia congênita, tanto viável quanto inviável. O TEPT pode ocasionar repercussões imediatas e tardias nas gestantes com tais diagnósticos.
Uso de protetores auriculares: repercussão nas concentrações de cortisol salivar e no sono de recém-nascidos prematuro
Autor: Fabricia Magalhaes Araujo| Orientação: Eliana Moreira Pinheiro| Mestrado 2016
Palavras Chave: Prematuro, Hidrocortisona, Sono, Cuidados de Enfermagem, Estresse fisiológico, Polissonografia
Resumo
INTRODUÇÃO: O avanço do conhecimento científico e das inovações tecnológicas empregadas na assistência ao recém-nascido prematuro possibilitou maior sobrevida dessa população. Essas circunstâncias podem acarretar inúmeros efeitos deletérios sobre o desenvolvimento e até mesmo ocasionar estresse e a privação de sono. OBJETIVOS: Analisar a influência do uso de protetores auriculares nas concentrações de cortisol salivar basal e resposta e no tempo total de sono de prematuros, durante períodos de manejo do ambiente de uma unidade de cuidado intermediário neonatal. MÉTODOS: Estudo clínico, randomizado, controlado, cruzado, conduzido em uma unidade de cuidado intermediário neonatal. Amostra constituiu-se por 12 prematuros que atenderam aos critérios de inclusão estabelecidos. O uso ou não dos protetores auriculares foi randomizado, o que permitiu a formação de dois grupos. Os dados foram coletados entre julho de 2013 e fevereiro de 2015, nos horários de manejo do ambiente matutino e vespertino de da unidade neonatal. Amostras de saliva dos prematuros foram coletadas antes do início (cortisol basal) e ao final (cortisol resposta) dos períodos investigados. Obteve-se 48 amostras de saliva, sendo a análise do cortisol salivar realizada por meio do método imunoenzimático. Utilizou-se o polissonígrafo Alice 5 (Respironics®) e a observação não estruturada para coleta dos dados relativos ao sono. Empregou-se testes paramétricos (teste-t dependente e independente), não-paramétricos (Correlação de Spearman, Wilcoxon), regressão linear e modelos lineares mistos. Adotou-se nível de significância de 5%, poder de 80%. RESULTADOS: Os prematuros eram predominantemente do sexo feminino (66,7%), com idade gestacional média de 32,5 (±2,1) semanas, segundo a data da última menstruação, e média de idade cronológica de 18,3 (±6,7) dias, peso médio ao nascer de 1499,2(±330,4)g e atual de 1635,4(±218,7)g. Pouco mais da metade (58,3%) das mães dos neonatos fizeram uso de corticoide pré-natal e essa mesma proporção de prematuros recebeu cafeína durante a hospitalização. Não se identificou diferença significante entre os níveis de cortisol salivar basal e resposta nos prematuros que não fizeram uso dos protetores auriculares (p= 0,594) e aqueles que usaram (p= 0,668). No entanto, observou-se uma forte correlação entre o cortisol basal e resposta nos momentos sem (p= 0,007) e com (p<0,001) protetores auriculares. Não se evidenciou diferença estatisticamente significante no tempo total de sono entre os dois grupos avaliados (p= 0,149). Os prematuros durante o uso dos protetores auriculares apresentaram aumento de sono ativo (p=0,033), mas sem o uso desses dispositivos tiveram maior tempo total de sono. Não foi observada relação entre as concentrações de cortisol basal e resposta e o tempo total de sono. CONCLUSÃO: O uso dos protetores auriculares não influenciou as concentrações de cortisol salivar e o tempo total de sono nos períodos de manejo ambiental, mas favoreceu o aumento do tempo de sono ativo nos neonatos. A redução das concentrações de cortisol resposta em relação ao cortisol basal em ambos os grupos, revelou que os períodos de manejo do ambiente podem ter favorecido a diminuição do cortisol salivar resposta.
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