O Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais apresenta as Disciplinas ofertadas no 1º Semestre de 2021.
Interessados em cursar disciplinas no PPGCS devem entrar em contato com a secretaria pelo e-mail: poscienciassociais@unifesp.br
1. Disciplinas Obrigatórias - Mestrado
Teoria e Metodologia em Ciências Sociais
Ficha Técnica
Responsáveis | Prof. Dr. Henrique José Domiciano Amorim, Prof. Dr. José Carlos Gomes da Silva e Prof. Dr. Rogério Schlegel |
Créditos | 06 créditos/ 90 horas |
Horário | Quarta-feira, manhã |
Início | 31 de março |
Local | online |
Objetivo
✓ Geral:
O curso abordará problemas de teoria e método das ciências sociais, enfatizando a releitura contemporânea de alguns dos temas clássicos, tais como modernidade, capitalismo, colonialismo, raça, nação, representação política, cidadania, direito, identidade, cultura e poder. A presença desta unidade curricular e sua obrigatoriedade visam suprir uma necessidade específica: incentivar os estudantes a ter cuidado e rigor na utilização de conceitos dessas áreas, fundamental para o desenvolvimento do trabalho científico.
✓ Específicos:
• Discutir alguns conceitos e questões fundamentais da ciência política: poder, Estado, representação, cidadania e direitos humanos.
• Problematizar alguns temas clássicos da teoria sociológica, tais como modernidade, capitalismo, evolucionismo, a partir de perspectivas críticas ao eurocentrismo , colonialismo e racismo;
• Refletir sobre a centralidade epistemológica da etnografia na antropologia; compreender a relação entre cultura e poder inscrita na própria prática etnográfica; discutir a relação entre natureza, cultura e sociedade a partir das críticas contemporâneas ao próprio saber científico.
3. Disciplinas Eletivas - Comuns ao mestrado e doutorado.
Elementos de Sociologia Política
Ficha Técnica
Responsáveis | Prof. Dr. Brasilio Sallum |
Créditos | 03 créditos/ 45 horas |
Horário | Segunda-feira, das 9h00 às 12h00 |
Início | 15 de março de 2020 |
Local | online |
Metodologia | Aulas expositivas, seminários e discussão coletiva de textos |
Avaliação |
Ementa
1 – Sobre o Conceito de Poder
2 – Dominação e Estado Moderno
3 – Comunidade Política e Estratificação
4 – Estado e Economia Capitalista
5 - Cultura, Comunicação e Ação Coletiva
6 – Mudança Política e Crises
Objetivo
Geral:
Apresentar e discutir o mapa conceitual utilizado na Sociologia Política identificando suas variantes analíticas principais.
Bibliografia
Beetham, David, The Legitimation of Power, 2ª edição, UK, 2013
Bourdieu, Pierre, A Economia das Trocas Simbólicas, Organização de Sérgio Miceli, São Paulo: Editora Perspctiva, 1982
Dobry, Michel, Sociologia das Crise Políticas, São Paulo, Editora da UNESP, 2014
Gruppi, Luciano, O Conceito de Hegemonia em Gramsci, Rio de Janeiro: Edições Graal, 1978.
Hay, Colin, Political Analysis, UK, Palgrave Macmillan, 2002
Lukes, Steven, O Poder – uma visão radical, trad. Vamireh Chacon, Brasília, EUB, 1980
Lukes, Steven, Power – A Radical View, 2ª edição, Londres: Palgrave MacMillan, 2005
Mommsen, Wolfgang, The Political and Social Theory of Max Weber, Cambridge, Polity Press, 1989
Mommsen, Wolfgang, The Age of Bureaucracy, UK, Oxford Blackell, 1974
Scott, John, Stratification & Power, Cambridge: Polity Press, 1996
Weber, Max, Escritos Políticos, editado por Peter Lasssman, Ronald Speirs, São Paulo: WMF Martins Fontes, 2014
Weber, Max, Economia e Sociedade, Brasília: Editora Universalidade de Brasília, 2000
Mudança e poder na África contemporânea
Ficha Técnica
Responsáveis | Profª. Drª. Melvina Afra Mendes de Araújo |
Créditos | 06 créditos/90 horas |
Horário | Quinta-feira, das 09h00 às 12h00 |
Início | 04 de março de 2021 |
Local | online |
Ementa
Este curso terá como eixo central a discussão acerca de duas importantes questões da antropologia, mudança e poder, que apesar de serem questões com potencial para serem trabalhadas distintamente, não raro se tocam. O desenvolvimento destas questões será abordado a partir da discussão de monografias africanistas sobre o poder e as instituições relacionadas à sua criação e manutenção, sobre a articulação entre diferentes formas de poder "tradicional" e o Estado colonial, assim como trabalhos que se debruçam sobre a dimensão simbólica do poder, sobretudo os concernentes à religião, feitiçaria, acusação e vingança.
Bibliografia
Bibliografia/programa
04/03: apresentação do programa
Reflexões sobre a África pós-colonial
11/03
COOPER, Frederik. Conflito e conexão: repensando a história colonial da África. Anos 90, v. 15, n. 27, p. 21 – 73, 2008.
CHARTON, Hélène. Acteurs, victimes et témoins de la violence dans l'histoire. Cahiers d’études africaines, 201, p. 169 – 192, 2011.
http://journals.openedition.org/etudesafricaines/16615
18/03
MAMDANI, Mahmood. Entendendo a violência política na África pós-colonial. In: LAUER, Helen; ANYIDOHO, Kofi (org.). O resgate das ciências humanas e das humanidades através de perspectivas africanas. Brasília: FUNAG, 2016. p. 375 – 409.
Leitura complementar: MAMDANI, Mahmood. Ciudadano y súbdito: África contemporânea y el legado del colonialismo tardio. Madrid: Siglo Veintiuno Editores, 1998.
25/03
HAGMANN, Tobias; PÉCLARD, Didier. Negotiating Statehood: Dynamics of Power and Domination in Africa. Development and Change, V. 41, issue 4, 2010, p. 539 - 562.
Nacionalismos e etnicidade
01/04
BERMAN, Bruce (1998), “Ethnicity, patronage and the African state: the politics of uncivil nationalism”, African Affairs, 97: 305-341.
LONSDALE, John. “Ethnicité, morale et tribalisme politique”. Politique Africaine, n. 61, mars 1996, p. 98 – 115.
08/04
CAHEN, Michel. Nationalism and Ethnicities: Lessons from Mozambique. In: BRAATHEN, E. et al. (eds.). Ethnicity Kills? Palgrave Macmillan, a division of Macmillan Publishers Limited, 2000, p. 163 – 187.
Leitura complementar: BAYART, Jean-François ; GESCHIERE, Peter ; NYAMNJOH, Francis. Autochtonie, démocratie et citoyenneté en Afrique. Critique internationale, n. 10, jan. 2001, p. 177 – 194. https://www.cairn.info/revue-critique-internationale-2001-1-page-177.htm
06/05
FOUÉRÉ, Marie-Aude (2014): Recasting Julius Nyerere in Zanzibar: the Revolution, the Union and the Enemy of the Nation. Journal of Eastern African Studies, v. 8, n. 4, p. 478-496, 2014. http://dx.doi.org/10.1080/17531055.2014.918313
ADOGAME, Afe. How God became a Nigerian: Religious impulse and the unfolding of a nation. Journal of Contemporary African Studies Vol. 28, No. 4, October 2010, 479 – 498.
A Feitiçaria como tecnologia: política, religião e modernidade
13/05
ADAM, Michel. Nouvelles considérations dubitatives sur la théorie de la magie et de la sorcellerie en Afrique noire. L’Homme, 177-178, 2006.
http://journals.openedition.org/lhomme/21714
20/05
THIES, Cameron G. Conflict, Geography, and Natural Resources: The Political Economy of State Predation in Africa. Polity, Volume 41, Number 4, October 2009. p. 465 – 488.
SHAW, Rosalind. The Production of Witchcraft/Witchcraft as Production: Memory, Modernity, and the Slave Trade in Sierra Leone. American Ethnologist, Vol. 24, n. 4, 1997, p. 856-876.
27/05:
THOMAZ, Omar Ribeiro. O tempo e o medo: a longa duração da guerra em Moçambique. Outros Tempos, vol. 15, n. 26, 2018, p. 88 – 97.
https://www.outrostempos.uema.br/index.php/outros_tempos_uema/article/view/656
BORGES COELHO, João Paulo. Da violência colonial ordenada à ordem pós-colonial violenta. Sobre um legado das guerras coloniais nas ex-colónias portuguesas. Lusotopie, n°10, 2003. Violences et contrôle de la violence au Brésil, en Afrique et à Goa. pp. 175-193. https://www.persee.fr/doc/luso_1257-0273_2003_num_10_1_1554
10/06
GESCHIERE, Peter. Feitiçaria e modernidade nos Camarões: alguns pensamentos sobre uma estranha cumplicidade. Afro-Ásia, 34 (2006), 9-38.
https://www.redalyc.org/pdf/770/77003401.pdf
BLAYNES, Ruy. The Ndoki Index: Sorcery, Economy, and Invisible Operations in the Angolan Urban Sphere. In: RIO, Knut; MACCARTHY, Michelle; BLANES, Ruy (Eds.). Pentecostalism and Witchcraft Spiritual Warfare in Africa and Melanesia. Atlanta: Palgrave Macmillan, 2017, p. 93 – 114.
Leitura complementar: PEREIRA, Luena. Feitiçaria e esfera pública: Estado e cultura no pós-guerra angolano. Sankofa. Revista de História da África e de Estudos da Diáspora Africana, Ano IX, NºXVI, Janeiro/2016, p. 135 – 161.
17/06
GESCHIERE, Peter. Witchcraft, Intimacy & Trust: Africa in Comparison. Chicago: The University of Chicago Press, 2013. p. 135 – 164.
GESCHIERE, Peter. Back to Trust: New Distances, New Challenges. In: Witchcraft, Intimacy & Trust: Africa in Comparison. Chicago: The University of Chicago Press, 2013. p. 181 – 213.
Bibliografia complementar
ANJOS, José Carlos G. “Elites Intelectuais e a Conformação da Identidade Nacional em Cabo Verde”. Estudos Afro-Asiáticos, Ano 25, n. 3, 2003, p. 579-596.
ARAÚJO, Melvina. “Hienas, missionários e crianças: um estudo sobre relatos de infanticídio no Quênia”. Africana Studia, n. 23, 2014, p. 79 – 95.
BALANDIER, Georges. Anthropologie politique. Paris: PUF, 1967; BALANDIER, Georges. "La situation coloniale: ancien concept, nouvelle réalité". French Politics, Culture & Society, v. 20, n. 2, Summer 2002, p. 4 – 10.
BORGES, Antonádia. “Ser embruxado. Notas epistemológicas sobre razão e poder na antropologia”. Civitas, v. 12, n. 3, p. 469-488, set.-dez. 2012.
CABAÇO, José Luís. Moçambique: identidade, colonialismo e libertação. São Paulo: Editora Unesp, 2009.
CHATTERJEE, Partha. Colonialism, nationalism, and colonialized women: the contest in India. American Ethnologist, v. 16, issue 4, nov. 1989, p. 622 - 633.
COLLEYN, Jean-Paul. Entre les dieux et les hommes. Quelques considérations atypiques sur la notion de culte de possession. In: Cahiers d'études africaines. Vol. 36 N°144. 1996. pp. 723-738.
COMAROFF, J & COMAROFF, J. Etnografia e imaginação histórica. Tradução de Iracema Dulley e Olivia Janequine. IN: Proa – Revista de Antropologia e Arte [on-line]. Ano 02, vol.01, n. 02, nov. 2010.
EKEH, Peter. O colonialismo e os Dois Públicos na África: uma declaração teórica com um epílogo. In: LAUER, Helen; ANYIDOHO, Kofi (org.). O resgate das ciências humanas e das humanidades através de perspectivas africanas. Brasília: FUNAG, 2016. p. 419 – 452.
EVANS-PRITCHARD, E. E. Bruxaria, oráculos e magia entre os Azande. Rio de Janeiro: Zahar, 2004.
METSOLA, Lalli. The Struggle Continues? The Spectre of Liberation, Memory Politics and ‘War Veterans’ in Namibia. Development and Change, V. 41, issue 4, 2010, p. 589 - 613.
ODHIAMBO, E. S. A. & LONSDALE, John (org.). Mau Mau & nationhood.Oxford: James Currey, 2003.
OGUDE, James. The State as a site of eating Literary representation and the dialectics of ethnicity, class and the nation state in Kenya. Africa Insight, Volume 39, Number 1, 1 August 2009, pp. 5-21(17).
SUMICH, Jason. The Party and the State: Frelimo and Social Stratification in Post-socialist Mozambique. Development and Change, V. 41, issue 4, 2010, p. 679 - 698.
THOMAZ, Omar Ribeiro. “Relações raciais em Moçambique: histórias sobre autóctones e forasteiros”. In: PEIXOTO, Fernanda, PONTES, Heloísa, SCHWACZ, Lília (org.). Antropologias, histórias, experiências. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2004. p. 199 -220.
VAIL, Leroy (Ed.) The Creation of Tribalism in Southern Africa. Berkeley: University os California Press, 1989.
VALVERDE, Paulo. O corpo e a busca de lugares da perfeição: escritas missionárias da época colonial portuguesa, 1930 - 1960. Etnográfica, Vol. I (1), 1997, pp. 73-96.
Tópicos em Análise de Políticas Públicas
Ficha Técnica
Responsáveis | Prof. Dr. Rogério Schlegel |
Créditos | 06 créditos/ 90 horas |
Horário | terça-feira, das 09h as 12h |
Início | 30 de março de 2021 |
Local | online |
Metodologia |
Aulas dialogadas, em que a leitura prévia dos textos de referência é obrigatória e os alunos são convidados a reproduzir e debater os principais conceitos em encontros síncronos virtuais ou presencialmente na classe. |
Avaliação |
A partir da participação nas sessões e em trabalho escrito a ser desenvolvido ao longo do curso, com entregas parciais e discussão antes da entrega final. |
Ementa
O Estado em ação está no centro da reflexão de parte significativa dos pós-graduandos em Ciências Sociais, que no entanto podem não ter tido em sua trajetória acadêmica contato prévio com conceitos básicos e/ou tópicos avançados no estudo de políticas públicas. O curso oferece ferramentas para quem deseja reduzir essa lacuna, com ênfase na interface entre políticas públicas e Ciência Política.
A abordagem do curso é panorâmica. História da análise de políticas públicas, conhecimento sobre o modelo do ciclo de políticas públicas e suas limitações e introdução às instituições decisivas para implementação de políticas no caso brasileiro são alguns dos tópicos tratados. Desenvolvimentos recentes, a exemplo do Policy Design, também fazem parte do programa. Em cada tema discutido, um ou dois textos principais de referência, preferencialmente contemporâneos, serão lidos e debatidos, atentando para histórico, ferramentas analíticas, fortalezas e limitações das diferentes abordagens disponíveis para a análise de políticas públicas.
A leitura dos textos de referência é obrigatória e servirá de base para encontros dialogados em que o professor terá papel de facilitador, mas as pós-graduandas e os pós-graduandos precisam adotar papel ativo. Essa ênfase dialógica será mantida quer tenhamos encontros presenciais, quer tenhamos encontros síncronos virtuais, por conta da pandemia de Covid-19.
Objetivo
O curso visa dar a(o)s participantes conhecimento sobre a evolução e ferramentas conceituais envolvidas na análise de políticas públicas, partindo do nível mais básico e chegando a tópicos avançados. Sua ênfase é na interface desse campo com a Ciência Política. Sua principal ambição é servir como um mapeamento do campo, de forma a permitir que as pós-graduandas e os pós-graduandos posteriormente se aprofundem em subtemas de seu interesse ou relacionados a seu objeto de pesquisa.
Ao final do curso, a(o) participante deve ser capaz de localizar as principais abordagens empregadas contemporaneamente na análise de políticas públicas e se capacitar como leitor da produção da área. Deve conhecer os modelos básicos de análise, ser capaz de colocá-los em diálogo com conhecimentos das Ciências Sociais e fazer crítica fundamentada a estudos envolvendo políticas públicas.
Não está entre as ambições do curso dar ferramentas propriamente operacionais para a análise de políticas públicas, a exemplo dos conhecimentos para desenvolvimento de indicadores, coleta de dados junto a usuários/beneficiário de políticas públicas ou análise de orçamentos públicos. Os dife
rentes módulos do curso devem funcionar como sensibilização para a necessidade de visão integrada --- atenta à necessidade de avaliação das iniciativas, por exemplo – e sistemática – com prescrições de mudança baseadas no Policy Design, por exemplo – no estudo das políticas públicas.
Bibliografia/programa
- O que são políticas públicas (PPs)
- O lugar da racionalidade e da política nas PPs
- O ciclo de políticas e as críticas que recebe
- Formação de agenda, formulação, implementação e avaliação
- O desenho do Estado e seu impacto nas PPs
- Sistemas de políticas no Brasil contemporâneo
- Policy Design e formas sistemáticas de prescrição
ARRETCHE, M. Trinta anos da Constituição de 1988: razões para comemorar? Dossiê 30 anos da Constituição Brasileira. Novos estudos CEBRAP, São Paulo, v. 37, no.3, set-dez 2018.
LOTTA, G. A política pública como ela é: contribuições dos estudos sobre implementação para a análise de políticas públicas. In: Gabriela Lotta (org.). Teoria e análises sobre implantação de políticas públicas no Brasil. Brasília: Enap, 2019.
GERTLER et al, Cap. 1 – Por que avaliar? Avaliação de impacto na prática. 2a edição. Washington: BID/Banco Mundial, 2018.
HOWLETT, M.; MUKHERJEE, I. Policy Design and Non-Design: Towards a Spectrum of Policy Formulation Types. Politics and Governance, v. 2, n. 2, p. 57–71, 13 nov. 2014.
LEVCOVITZ, Eduardo; LIMA, Luciana Dias de,MACHADO, Cristiani Vieira. Política de saúde nos anos 90: relações intergovernamentais e o papel das Normas Operacionais Básicas. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2001, vol.6, n.2, pp.269-291. ISSN 1678-4561.
MARQUES, Eduardo. As políticas públicas na Ciência Política. In: Eduardo Marques e Carlos Aurélio Pimenta de Faria. A política pública como campo multidisciplinar. Editora da Unesp/Fiocruz, 2013.
OLIVEIRA, Vanessa Elias de. Judicialização de políticas públicas no Brasil. Editora Fiocruz, 2019.
RODDEN, J. “Federalismo e descentralização em perspectiva comparada: sobre significados e medidas”, in Revista de Sociologia Política, n. 24, 2005.
SOUZA, C. Políticas Públicas: uma revisão da literatura. Sociologias, Porto Alegre, ano 8, nº 16, jul/dez 2006, p. 20-45.
Tecnopolíticas: ciência e tecnologia na construção de mundos.
Ficha Técnica
Responsáveis | Prof. Dr. Henrique Zoqui Martins Parra |
Créditos | 06 créditos/ 90 horas |
Horário | terça-feira, à tarde |
Início | 23 de março de 2021 |
Local | online |
Metodologia | Aulas expositivas, seminários e discussão coletiva de textos |
Avaliação | Trabalho individual – tema e formato a serem discutidos com a professora |
Ementa
A Pandemia Covid19 coloca-nos diante da urgência de retomar as reflexões em torno das possibilidades de mudança social num mundo onde as interconexões entre tecnologia, ciência, economia e política produzem um arranjo societal marcado pela ampliação das formas de dominação tecnopolítica e acelerada crise socioambiental. Nem mesmo a intrusão viral na escala planetária foi capaz de fazer "parar a máquina"!
O curso promove um diálogo entre contribuições dos estudos sociais em ciência e tecnologia (ESCT) e da teoria política, tendo como fio condutor a relação entre desenvolvimento tecnológico, configurações de mundo e a fabricação de futuros imaginados.
Iremos investigar como os arranjos sociotécnicos adquirem força política na sustentação de modos de vida; analisar as tensões sobre perspectivas tecnológicas e a tecnodiversidade reivindicada por coletividades que interrogam a monocultura tecnocientífica; refletir sobre a trama saber-poder-tecnologia na atualização das formas coloniais de produção do presente e dos cenários futuros sob disputa.
Bibliografia
Básica
ARAUJO, Daniela Camila de; MANICA, Daniela Tonelli; KANASHIRO, Marta Mourão. Tecnopolíticas de Gênero. Cad. Pagu, Campinas , n. 59, e205900, 2020. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-83332020000200211&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 28 jan. 2021. Epub 15-Jan-2021. https://doi.org/10.1590/18094449202000590000
ATANASOSKI, Neda & VORA, Kalindi (2018) Postsocialist politics and the ends of revolution, Social Identities, 24:2, 139-154, DOI: 10.1080/13504630.2017.1321712
BENANAV, A. (2019). Automation and the Future of Work—2. New Left Review, 120, 117–146. http://acdc2007.free.fr/benanav19.pdf
BENJAMIN, R. Retomando nosso fôlego: estudos de ciência e tecnologia, teoria racial crítica e a imaginação carcerária. In: Silva, TARCÍZIO. Comunidades, algoritmos e ativismos digitais: Olhares afrodiaspóricos. Consultoria Editorial: LiteraRUA – São Paulo, 2020.
DANOWSKI, D., & VIVEIROS de Castro, E. (2014). Há mundo por vir? Ensaio sobre os meios e os fins. Instituto Socioambiental | Cultura e Barbárie.
COLETIVO CHUANG. Contágio social: coronavírus e luta de classes microbiológica na China. São Paulo, Veneta, 2020.
FEENBERG, Andrew. Technosystem: The Social Life of Reason, Harvard University Press, 2017.
HUI, Y. (2017). Cosmotechnics as cosmopolitics. E-Flux, 86. https://www.e-flux.com/journal/86/161887/cosmotechnics-as-cosmopolitics/
GAGO, V. and MEZZADRA, S., 2015. Para una crítica de las operaciones extractivas del capital: patrón de acumulación y luchas sociales en el tiempo de la financiarización. Nueva sociedad, 255, 38–52. https://storage.googleapis.com/nuso-webapp-production-files/media/articles/downloads/4091_1.pdf
GUTIÉRREZ, Raquel; Trujillo, Mina; Linsalata, Mina. “Repensar lo político, pensar lo común: claves para la discusión”. In: Inclán, Daniel; Linsalata, Mina; Millán, Már-gara (Coords.). Modernidades alternativas. Ciudad de México: UNAM, 2016.https://kutxikotxokotxikitxutik.files.wordpress.com/2017/11/pensar-lo-politico-pensar-lo-comun_gutierrez-navarro-linasalata-clavescomunfinal.pdf
HARAWAY, Donna; ISHIKAWA, Noboru; GILBERT, Scott F.; OLWIG, Kenneth; TSING, Anna L. Tsing & BUBANDT, Nils (2016) Anthropologists Are Talking – About the Anthropocene, Ethnos, 81:3, 535-564, DOI: 10.1080/00141844.2015.1105838
KRENAK, Ailton. Idéias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Cia das Letras, 2019.
LATOUR, Bruno. Onde aterrar: como se orientar politicamente no antropoceno. Ed.Bazar do Tempo, 2020.
MARTINS, Hermínio. The technocene : reflections on bodies, minds, and markets. New York: Anthem Press, 2018.
MARTINS, Hermínio. Experimentum Humanum – civilização tecnológica e condição humana. Fino Traço, Belo Horizonte, 2012.
MEZZADRA, Sandro & NEILSON, Brett (2017): On the multiple frontiers of extraction: excavating contemporary capitalism, Cultural Studies, DOI: 10.1080/09502386.2017.1303425
MOORE, Jason. El Capitalismo en la Trama de la vida: ecologia e acumulação de capital. Madrid: Traficantes de Sueños, 2020.
MOROZOV, Evgeny. & BRIA, Francesca. A Cidade Inteligente: tecnologias urbanas e democracia. São Paulo: Ubu. 2019.
Graham, Mark (2020) Regulate, replicate, and resist – the conjunctural geographies of platform urbanism, Urban Geography, 41:3, 453-457, DOI:10.1080/02723638.2020.1717028
RICO, Santiago Alba. Capitalismo pandémico, 2021: https://ctxt.es/es/20210101/Firmas/34633/
RODRIGUEZ, Pablo Manolo. Las Palabras en las Cosas: Saber, poder y subjetivación entre algoritmos y biomoléculas. Editorial Cactus, Buenos Aires, 2019
SASSEN, Saskia. Interactions of the technical and the social: Digital formations of the powerful and the powerless. https://www.eurozine.com/interactions-of-the-technical-and-the-social/
SCHOLZ, T. (2016). Cooperativismo de Plataforma. Rosa Luxemburg Stitfung, https://autonomialiteraria.com.br/wp-content/uploads/2020/07/cooperativismo-de-plataforma_web_simples.pdf
SMITH, Adrian Smith & MARTIN, Pedro Prieto (2020): Going Beyond the Smart City? Implementing Technopolitical Platforms for Urban Democracy in Madrid and Barcelona, Journal of Urban Technology, DOI: 10.1080/10630732.2020.1786337
SMITH, Adrian; FRESSOLI, Mariano; ABROL, Dinesh; AROND, Elisa and ELY, Adrian (2016) Grassroots innovation movements. Pathways to sustainability . Routledge, London. ISBN 9781138901216.
SSL Nagbot. (2016). Feminist hacking/making: Exploring new gender horizons of possibility. Journal of Peer Production, 8, 1–10. http://peerproduction.net/issues/issue-8-feminism-and-unhacking-2/feminist-hackingmaking-exploring-new-gender-horizons-of-possibility/
STENGERS, Isabelle. A proposição cosmopolítica. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, Brasil, n. 69, p. 442-464, abr. 2018.
SUCHMAN, Lucy. Agencies in Technology Design. IN: Human-Machine Reconfigurations. New York: Cambridge University Press, 2007.https://www.lancaster.ac.uk/fass/resources/sociology-online-papers/papers/suchman-agenciestechnodesign.pdf
VORA, Kalindi. Tecnoutopias racializadas e coloniais em relação ao futuro do trabalho: entrevista com Kalindi Vora. DigiLabour, 2020. https://digilabour.com.br/2020/11/08/tecnoutopias-racializadas-e-coloniais-em-relacao-ao-futuro-do-trabalho-entrevista-com-kalindi-vora/
Complementar
BASTANI, A. (2019). Fully Automated Luxury Communism. Verso.
BENJAMIN, R. (2016). Racial fictions, biological facts: Expanding the sociological imagination through speculative methods. Catalyst: Feminism, Theory, Technoscience, 2(2), 1-28. https://static1.squarespace.com/static/5bbd85f3809d8e6a1a3c5c9e/t/5bdc1e61032be468ca7594b6/1541152364319/2016-Racial-Fictions-Biological-Facts.pdf
BENJAMIN, Ruha (editor). Captivating technology : race, carceral technoscience, and liberatory imagination in everyday life. Durham : Duke University Press, 2019.
CADENA, Marisol de la. Natureza incomum: histórias do antropo-cego. https://www.scielo.br/pdf/rieb/n69/2316-901X-rieb-69-00095.pdf
FEENBERG, Andrew. A Teoria Crítica de Andrew Feenberg: Racionalização Democracia, poder e Tecnologia. Edited by R. Neder, the University of Brasilia, 2010. https://www.sfu.ca/~andrewf/coletanea.pdf
FRASE, P. (2019). Four Futures. Jacobin, September 2011, 1–14. https://www.jacobinmag.com/2011/12/four-futures/
GARCIA dos Santos, Laymert. Politizar as novas tecnologias: O impacto sociotécnico da informação digital e genética. Editora 34, São Paulo, 2011.
MARCUSE, Herbert. Algumas implicações sociais da tecnologia moderna. In: KELLNER, Douglas (Org.). Tecnologia, guerra e fascismo. São Paulo: Ed. UNESP, 1999.
SASSEN, Saskia. ‘Relocating Global Assemblages’: An Interview with Saskia Sassen: http://saskiasassen.com/PDFs/interviews/SS_Relocating_Interview.pdf
SAXE-FERNANDEZ, John (coord.), Sociología política del Colapso Climático Antropogénico. Capitalismo fósil, explotación de combustibles fósiles no convencionales y geopolítica de la energía, CEIICH - UNAM , México, 2018, 369 pp.
SCHWAB, K. (2017). The fourth industrial revolution. World Economic Forum.
STENGERS, Isabelle. No Tempo das Catástrofes. São Paulo: CosacNaif, 2015.
SVAMPA, Maristella. Commodities Consensus: Neoextractivism and Enclosure of the Commons in Latin America,
http://maristellasvampa.net/wp-content/uploads/2019/12/Commodities-consensus.pdf
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