Disciplinas - 2º Semestre de 2019
Interessados em cursar disciplinas no PPGCS devem entrar em contato com a secretaria pelo e-mail: poscienciassociais@unifesp.br
1. Disciplinas Obrigatórias
1.1. Temas Clássicos de Ciências Sociais
Ficha Técnica
Responsáveis | Profª Drª Alessandra El Far, Prof. Dr. Bruno Konder Comparato e Prof. Dr. Carlos Belle e Silva |
Créditos | 06 créditos/ 90 horas |
Horário | Quarta-feira, das 9h30 às 13h30 |
Início | 21 de agosto de 2019 |
Local | sala 215 - EFLCH |
Ementa
A disciplina intitulada Temas Clássicos das Ciências Sociais pretende oferecer aos alunos de pós-graduação a oportunidade de retomar e aprofundar temas e conceitos considerados fundamentais na consolidação da produção de saberes nas áreas da Sociologia, da Antropologia e da Ciência Política. A presença desta unidade curricular e o seu caráter de obrigatoriedade visam também apresentar aos alunos um panorama das questões clássicas desse campo acadêmico bem como algumas releituras em pauta hoje no cenário intelectual das ciências humanas.
Objetivo
- Retomar e aprofundar conceitos fundamentais das três áreas – Antropologia, Ciência Política e Sociologia
- Contribuir para o rigor científico da produção discente
Aulas e Bibliografia
Aulas e bibliografia
Aula 1(21/08) – apresentação
PARTE I: CLÁSSICOS DA TEORIA POLÍTICA
Aula 2 (28/08): A política como discurso e participação: a Grécia antiga
Bibliografia obrigatória:
ARISTÓTELES. Política. Tradução de Mário da Gama Kury. 3ª ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1997.
VERNANT, J. P. As Origens do Pensamento Grego. São Paulo: DIFEL, 1976.
Bibliografia complementar:
HANSEN, Mogens Herman. Reflections on Aristotle’s Politics. Copenhagen: Museum Tusculanum Press, 2013.
HANSEN, Mogens Herman. The Athenian Democracy in the Age of Demosthenes. Oxford: Oxford University Press, 1991.
OSTWALD, Martin. From popular sovereignty to the sovereignty of law: law, society and politics in fifth-century Athens. Berkeley: University of California Press, 1986.
OSTWALD, Martin. Nomos and the beginnings of the Athenian democracy. Oxford: Oxford University Press, 1969.
SINCLAIR, R. K. Democracy and participation in Athens. Cambridge: Cambridge University Press, 1988.
Aula 3 (04/09): O vocabulário da força e do poder: Maquiavel
Bibliografia obrigatória:
MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Tradução de Maria Júlia Goldwasser. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
MAQUIAVEL, Nicolau. Comentários sobre a primeira década de Tito Lívio. Tradução de Sérgio Bath. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1979.
Bibliografia complementar:
BIGNOTTO, Newton. Maquiavel republicano. São Paulo: Loyola, 1991.
LEFORT, Claude. Le travail de l’oeuvreMachiavel. Paris: Gallimard, 1972.
POCOCK, J. G. A. The Machiavellian Moment. Princeton: Princeton University Press, 1975.
Aula 4 (11/9):O artifício do contrato: Hobbes, Locke e Rousseau
Bibliografia obrigatória:
HOBBES, Thomas. O Leviatã. São Paulo: Abril Cultural (Os Pensadores), 1981.
LOCKE, John. O segundo tratado sobre governo. São Paulo: Abril Cultural (Os Pensadores), 1985.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. O contrato social. São Paulo, Ed. Abril Cultural (Os Pensadores), 1985.
Bibliografia complementar:
CASSIRER, Ernst. A questão Jean-Jacques Rousseau. São Paulo: Editora UNESP, 1999.
DUNN, John. The political thought of John Locke: an historical account of the argument of the ‘Two treatises of government’. Cambridge: Cambridge University Press, 1983.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. São Paulo, Ed. Abril Cultural (Os Pensadores), 1985.
SKINNER, Quentin. Hobbes andrepublicanliberty. Cambridge: Cambridge University Press, 2008.
Aula 5 (18/09): O desafio da representação
Bibliografia obrigatória:
PITKIN, Hannah Fenichel. “Representação: palavras, instituições e idéias”. Lua Nova, nº. 67, p. 15-47, 2006.
URBINATI, Nadia. “O que torna a representação democrática?”. Lua Nova, nº. 67, p. 191-228, 2006.
MANIN, Bernard. “Metamorfoses do governo representativo”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 10, n. 29, 1995.
Bibliografia complementar:
ARAÚJO, Cícero. “Representação, soberania e a questão democrática”. Revista Brasileira de Ciência Política, n.1, 2009. (http://periodicos.unb.br/index.php/rbcp/article/view/6592)
MANIN, Bernard. Principesdugouvernementreprésentatif. Paris: Flammarion, 1997.
PITKIN, Hannah Fenichel. The Concept of Representation. Berkeley: University of California Press, 1967.
URBINATI, Nadia. Representative Democracy – Principles and Genealogy. Chicago: The University of Chicago Press, 2006.
YOUNG, I. M. Inclusion and democracy. Oxford: Oxford University Press, 2000.
PARTE II: A QUESTÃO DA ALTERIDADE, OS DESAFIOS DO TRABALHO DE CAMPO E UMA VISÃO SUBJETIVA DA CULTURA
Aula 6 (25/09): Alteridade e o trabalho de campo como condição de conhecimento
LEVI-STRAUSS, Claude. “Jean-Jacques Rousseau, fundador das ciências do homem”, Antropologia Estrutural II. São Paulo, Cosac Naify, 2013.
MALINOWSKI, Bronislaw. Tema, método e objetivo de pesquisa. Argonautas do pacífico ocidental. [Coleção “Os pensadores”], São Paulo, Editora Abril, 1998.
Complementar
GEERTZ, Clifford. Estar lá. Vidas e obras. Rio de Janeiro, Editora UFRJ, 2009.
Aula 7 (02/10): Cultura e personalidade
BENEDICT, Ruth. A ciência do costume. Padrões de cultura. Edição Livros do Brasil, Lisboa.
MEAD, Margaret. O inadaptado. Sexo e temperamento. São Paulo, Perspectiva, 1976.
Complementar
FREYRE, Gilberto. O escravo negro na vida sexual e de família do brasileiro. Casa Grande & Senzala: formação da família brasileira sob o regime de economia patriarcal. Rio de Janeiro, Record, 1996.
Aula 8 (09/10): Uma visão subjetiva da cultura
GEERTZ, Clifford. Uma descrição densa: por uma teoria interpretativa da cultura. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro, Guanabara, 1989.
Aula 9 (16/10): O outro como invenção etnográfica
CLIFFORD, James. Sobre a autoridade etnográfica. A experiência etnográfica. Rio de Janeiro, Editora UFRJ, 2008.
SAID, Edward. Introdução. Orientalismo. O oriente como invenção do Ocidente. Said, Edward. S.P., Companhia das Letras, 1996.
Complementar
CLIFFORD, James. Introdução: verdades parciais. A escrita da cultura. Rio de Janeiro, Ed. UERJ/Papéis Selvagens, 2016.
PARTE III: CLASSES SOCIAIS: DISCUSSÕES CONTEMPORÂNEAS NO MUNDO E NO BRASIL
Aula 10 (30/10) Classes e luta de classes pela hegemonia: Gramsci e Thompson
GRAMSCI, Antonio. (2004) Cadernos do Cárcere. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
THOMPSON, E. P. – As peculiaridades dos ingleses. Campinas; Ed. Unicamp, 2001.
Complementar
THOMPSON, E. P. – “La política de la teoria”. In: SAMUEL, R. (org) História popular y teoria social, Barcelona Crítica, 1984.
Aula 11 (06/11)Classe, status e habitus: Weber e Bourdieu.
BOURDIEU, Pierre. ”Capital simbólico e classes sociais”. Novos Estudos Cebrap, n° 96 jul, 2013, pp. 106-1116.
WEBER, Max. “(1981) Classe, “status”, Partido” In: Estrutura de classes e estratificação social (org.) Otávio Velho. Rio de Janeiro: Zahar.
Complementar
BOURDIEU, Pierre. “Condição de Classe e Posição de Classe” &. “Campo do Poder, Campo Intelectual e Habitus de Classe”. In: Economia das Trocas Simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 2005, p. 03-25; 183-202.
Aula 12 (13/11) Novas visões de classes sobre período atual
STANDING, G. O precariado: A nova classe perigosa. Belo Horizonte; Autêntica Editora, 2013.
YAZBEK, M. Classes subalternas e assistência social. São Paulo: Cortez, 2009
Complementar
BRAGA, R. A política do precariado: do populismo à hegemonia lulista. São Paulo:Boitempo, 2012.
Aula 13 (27/11)Classes sob o lulismo
SINGER, A. Raízes sociais e ideológicas do lulismo. Novos Estudos Cebrap, n° 86 (nov), 2009, pp. 83-102.
SOUZA, J. A ralé brasileira: quem é e como vive. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2011.
Complementar
BELLO, C. A. “A revolução passiva dos governos Lula”. In: Estudos de Sociologia volume 20, nº 38, janeiro a junho de 2015, pp. 197-215
1.2. Seminários de Pesquisa
Ficha Técnica
Responsáveis | Prof. Dr. Rogério Schlegel |
Créditos | 06 créditos/ 90 horas |
Horário | Segunda-Feira, das 9h30 às 13h30 |
Início | 26 de agosto de 2019 |
Local | Sala 215 - EFLCH |
Ementa
Essa disciplina visa discutir em profundidade os projetos de pesquisa dos mestrandos matriculados no PPGCS. Além do professor responsável, a disciplina contará com a participação de professores convidados, que apresentarão críticas e sugestões para o aperfeiçoamento de cada um dos projetos.
Objetivo
O objetivo desta disciplina é possibilitar o aperfeiçoamento do projeto de pesquisa dos alunos de mestrado do PPGCS da Unifesp. Para tanto, os alunos serão submetidos à arguição do docente organizador da disciplina, de seus colegas e de um
docente convidado para a discussão do projeto (ou elaboração de parecer). Espera-se que, ao término da disciplina, o aluno tenha um projeto que possa nortear a fase final da pesquisa e a elaboração de sua dissertação. E, igualmente, refine seu entendimento sobre questões epistemológicas e metodológicas centrais nas Ciências Humanas.
Aulas e Bibliografia
Aulas e bibliografia
Aula 1– Apresentação dos projetos e montagem do cronograma de discussões
Aulas 2, 3 e 4 – Discussão de textos:
NICOLAU, Jairo."Breve Roteiro para Redação de um Projeto de Pesquisa". Revista Estudos Políticos, n. 6, 2013.
BIANCHI, Álvaro. “Temas e problemas nos projetos de pesquisa” in: Estudos de
Sociologia. Araraquara, n. 13/14, 2002-2003, pp. 75-91.
GONDIM, Linda M. de P. Pesquisa em Ciências Sociais: o projeto da dissertação de
mestrado. Fortaleza: UFC, 1999. Pp. 17-38.
Aulas 5 a 14 – Apresentação e discussão dos projetos individuais
Aula 15 – Avaliação da disciplina
2. Disciplinas Eletivas
2.1. Sociologia daCultura e das Distinções Sociais
Ficha Técnica
Responsáveis | Profª Drª Carolina Pulici |
Créditos | 06 créditos/ 90 horas |
Horário | Terça-feira, das 9h30 às 13h30 |
Início | 27 de agosto de 2019 |
Local | Sala 215 - EFLCH |
Metodologia | Aulas expositivas, seminários e discussão coletiva de textos |
Avaliação | Trabalho individual – tema e formato a serem discutidos com a professora |
Ementa
Produção e recepção das obras hierarquizadas e hierarquizantes; as lógicas sociais do gosto; o consumo artístico e a legitimação das diferenças sociais; critérios de excelência e de depreciação social; desgosto cultural e violência simbólica; gostos e atributos sociais; a hierarquia dos bens e dos públicos; usos diferenciais da cultura e imagem social das obras; hierarquias simbólicas e legitimidades culturais; gosto e distinção social no Brasil.
Objetivo
Com base em perspectivas clássicas e contemporâneas da sociologia da cultura brasileira e estrangeira, o curso visa discutir os condicionantes sociais das obras artísticas e de seus públicos. A análise da gênese social das preferências será feita por meio do estudo das trajetórias dos produtores em diferentes campos culturais (pintura, arquitetura, gastronomia, literatura, cinema, moda), das instâncias de legitimação dos mesmos e dos intermediários responsáveis pela ligação entre as suas obras e seus respectivos públicos.
Bibliografia
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BAXANDALL, Michael. O olhar renascente. Pintura e experiência social na Itália da renascença. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1991 [1972].
BOURDIEU, Pierre. A produção da crença: contribuição para uma economia dos bens simbólicos. Porto Alegre: Zouk, 2006.
CASTELNUOVO, Enrico & GINZBURG, Carlo. A Micro-História e Outros Ensaios. Lisboa: Difel, Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989.
DURAND, José Carlos. Arte, privilégio e distinção: artes plásticas, arquitetura e classe dirigente no Brasil, 1855/1985. São Paulo: Perspectiva/Edusp, 1989.
MICELI, Sergio. Nacional estrangeiro. História social e cultural do modernismo artístico em São Paulo. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
NASCIMENTO, Flávia Brito do & SILVA, Joana Mello de Carvalho e & LIRA, José Tavares Correia & RUBINO, Silvana Barbosa. Domesticidade, gênero e cultura material. São Paulo: Edusp, 2008.
PANOFSKY, Erwin. Arquitetura gótica e escolástica. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
SIMIONI, Ana Paula Cavalcanti. Profissão artista. Pintoras e escultoras acadêmicas brasileiras. São Paulo: Edusp, 2008.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
COULANGEON, Philippe & DUVAL, Julien Duval (dir.). Trente Ans Après La Distinction de Pierre Bourdieu. Paris: La Découverte, 2013.
DUVAL, Julien. « L’art du réalisme : le champ du cinéma français au début des années 2000 ». Actes de la recherche en sciences sociales, n° 161-162, 2006, pp. 95-115.
POULY, Marie-Pierre. « Proust ethnographe et policier symbolique: diffusion de l’anglais et maintien des écarts linguistiques ». Actes de la recherche en sciences sociales, n° 188, 2011, pp. 84-101
2.2. Sujeito, política e emancipação
Ficha Técnica
Responsáveis | Prof. Dr. Javier Amadeo |
Créditos | 06 créditos/ 90 horas |
Horário | Quinta-feira, das 9h00 às 14h00 |
Início | 05 de setembro de 2019 |
Local | Sala 215 - EFLCH |
Ementa
As transformações do capitalismo desde a época de Marx até hoje tem problematizado as possibilidades de um projeto emancipatório e colocado em questão a centralidade de classe operária como sujeito do processo de transformação social. O objetivo do curso, portanto, será analisar um conjunto de autores e teorias que têm contribuído para pensar o tema da emancipação social, e uma série de questões envolvidas, o problema do sujeito, as demandas de reconhecimento, o lugar do contingente, e as possibilidade do universal num mundo atravessado pela fragmentação, desde uma perspectiva teórica contemporânea.
Bibliografia
Básica:
ANDERSON, Perry. Considerações sobre o marxismo ocidental. São Paulo: Boitempo, 2004.
HONNETH, A. Luta por reconhecimento: A gramática moral dos conflitos sociais [Tradução de Luiz Repa]. São Paulo: Editora 34, 2003.Keucheyan, Razmig. The Left Hemisphere. Mapping Critical Theory Today. Londres-Nova Iorque: Verso, 2013.
NEGRI, Antonio e HARDT, Michael. Multidão. Rio de Janeiro: Editora Record, 2005.
NEGRI, Antonio e HARDT, Michael. Império. Rio de Janeiro: Editora Record, 2000.
LACLAU, E. A razão populista. São Paulo: Três Estrelas, 2013.
LACLAU, E. e MOUFFE, C. Hegemonia e estratégia socialista. Por uma política democrática radical. São Paulo: Editora Intermedios, 2015.
FRASER, N. (2001). “Da redistribuição ao reconhecimento? Dilemas da justiça da era pós-socialista”. In: SOUZA, J. (Org.) Democracia hoje. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2001.
Complementar:
BENHABIB, S. Critique, norm, and utopia. A study of the foundations of critical theory. New York: Columbia University Press, 1986.
BensaÏd, D. “Lenin e a política de tempo partido”. In: Bensaid, D. e LÖWY, M. Marxismo, modernidade e utopia. São Paulo: Xamã, 2000.
BensaÏd, D. Elogio de la política profana. Barcelona: Ediciones Península, 2009.
Butler, J. Gender Troble. Feminism and the Subversion of Identity. New York: Routledge, 1990.
Butler, J.; Laclau, E. E ŽIŽek, S. Contingencia, hegemonia, universalidad. Diálogos contemporáneos en la izquierda. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2011.
BUTLER, Judith. “Merely Cultural”. In New Left Review, N° 227, January-February, 1998.
COOLE, Diana. “Is Class a Difference that Makes a Difference”. In: Radical Philosophy, N° 77, 1996.
CRITCHLEY S. e MARCHANT O. (org). Laclau. Aproximaciones críticas a su obra. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2008.
FRASER, N. E HONNETH, A. Redistribution or Recognition? A political-philosophical Exchange. London-New York: Verso, 2003.
FRASER, N. Justice interruptus: Critical reflections on the “postsocialist” condition. New York: Routledge, 1997.
LACLAU, E. Emancipation(s). London-New York: Verso, 2007.
MOUFFE, C. (ed.) Dimensions of Radical Democracy. Pluralism, Citizenship, Community. London-New York: Verso, 1995.
MOUFFE, C. The Democratic Paradox. London: Verso, 2000.
MOUFFE, C. The Return of the Political. London: Verso, 1993.
NOBRE, M. Teoria crítica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.
Safatle, Vladimir. Para um conceito anti-predicativo de reconhecimento. IN: RevistaLua Nova (Impresso), v. 1, 2015.
TAYLOR, C. “A política do reconhecimento”. In: TAYLOR, C. Argumentos filosóficos. São Paulo: Edições Loyola, 2000.
Therborn, G.. “After Dialectics. Radical Social Theory in a Post-Communist World”. In: New Left Review, N°43, jan-feb, 2007.
TORFING, J. New Theories of Discourse. Oxford: Blackwell, 1999.
Wright, E. O. “Compass Points. Towards a Socialist Alternative”. In New Left Review, N°41, sept-oct, 2006.
YOUNG, Iris Marion. “Unruly Categories: A Critique of Nancy Fraser’s Dual Systems Theory” In New Left Review, N° 222, March-April, 1997.
ŽIŽek, S. El espinoso sujeto. El centro ausente de la ontología política. Buenos Aires-Barcelona-México: Paidos, 2001.
2.3. Etnografias e Teoria Etnográfica
Ficha Técnica
Responsáveis | Prof. Dr. Alexandre Barbosa |
Créditos | 06 créditos/ 90 horas |
Horário | Quinta-feira, das 14h00 às 18h00 |
Início | 22 de agosto de 2019 |
Local | Sala 315 - EFLCH |
Ementa
O curso propõe-se a discutir a etnografia e suas controvérsias, levantando a disputa de definições, entre técnica, método ou mesmo como teoria. Nesse sentido, a etnografia será tratada em sua relação com a antropologia, mas indo além, na medida em que não será reduzida a uma etapa da pesquisa antropológica, nem como mera coleta de dados para esta. Abordar-se-á, portanto, a etnografia sob muitas perspectivas, das mais conceituais às aplicadas, e em diversificados contextos, da visão mais tradicional e clássica às perspectivas modernas, pós-modernas e pós-sociais. Sendo assim, além de discussões sobre o próprio fazer etnográfico e as especificidades da pesquisa qualitativa, serão objeto de reflexão: etnografias de sociedades não ocidentais, urbanas, políticas, multissituadas, do Estado e do Capitalismo, entre outras. O objetivo é problematizar como a teoria articula-se com a pesquisa empírica em cada um desses casos, influenciando-se e modificando-se mutuamente.
Bibliografia
Bibliografia
AGIER, Michel. Antropologia da cidade: lugares, situações, movimentos. São Paulo: Editora Terceiro Nome, 2011.
AUGÉ, Marc. Encontros etnográficos: interação, contexto, comparação. São Paulo: Ed. da Unesp; Alagoas: Edufal, 2015.
AUYERO, Javier. 1999. “‘From the client's point(s) of view’: how poor people perceive and evaluate political clientelism.” Theory and Society, 28(2):297-334.
_______. 2002. “The judge, the cop, and the queen of carnival: ethnography, storytelling, and the (contested) meanings of protest.” Theory and Society, 31(2):151-187.
AUYERO, Javier & SWISTUN, Débora. Flammable: environmental suffering in an argentine shantytown. New York: Oxford University Press, 2009.
BONETTI, Alinne; FLEISCHER, Soraya. Entre saias justas e jogos de cintura. Florianópolis: Ed. Mulheres; Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2007.
BURAWOY, Michael. “Reaching for theGlobal.” Em Michael Burawoy et.al. Global Ethnography: Forces, Connections andImaginations in a Postmodern World. Berkley: UniversityofCalifornia Press, 2000. P. 1-40.
CALDEIRA, Teresa. “A presença do autor e a pós-modernidade em antropologia.”Novos Estudos - CEBRAP, São Paulo, v. 21, p. 133-157, 1988.
CARDOSO DE OLIVEIRA, Roberto. O lugar – e em lugar – do método. In: _______. O trabalho do antropólogo. Brasília: Paralelo 15; São Paulo: Ed. da Unesp, 2000, p. 73-93.
CLIFFORD, James. A experiência etnográfica: antropologia e literatura no século XX. Rio de Janeiro: Ed. da UFRJ, 2002.
CLIFFORD, James. “Culturas Viajantes.” In ARANTES, Antonio (ed.). O espaço da diferença. Campinas, SP: Papirus, 2000. pp. 50-79.
CLIFFORD, James- "Onethnographicauthority". Representations 1(2), 1983.
CLIFFORD, James; MARCUS, George. A escrita da cultura: poética e política da etnografia. Rio de Janeiro: Papéis Selvagens Edições/Eduerj, 2016.
COMAROFF, Jean; COMAROFF, John. “Ethnographyonanawkwardscale: PostcolonialanthropologyandtheviolenceofAbstraction.”Ethnography 4(2): 147-179, 2003.
CORRÊA, Mariza. “O mato & o asfalto: campos da antropologia no Brasil.”Sociologia & Antropologia, 1(1), 2011, p. 209-229.
COULON, Alain. La etnometdoología. Madrid: Catedra, 2005.
_______. A condição de estudante: a entrada na vida universitária. Salvador: EDUFBA, 2008
_______. Etnometodologia e Educação. São Paulo: Cortez Editora, 2017.
DAS, Veena.; POOLE, Deborah. Stateand its margins: comparativeethnographies. DAS, V.; POOLE, D. (Ed.). Anthropology in themarginsofthestate. Santa Fe: Schoolof American Research Press, 2004. p. 3-33.
DAVIES, Charlotte Aull. ReflexiveEthnography. A guidetoresearchingselvesandothers. London and New York: Routledge, 2002.
EVANS-PRITCHARD, Edward. “Algumas reminiscências e reflexões sobre o trabalho de campo.” In:Bruxaria, oráculos e magia entre os Azande. Rio de Janeiro: Zahar, 2005, p. 243-255.
FABIAN, Johannes. O tempo e o outro: como a antropologia estabelece seu objeto. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.
FALZON, Mark-Anthony (Ed.). Multi-sitedethnography: theory, praxisandlocality in contemporaryresearch. Malta: Ashgate, 2009.
FASSIN, Didier. “Whyethnographymatters: onanthropologyand its publics”. Cultural Anthropology, vol. 28, (4), p. 621–646, 2013.
FEYRABEND, Paul. Contra o método. São Paulo: Editora Unesp, 2007.
FLEISCHER, Soraya. Descontrolada: Uma Etnografia dos Problemas de Pressão. Brasília: EdUFSCar, 2018.
FONSECA, Claudia. Família, fofoca e honra. Etnografia de relações de gênero e violência em grupos populares. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2004.
_______. “Quando cada caso NÃO é um caso: pesquisa etnográfica e educação”. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 10, p. 58-78, jan./abr. 1999.
FREEMAN, Derek. Margaret Mead in Samoa: themakingandunmakingofananthropologicalmyth. Cambridge: Harvard University Press, 1983.
GARFINKEL, Harold. Estudos de etnometodologia. Petrópolis, RJ: Vozes, 2018.
GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
______. Nova luz sobre a antropologia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
_______. Obras e vidas. O antropólogo como autor. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2009.
GLUCKMAN, Max. “Análise de uma situação social na Zululândia moderna”. In: FELDMAN-BIANCO, Bela (org.) Antropologia das sociedades contemporâneas: métodos. São Paulo: Editora UNESP, 2010.
GOFFMAN, Alice. Ontherun: fugitivelife in anamericancity. Chicago: The Universityof Chicago Press, 2014.
HINE, Christine. Virtual Ethnography. London: Sage, 2000.
GOLDMAN, Márcio. “Os tambores dos mortos e os tambores dos vivos. Etnografia, antropologia e política em Ilhéus, Bahia”. Revista de Antropologia, São Paulo, v. 46, n. 2, p. 445-476, 2003.
GONÇALVES, Alícia F. “Etnografia, etnologia & teoria antropológica”. Política & Trabalho, Revista de Ciências Sociais, João Pessoa, n. 44, p. 247-261, jan./jun. 2016.
INGOLD, Tim. “Antropologia não é etnografia”. In: ______. Estar vivo: ensaios sobre movimento, conhecimento e descrição. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015, p. 122-146
_______. “Chega de etnografia! A educação da atenção como propósito da antropologia”. Educação (Porto Alegre), v. 39, n. 3, p. 404-411, set.-dez. 2016. Disponível em: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/viewFile/21690/15179;Chega
JACOBSON, David. Reading Ethnography. New York: StateUniversityof New York Press, 1991.
KATZ, Jack. “Time for new urbanethnographies”. Ethnography, vol. 11 (1), p. 25-44, 2010.
LATOUR, Bruno. Reagregando o social: uma introdução à teoria do Ator-Rede. Salvador: Edufba, 2012; Bauru, SP: Edusc, 2012.
LÉVI-STRAUSS, Claude. “Lugar da antropologia nas ciências sociais e problemas colocados por seu ensino”. In: ______. Antropologia estrutural. 2. ed. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1975, p. 368-406.
MALINOSWKI, Bronislaw. Os argonautas do Pacífico Ocidental: um relato do empreendimento e da aventura dois nativos nos arquipélagos da Nova Guiné, Melanésia. São Paulo: Abril Cultural, 1978. (Col. Os Pensadores).
MARCUS, George. “Ethnography In/Of the World System: the Emergence of Multi-Sited Ethnography.” Annual Reviews of Anthropology, 24, p. 95-117, 1995.
MARCUS, George and CUSHMAN, Dick- "Ethnographies as Texts". In: Annual Reviews of Anthropology,11, 1982, p. 25-69.
MINTZ, Sidney W. “Encontrando Taso, me descobrindo”. Dados. Revista de Ciências Sociais. Rio de Janeiro, 27 (1): 45 58, 1984.
MITCHELL, J. Clyde. “A dança kalela: aspectos das relações sociais entre africanos urbanizados na Rodésia do Norte”. In: FELDMAN-BIANCO, Bela (org.) Antropologia das sociedades contemporâneas: métodos. São Paulo: Editora UNESP, 2010.
NADER, Laura. “Ethnography as theory”. HAU: JournalofEthnographicTheory 1 (1): 211–219, 2011.
PEIRANO, Mariza. A favor da etnografia. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1995.
_______. “Etnografia não é método”. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 20, n. 42, p. 377-391, jul./dez. 2014.
PEREIRA, Alexandre Barbosa. “Do controverso “chão da escola” às controvérsias da etnografia: aproximações entre antropologia e educação”. Horizontes Antropológicos, 2017, vol.23, n.49, pp.149-176. http://dx.doi.org/10.1590/s0104-71832017000300006.
RABINOW, Paul- "Discourseandpower: onthelimitsofethnografictexts". In: DialecticalAnthropology. vol.10, 1985.
SEGATA, Jean; TheophilosRifiotis. Políticas etnográficas no campo da cibercultura. Brasília: ABA Publicações; Joinville: Editora Letradágua, 2016.
SILVA, Vagner Gonçalves da. O antropólogo e sua magia. São Paulo: EDUSP, 2000.
STRATHERN, Marilyin. O efeito etnográfico. São Paulo: Ubu Editora, 2017.
WACQUANT, L. Corpo e alma: notas etnográficas de um aprendiz de boxe. Rio de Janeiro: RelumeDumará, 2002.
WILLIS, Paul & TRONDMAN, Mats (2008) “Manifesto pela etnografia”. Educação, Sociedade & Culturas, nº 27, p. 211-220. Disponível em: https://www.fpce.up.pt/ciie/revistaesc/ESC27/27_arquivo.pdf
WILLIS, Paul. Aprendendo a ser trabalhador: escola, resistência e reprodução social. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.
WHYTE, William Foote. Sociedade de esquina: a estrutura social de uma área urbana pobre e degradada. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. 2005.
ZENOBI, Diego. “O antropólogo como “espião”: das acusações públicas à construção das perspectivas nativas”. MANA, 16(2), p. 471-499, 2010.
2.4. Antropologia, História, Práticas Simbólicas: debates conceituais
Ficha Técnica
Responsáveis | Profª Drª Maria Cristina Pompa |
Créditos | 06 créditos/ 90 horas |
Horário | Sexta-feira, das 09h00 às 14h00 |
Início | 30 de agosto de 2019 |
Local | Sala 2015 - EFLCH |
Ementa
Objetivo do curso é analisar as interfacesentre história e antropologia,a partir de um objeto específico: as práticas simbólicas que ao longo da história ocidental foram definidas“religiosas”. Com efeito, mais do que um campo de investigação,a “religião” tem constituídoo fundamento epistemológicoda antropologia (o “animismo” emTaylor, o “totemismo” em Durkheim, a “magia”emMauss, por exemplo). Crenças e práticas “religiosas” têm sido também o objeto privilegiado das pesquisas históricas que, de Marc Bloch a Carlo Ginzburg, se utilizaram da antropologia.
Não se trata apenas de encontrar aproximações e afastamentos entre antropologia e história, mas sim refletir histórica e antropologicamente sobre questões conceituais centrais, como é o caso do paradoxo do próprio conceito de “religião”, pensada ao mesmo tempo como experiência(meta-histórica e trans-cultural) e categoria analítica (aplicada a fatos culturais historicamente situados).
As leituras propostas consistem tanto em textos já clássicos quanto em uma bibliografia crítica que, articulando antropologia e história, ajudará na reflexão sobre a historicidade dos objetos e dos conceitos das ciências sociais.
Bibliografia
AGNOLIN, Adone. História das Religiões. Perspectiva histórico-comparativa. São Paulo, Paulinas, 2013
ASAD, Talal. "A construção da religião como uma categoria antropológica". Cadernos de campo, São Paulo, n. 19, p. 263-284, 2010
BLOCH, Marc. Os reis taumaturgos. São Paulo, Companhia das Letras, 2005.
BRAUDEL, Fernand. História e ciências sociais. Lisboa. Editorial Presença. 1986.
DARNTON, Robert. O grande massacre de gatos. Rio de Janeiro, Graal, 1988.
DARNTON, Robert. “História e antropologia” in O beijo de Lamourette. São Paulo, Companhia das Letras, 1995.
GEERTZ, Clifford. A religião como sistema cultural. In: A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: LTC, [1973] 1989.
GINZBURG, Carlo. A micro-história e outros ensaios. Lisboa, Difel, 1989.
GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes. São Paulo, Companhia das Letras, 1996.
GIUMBELLI, Emerson. 2011. "A noção de crença e suas implicações para a modernidade: um diálogo imaginado entre Bruno Latour e TalalAsad". Horizontes Antropológicos, 35:327-356.
MAUSS, Marcel. “Esboço de uma teoria geral da magia” in Sociologia e antropologia. São Paulo, Cosac &Naify, 2003.
FEBVRE, Lucien. O problema da incredulidade no século XVI. São Paulo, Companhia das Letras, 2009.
LATOUR, B. Reflexão sobre o culto moderno dos deuses fe(i)tiches. Bauru: EDUSC, 2002
LATOUR, B"Não congelarás a imagem", ou: como não desentender o debate ciência-religião. Mana, v. 10, n. 2, p. 349-375, 2004
LEVI-STRAUSS, C. Antropologia estrutural I, Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro, 1967.
POMPA, Cristina . "Para repensar o conceito de Religião". In: Moreira, Alberto da Silva; Oliveira, Irene Dias. (Org.). O futuro da religião na sociedade global. São Paulo: Paulinas, 2008
SAHLINS, Marshall. Ilhas de história. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor, 1990.
SCHWARCZ, Lilia M. “Entre a etnografia e a história: Lévi-Strauss e os debates em região de fronteira”. São Paulo. Revista de Antropologia. Vol. 42, n.1-2, p. 199-222, 1999.
TAMBIAH, Stanley. J. Magic, science, ReligionandtheScopeofRationality. Cambridge: Cambridge University Press, 1990.
THOMAS, Keith. Religião e o declínio da magia. São Paulo, Companhia das Letras, 1991.
TURNER, Victor. Floresta de símbolos. Rio de Janeiro, Editora UFF, 2008.
2.6. Violência e Processos de Memória
Ficha Técnica
Responsáveis | Profª Drª Cynthia Andersen Sarti e Profª Drª Desirée de Lemos Azevedo |
Créditos | 04 créditos/60 horas |
Horário | Terça-feira, das 14h00 às 18h00 - sala 201 |
Início | Outubro 2019 |
Local | Escola de Filsofia, Letras e Ciências Humanas - Campus Guarulhos |
Ementa
O curso propõe discutir abordagens teóricas e experiências etnográficas que nos permitam refletir sobre os modos contemporâneos de pensar e gerir as memórias relativas a processos sociais violentos, com ênfase no período entre a segunda metade do século XX e os dias atuais.
Entendendo a violência como fenômeno que se define contextualmente, a partir de relações sociais e formas de nomeação, buscaremos olhar para seus desdobramentos em processos de memória e esquecimento, que buscam circunstanciá-la segundo as maneiras pelas quais o mundo é habitado no presente.
Considerando as desigualdades inerentes a esses processos marcados por relações de poder, abordaremos as conexões e também as tensões entre experiências subjetivas de sofrimento e as formas como elas alcançam a esfera pública. Interessa, especialmente, pensar sua objetivação em políticas de memória vinculadas ao registro humanitário, levando em conta a emergência global de suas lógicas e discursos a partir da Segunda Guerra Mundial e suas transformações até o paradigma da justiça transicional. Procuraremos observar tanto a circulação global de categorias, práticas e lógicas quanto conformações e modos de gestão locais, problematizando as figuras da vítima e da testemunha que lhes são tradicionalmente associadas e também as figuras dos mortos, dos desaparecidos e dos especialistas, cuja recente proeminência marca a chamada virada forense no campo humanitário.
Bibliografia
B
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
AGAMBEN, Giorgio. Homo Sacer: o poder soberano e a vida nua I. Trad. de Henrique Burigo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.
AGAMBEN, Giorgio. O que resta de Auschwitz. Trad. Selvino J. Assmann. São Paulo: Boitempo, 2008.
ARAÚJO, Fábio. “Não tem corpo, não tem crime”: Notas socioantropológicas sobre o ato de fazer desaparecer corpos. Horizontes Antropológicos, ano 22, n. 46, p. 37-64, jul./dez. 2016.
BUTLER, Judith. Quadros de guerra: quando a vida é passível de luto? Trad. Sergio Lamarão e Arnaldo Marques da Cunha. Revisão de trad. Marina Vargas. Revisão técnica Carla Rodrigues. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018. “Introdução: vida precária, vida passível de luto”, p. 13-55.
CASTILLEJO CUÉLLAR, Alejandro. Del ahogado el sombrero, a manera de manifiesto: esbozos para una crítica al discurso transicional. Vibrant, vol.15, n. 3, 1-16, 2018.
CATELA, Ludmila. Situação-limite e memória: a reconstrução do mundo dos familiares de desaparecidos da Argentina. São Paulo: Hucitec/ANPOCS, 2001. Capítulo 3: “Desaparecimento”, p. 139 – 204
DAS, Veena. Life and words: violence and the descent to the ordinary. Berkeley/Los Angeles/London: University of California Press, 2007. [tradução brasileira, pela Editora Unifesp, no prelo].
GAGNEBIN, Jeanne Marie. Lembrar escrever esquecer. São Paulo: Editora 34, 2006.
GATTI, Gabriel (ed.) Desapariciones. Usos locales, circulaciones globales. Bogotá: Siglo del Hombre Editores, 2017.
GATTI, Gabriel; MARTINEZ, María. Presentación. El ciudadano-víctima. Notas para iniciar un debate. Revista de Estudios Sociales, n. 59, 2017, p. 8-13. https://doi.org/10.7440/res59.2017.01
GATTI, Gabriel (ed.) Un mundo de víctimas. Barcelona: Anthropos Editorial, 2017.
HALBWACHS, Maurice. A Memória Coletiva. Trad. Laurent Leon Schafter. São Paulo: Vertice, 1990.
JELIN, Elizabeth. Los derechos humanos y la memoria de la violencia política y la represión: la construcción de un campo nuevo en las ciencias sociales. Cuadernos del IDES, Buenos Aires, n. 2, p. 1-27, 2003. http://ides.org.ar/wp-content/uploads/2012/03/cuaderno2_Jelin.pdf.
JUDT, Tony. Pós-guerra. Uma história da Europa desde 1945. Trad. José Roberto O’Shea. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007.
KWON, Heonik. Korean war mass graves. The Ethnography of Exhumations. In: FERRÁNDIZ F. and ROBBEN (orgs.) Necropolitics. Mass Graves and Exhumations in the Age of Human Rights.Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 2015.
MOON, Claire. Human rights, human remains: forensic humanitarianism and the human rights of the dead. International Social Science Journal, vol. 65, march-june, 2014, p. 49-63.p 1-15.
POLLAK, Michel. Memória, esquecimento, silêncio. Estudos Históricos, vol. 2, nº 3, 1989, p. 3-15.
CATELA, Ludmila. Situação-limite e memória: a reconstrução do mundo dos familiares de desaparecidos da Argentina. São Paulo: Hucitec/ANPOCS, 2001. Capítulo 3: “Desaparecimento”, p. 139 – 204
ROSS, Fiona. Using rights to mesure wrongs. A case study of method and moral in the work of south african truth and reconciliation commission. In: WILSON, Richard. Human Rights in global perspective. Antropological studies of rigths, claims and entitlements. New York: Routledge, 2003.
SARTI, Cynthia. A vítima como figura contemporânea. Cadernos CRH, vol. 24, nº 61, p. 51-61, 2011.
TORPEY, John. Making whole what has been smashed: on reparation politics. Cambridge, Massachusetts/London: Harvard University Press, 2006
VECCHIOLI, Virginia. Las víctimas del terrorismo de Estado y la gestión del pasado reciente en la Argentina. Papeles del CEIC, n. 90, p 1-28, marzo 2013.
WIEVIORKA, Michel. La violence. Paris: Hachettes Littératures, 2005.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
ANSTETT, Élisabeth and DREYFUS, Jean-Marc. Human Remains and identification. Mass violence, genocide, and the “forensic turn”. Manchester: Manchester University Press, 2015.
AZEVEDO, Desirée. Ausências incorporadas. Etnografia entre familiares de mortos e desaparecidos políticos no Brasil. São Paulo: Editora Unifesp, 2018.
AZEVEDO, Desirée. Our dead and disappeared: reflections on the construction of the notion of political disappearance in Brazil. Vibrant v.15 n.3, 2018
CALVEIRO, Pilar. Poder e desaparecimento. Trad. Fernando Correa Prado. São Paulo: Boitempo, 2013.
CANDAU, Joel. Memória e identidade. São Paulo: Contexto, 2011.
CRENZEL, Emilio (org.) Los desaparecidos en la Argentina: memorias, representaciones e ideas (1983-2008). Buenos Aires: Biblos, 2010.
FASSIN, Didier. La cause des victimes. Les temps modernes, vol. 59, nº 627, p. 73-91, 2004.
FASSIN, Didier. La raison humanitaire: une histoire morale du temps présent. Paris: Seuil, 2010. Gallimard/Seuil. Tradução em inglês: Humanitarian reason: a moral history of the present. Berkeley/Los Angeles: University of California Press, 2012.
HAYNER, Priscilla. Unspeakable truths: transitional justice and the challenge of truth commissions. Nova York, Routledge. 2011.
HOLANDA, Cristina Buarque. Direitos Humanos e Democracia. A experiência das comissões da verdade no Brasil. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 33, n. 1-18, 2018.
JELIN, Elizabeth. Los Trabajos de la Memoria. Madrid/Buenos Aires: Siglo XXI, 2002.
MOYN, Samuel. The last utopia. Cambridge, Harvard University Press, 2010.
POLLAK, Michael; HEINICH, Nathalie. Le témoignage. Actes de la Recherche en Sciences Sociales, n. 62-63, p. 3-29, 1986.
RICOEUR, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Trad. Alain François et al. . Campinas: Editora Unicamp, 2007.
ROSS, Fiona. Bearing witness; women and the Truth and Reconciliation Commission in South Africa. London: Pluto Press, 2003.
SANJURJO, Liliana Lopes. Sangue, identidade e verdade. Memórias sobre o passado ditatorial na Argentina. São Carlos: Edufscar, 2018.
SARTI, Cynthia. A construção de figuras da violência: a vítima, a testemunha. Horizontes Antropológicos, vol. 20, n. 42, p. 77-105, 2014.
TELES, Edson; SAFATLE, Wladimir (Org.). O que resta da ditadura. São Paulo: Boitempo, 2010 (Estado de Sítio)
VECCHIOLI, Virginia. Políticas de la memoria y formas de clasificación social. Quiénes son las “víctmas del terrorismo de estado” en la Argentina? In: GROPPO, Bruno e FLIER, Patricia (org.) La imposibilidad del olvido. Recorridos de la memoria en Argentina, Chile y Uruguay. La Plata: Ediciones Al Margen, 2001 (Colección Diagonos)
VECCHIOLI, Virginia. Uma história social da expertise em direitos humanos: trajetórias transnacionais dos profissionais do direito na Argentina.Estudos Ibero-Americanos, vol. 45, n. 1, p. 17-28, jan.-abr. 2019.
WIEVIORKA, Annette. L’ère du témoin. Paris: Hachette Littératures, 1998.
WILSON, Richard. Human Rights. In: NUGENT, David e VINCENT, Joan (Orgs.) A companion to the anthropology of politcs. Malden: Blackwell Publishing, 2008.
WILSON, Richard. The social life of rights. In: WILSON, Richard and MITCHELL, Jon (Org.s). Human Rights in Global Perspective. New York, London: Routledge, 2003.
Programa
PROGRAMA
Aula 1 (08/10) – Apresentação. A memória como objeto de investigação (Profas. Cynthia e Desirée)
Leituras obrigatórias:
HALBWACHS, Maurice. A Memória Coletiva. São Paulo: Vertice, 1990. Capítulo 1: “Memória coletiva e memória individual”, p 25-52.
JELIN, Elizabeth. “Los derechos humanos y la memoria de la violencia política y la represión: la construcción de un campo nuevo en las ciencias sociales”. Cuadernos del IDES, Buenos Aires, n. 2, p. 1-27, 2013. http://ides.org.ar/wp-content/uploads/2012/03/cuaderno2_Jelin.pdf.
POLLAK, Michel. “Memória, esquecimento, silêncio”. Estudos Históricos, vol. 2, nº 3, 1989, p. 3-15.
Aula 2 (15/10) –A ascensão humanitária (Profª Desirée)
Leituras obrigatórias:
JUDT, Tony. Pós-guerra. Uma história da Europa desde 1945. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. Epílogo: “Da casa dos mortos. Ensaio sobre a memória europeia moderna”, p 789-815.
TORPEY, John. Making whole what has been smashed: on reparation politics. Cambridge, Massachusetts/London: Harvard University Press, 2006. Capítulo 1: “The surfacing of subterranean history”, p 8-41
Aula 3 (22/10) – Justiça de Transição, Antropologia Forense e os Especialistas (Profª Desirée)
Leituras obrigatórias:
TORPEY, John. Making whole what has been smashed: on reparation politics. Cambridge, Massachusetts/London: Harvard University Press, 2006. Capítulo 2: “An anatomy of reparations politics”, p. 42-77.
LEFRANC, Sandrine. Ejercer el oficio de especialista en justicia transicional. In: GATTI, Gabriel (ed.) Un mundo de víctimas. Barcelona: Anthropos Editorial, 2017, p. 231-240.
MOON, Claire. Human rights, human remains: forensic humanitarianism and the human rights of the dead. International Social Science Journal, vol. 65, march-june, 2014, p. 49-63.
Aula 4 (29/10) – A memória como objeto de gestão (Profas Desirée e Cynthia)
Leituras obrigatórias:
VECCHIOLI, Virginia. Las Víctimas del Terrorismo de Estado y la gestión del pasado reciente en la Argentina. Papeles del CEIC, n. 90, p 1-28, marzo 2013.
ROSS, Fiona. Using rights to mesure wrongs. A case study of method and moral in the work of south african truth and reconciliation commission. In: WILSON, Richard. Human Rights in global perspective. Antropological studies of rigths, claims and entitlements. New York: Routledge, 2003.
KWON, Heonik. Korean war mass graves. The Ethnography of Exhumations. In: FERRÁNDIZ F. and ROBBEN (orgs.) Necropolitics. Mass Graves and Exhumations in the Age of Human Rights.Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 2015.
Aula 5 (05/11) – A vítima (Profas. Cynthia e Desirée)
Leituras obrigatórias:
WIEVIORKA, Michel. La violence. Paris: Hachettes Littératures, 2005. Chapitre 3: “L’emergence des victimes”. p. 81-108.
SARTI, Cynthia. A vítima como figura contemporânea. Cadernos CRH, vol. 24, nº 61, p. 51-61, 2011.
GATTI, Gabriel; MARTINEZ, María. Presentación. El ciudadano-víctima. Notas para iniciar un debate. Revista de Estudios Sociales, n. 59, 2017, p. 8-13. https://doi.org/10.7440/res59.2017.01
Aula 6 (12/11) – A testemunha (Profas. Cynthia e Desirée)
Leituras obrigatórias:
AGAMBEN, Giorgio. O que resta de Auschwitz. Trad. Selvino J. Assmann. São Paulo: Boitempo, 2008. “Advertência” e Capítulo 1: “A testemunha”, p. 19-48.
DAS, Veena. Life and words: violence and the descent to the ordinary. Berkeley/Los Angeles/London: University of California Press, 2007. Chapter 4: “The act of witnessing: violence, gender and subjectivity”, p. 59-78. [tradução brasileira, pela Editora Unifesp, no prelo].
GAGNEBIN, Jeanne Marie. Lembrar escrever esquecer. São Paulo: Editora 34, 2006. Capítulo 4: “Memória, história, testemunho”, p. 49-57.
Aula 7 (19/11) – O desaparecido (Profas. Desirée e Cynthia)
Leituras obrigatórias
GATTI, Gabriel (ed.) Desapariciones. Usos locales, circulaciones globales. Bogotá: Siglo del Hombre Editores, 2017. “Prolegómeno. Para un concepto científico de desaparición”, p. 13-31.
ARAÚJO, Fábio. “Não tem corpo, não tem crime”: Notas socioantropológicas sobre o ato de fazer desaparecer corpos. Horizontes Antropológicos, ano 22, n. 46, p. 37-64, jul./dez. 2016.
CATELA, Ludmila. Situação-limite e memória: a reconstrução do mundo dos familiares de desaparecidos da Argentina. São Paulo: Hucitec/ANPOCS, 2001. Capítulo 3: “Desaparecimento”, p. 139-204.[1] [CS2]
Aula 8 (26/11) – Encerramento.Vidas que importam (Profas. Cynthia e Desirée)
Leituras obrigatórias:
AGAMBEN, Giorgio. Homo Sacer: o poder soberano e a vida nua I. Trad. de Henrique Burigo. Belo Horizonte[CS3] : Editora UFMG, 2010. “Introdução”, Capítulo 2: “Os direitos do homem e a biopolítica” e Capítulo 3: “Vida que não merece viver”, p. 9-19, p. 123-139.
BUTLER, Judith. Quadros de guerra: quando a vida é passível de luto? Trad. Sergio Lamarão e Arnaldo Marques da Cunha. Revisão de trad. Marina Vargas. Revisão técnica Carla Rodrigues. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018. “Introdução: vida precária, vida passível de luto”, p. 13-55.
DAS, Veena. Life and words: violence and the descent to the ordinary. Berkeley/Los Angeles/London: University of California Press, 2007. Chapter one: The event and the everyday. p. 1-17. [tradução em português pela Editora Unifesp, no prelo]
CASTILLEJO CUÉLLAR, Alejandro. Del ahogado el sombrero, a manera de manifiesto: esbozos para una crítica al discurso transicional. Vibrant, vol.15, n. 3, 1-16, 2018.