- Nome/título
TEORIA DA ORGANIZAÇÃO E GESTÃO EM SAÚDE (TOGS) - 2019
- Responsável
Rosemarie Andreazza
- Corpo Docente
Ademar Arthur Chioro do Reis
Luiz Carlos de Oliveira Cecilio
Lumena Furtado
Mariana Arantes Nasser
- E-mail para contato
rbac48@gmail.com
- Início - inscrição
2019-02-04
- Término - inscrição
2019-03-01
- Início - curso
2019-03-14
- Término - curso
2019-05-09
- Local
Anfiteatros da EPM de preferência com cadeiras móveis
- Dias e Horários
Quintas-feiras: 14 e 21 de março; 04 e 18 de abril; 09 de maio; das 8h às 12h30min (M) e das 13h30 às 18h (T)
- Vagas/ Número máximo de alunos
25
- Carga horária - Teórica
060
- Carga horária - Prática
015
- Carga Horária Total
75
- Creditos
5
- Critérios de ingresso
Alunos regularmente matriculados no programa PPGSC e de outros programas e ouvintes .
- Ementa
A disciplina parte da caracterização e crítica da abordagem estrutural-funcionalista e sistêmica das organizações, por entendê-la como ainda hegemônica nos vários modelos de gestão que são discutidos contemporaneamente, inclusive para as organizações de saúde. Considerando que tal abordagem, apesar de predominante, é insuficiente para dar conta da complexidade da gestão em saúde, delimita alguns aspectos do debate contemporâneo da teoria da organização e explora algumas possibilidades teóricas alternativas, com particular ênfase na produção contemporânea na área da saúde. Os objetivos da disciplina são:
• apresentar o paradigma estrutural-funcionalista da organização, criticando seus fundamentos;
• apresentar elementos teórico-conceituais para construção de uma teoria organizacional crítica (autoridade e poder nas organizações, o trabalho vivo e imaterial como a base das organizações de saúde; a singularidade dos trabalhadores da saúde; prazer e sofrimento no trabalho), utilizando-os para análise de algumas situações do cotidiano dos serviços de saúde.
- Conteúdo Programático
- primeiro mapa teórico-conceitual: as múltiplas dimensões do cuidado em saúde como guia da gestão do trabalho e gestão em saúde
- segundo mapa teórico-conceitual: teoria geral da administração e
a crítica ao estrutural-funcionalismo
- terceiro mapa teórico-conceitual: organização e instituição
- Autoridade e poder na organização
- Análise Institucional
- quarto mapa teórico-conceitual: trabalho em saúde - trabalho vivo, trabalho moral, trabalho imaterial afetivo
- Prazer e sofrimento no trabalho
O conteúdo teórico será desenvolvido com a realização de seminários teóricos conceituais a partir da leitura de textos de referência, que ocorrerão no período da manhã. À tarde o conteúdo teórico-conceitual será aprofundado diante da reflexão e da problematização de situações-problemas, cenas do cotidiano de gestão e resultados de investigações - trazidas pelos alunos e docentes.
A carga horária, referente ao conteúdo prático, a ser realizada fora de sala de aula, será utilizada para preparação dos seminários teóricos, com a leitura de textos, e para elaboração, pelos alunos, das situações-problemas, as cenas dos cotidiano da gestão que deverão ser discutidas no período da tarde. Ambas atividades serão consideradas para avaliação dos alunso.
- Referências
As referências poderão ser complementadas a partir das reflexões produzidas na cenas
Cecilio LCO e Lacaz FAC O trabalho em saúde. In: Temas Fundamentais da Reforma Sanitária. Rio de Janeiro: Cebes, 2012 p. 12 21
http://cebes.org.br/site/wp-content/uploads/2015/02/7O-Trabalho-em-Saúde.pdf
Cecilio LCO Apontamentos teórico-conceituais sobre processos avaliativos considerando as múltiplas dimensões da gestão do cuidado em saúde. Interface 15(37): 589-99, 2011
Carapinheiro G. Carapinheiro G. Saberes e Poderes no Hospital, para uma sociologia dos serviços hospitalares
René Lourau: analista institucional em tempo integral. São Paulo: Hucitec, 2004.
Cecilio LCO A micropolítica do hospital: Um itinerário ético-político de intervenções e estudos. 2007. 266f. Tese (Livre Docência em Política, Planejamento e Gestão em Saúde no Departamento de Medicina). Escola Paulista de Medicina. Universidade Federal de São Paulo. São Paulo.
Dreyffus HL, Rabinow Michel Foucault: uma trajetória filosófica. 2.ed.rev. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2013
Merhy E. Em busca do tempo perdido: a micropolítica do trabalho vivo em saúde. In: Merhy E, Onocko R. (Orgs.). Agir em saúde: um desafio para o público. São Paulo: Hucitec, 1997. p. 71-112.
Hardt, M. O trabalho afetivo. In: Cadernos de Subjetividade/ Núcleo de Estudos e Pesquisas de Subjetividade do Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Clínica da PUC-SP – vol. 1 (1). São Paulo, 1993. pp.143-157.
Cecilio LCO O trabalhador moral na saúde: reflexões sobre um conceito. Interface 11 (22): 345-351, 2007
Baremblitt G. Compêndio de Análise Institucional e outras correntes. Teoria e Prática. Rio De Janeiro: 3a ed. Rosa dos Tempos, 1996
Guizardi FL, Lopes MR, Cunha MLS Contribuições do movimento institucionalista para o estudo de políticas públicas de saúde. In: In: Mattos RA, Baptista TW (org). Caminhos para análise das políticas de saúde. Rio de Janeiro; ENSP, IMS, FAPERJ; 2011. p. 200-218
Dejours, C; Abdoucheli. Itinerário teórico em psicopatologia do trabalho. In: Dejours, C; Abdoucheli, E; Jayet, C (org). Psicodinâmica do trabalho: contribuições da escola Dejouriana à análise da relação prazer, sofrimento e trabalho”. São Paulo: Atlas, 1994. p.119-145.