Descrição: O objetivo desta pesquisa é o do refletir sobre a aceleração do tempo na modernidade em sua incidência na cultura contemporânea em vistas das consequências da ruptura com a tradição que ocorreu ao final da Primeira Guerra Mundial, o que,segundo Walter Benjamin, é o que se encontra nas bases da violência dos tempos atuais.A aceleração do tempo e a intensificação dos estímulos nervosos associadas ao novo espírito do capitalismo não mais fundado em valores como nos primórdios da acumulação capitalista serão o eixo conceitual para compreender a questão da obsolescência do gosto como um fenômeno social global que abrange da ética à política, da ciência à estética. Neste horizonte, G.Balandier observa: [A experiência] leva a caminhos embaralhados em que espaço e tempo não podem mais ser definidos por referências familiares, tornando-se ambos geradores de dépaysement;o aqui e agora, o hic et nunc mantêm uma certa ligação com a descontinuidade, ao preço da fragmentação da vida, a incerteza constituindo a definição de si .(in Le Grand Dérangement, ed Puf,2005, p 66-67). Analisaremos o impacto destas circunstâncias na idéia de identidade nos termos de Walter Benjamin que considerou que a perda da aura e o declínio da aura coincidem com o desejo das massas pela proximidade das coisas segundo uma socialização empática, o que resulta na substituição da polis--a cidade enquanto ordem política pela thiase o estar juntos fusional--, o que põe em questão a noção de democracia e a de República.
Docente responsável: Profª. Drª. Olgária Chain Féres Matos
Pesquisadores envolvidos: Auro Danny Lescher, Brenner Ranieric Silva, Cícero Lourenço da Silva e Pedro Donizeti Morgado Júnior.
Financiamento: não possui.