Estética da Resistência. A autonomia da arte no jovem Lukács. São Paulo: Boitempo/ Fapesp. 2021.
Arlenice Almeida da Silva examina nesta obra os primeiros escritos estéticos de György Lukács. Com base em ensaios, cartas, diários e manuscritos inacabados de Lukács, escritos entre 1908 e 1918, a autora demonstra a atualidade e a relevância da primeira estética do filósofo húngaro, buscando preencher uma lacuna nos estudos sobre essa fase do pensamento lukacsiano no Brasil.
A primeira parte do livro aproxima esses escritos do contexto das vanguardas europeias, em especial a húngara e a alemã, detalhando a análise de Lukács sobre o fenômeno da cultura na modernidade. Em diálogo com o romantismo, destaca-se a originalidade de sua crítica estética, baseada na reflexão histórica e filosófica dos gêneros literários e de autores particulares, como Theodor Storm, Stefan George, Paul Ernst, Novalis, Laurence Sterne, Charles-Louis Philippe, Richard Beer-Hofmann e Søren Kierkegaard.
Na segunda parte, a obra demonstra como o jovem Lukács, em diálogo com várias correntes do pensamento pós-kantiano, estruturou uma estética centrada na autonomia da obra de arte. Emerge da leitura, ao fim, um Lukács ainda jovem e sempre vivo, interessado em buscar novas formas para expressar os impasses de nossas antigas encruzilhadas.
LIVE do pré-lançamento do livro no youtube: https://www.youtube.com/watch?