Ementa
A disciplina parte da caracterização e da crítica da abordagem estrutural-funcionalista e sistêmica das organizações, por entendê-la como ainda hegemônica nos vários modelos de gestão que são discutidos contemporaneamente, incluindo as organizações de saúde. Tal abordagem, apesar de predominante, é insuficiente para dar conta da complexidade da gestão em saúde. Debate-se alguns aspectos da atual da teoria da organização e explora algumas possibilidades alternativas, com particular ênfase na produção crítica na área da saúde. São objetivos: • apresentar o paradigma estrutural-funcionalista da organização, criticando seus fundamentos; • apresentar elementos para construção de uma teoria organizacional crítica, a partir de cinco mapas teórico-conceituais (As múltiplas dimensões do cuidado em saúde como guia da gestão em saúde; Organização, Instituição e análise institucional; Teoria Geral da Administração: A crítica ao estrutural-funcionalismo; Autoridade e poder na organização; O trabalho em saúde: trabalhador moral, trabalho vivo, trabalho imaterial, prazer e sofrimento no trabalho, trabalho interprofissional) utilizando-os para análise de algumas situações do cotidiano dos serviços de saúde e de práticas e achados de pesquisa.
• propiciar reflexão sobre os desafios da gestão dos serviços de saúde.
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