Conheça os projetos de pesquisa do Programa de Pós Graduação em Saúde Coletiva:
Escola Paulista de Medicina
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Conheça os projetos de pesquisa do Programa de Pós Graduação em Saúde Coletiva:
Este projeto de pesquisa tem por escopo abordar aspectos socioculturais da saúde, seja como processo ou fenômeno, relacionando-os às concepções subjacentes aos diferenciados grupos sociais ou de sociedades. As práticas de diagnóstico, tratamento e cura constituem realizações humanas e configuram diferentes formas de organizações sociais que expressam desde sistemas tradicionais de atenção à saúde, moldados em distintas culturas e diferentes processos históricos, assim como de sistemas oficiais configurados em contextos de Estados nacionais que configuram estruturas ampliadas de assistência à saúde, com uso de tecnologias materiais e imateriais. Diversidade e desigualdade constituem conceitos fundamentais neste projeto, posto que o acesso aos conhecimentos e práticas em saúde emergem em contextos sociais nem sempre favoráveis ao desenvolvimento de processos equitativos em sua distribuição.
A reestruturação de sistemas e serviços de saúde exige transformações nas políticas de saúde, na formação profissional, nas práticas de cuidado e no funcionamento das organizações de saúde. O projeto visa descrever, analisar e avaliar as produções, invenções e os desafios para a implementação e conformação de políticas e modos de produção do cuidado que possam aprimorar a capacidade de resposta do SUS. É desenvolvido a partir de dados primários e secundários oriundos de estudos de caráter quali-quantitativo realizados em serviços, em diferentes municípios e regiões de saúde. Propõe-se a investigar tanto a experimentação de novos arranjos tecnológicos para a gestão e o cuidado, como tecnológicas que visem promover e facilitar inovações nos modos de cuidar e coordenar o cuidado. Procura identificar analisadores da produção macro e micropolítica e caracterizar e compreender as transformações ocorridas em diferentes cenários e seus impactos nas políticas de saúde, na gestão do SUS e suas repercussões para os trabalhadores da saúde e usuários dos serviços de saúde.
Estudar as intervenções psicossociais baseadas em "mindfulness" ("atenção plena" - modelos MBSR - MBCT - MBHP - similares) enquanto intervenções complexas e inovadoras voltadas à promoção da saúde, qualidade de vida, e ao (auto)manejo de condições crônicas, com foco na implementação dessas intervenções em sistemas de saúde (em especial, na Atenção Primária à Saúde) e na sociedade em geral (educação e organizações). Para atingir os objetivos serão utilizados múltiplos métodos de execução das intervenções (presencial - online - blended) e de análise de dados (quantitativos e qualitativos - incluindo dados estruturados e não-estruturados, e análises de Big Data). O projeto visa avaliar os efeitos de programas de intervencão baseado em mindfulness em indicadores de saúde, estresse fisiológico e psicológico, e de qualidade de vida, em profissionais de saúde, populações sadias, universitários e portadores de patologias específicas no Estado de São Paulo. O projeto inclui desde 2020 avaliação do efeito da intervenção mindfulness em pacientes que viveram a Covid 19. Possui mais de um financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico ao longo dos anos e bolsa de produtividade em pesquisa.
As doenças crônicas não transmissíveis (DNCT) são as principais causas de morte no Brasil e no mundo. Doenças cardiovasculares são responsáveis pela maioria das mortes por DCNT, seguida por câncer, doenças respiratórias e diabetes. Tabagismo, consumo de álcool, inatividade física, alimentação não saudável e excesso de peso e obesidade estão entre os principais fatores de risco associados às DCNT. Este projeto de pesquisa visa (1) descrever a frequência e a distribuição das principais DCNT e seus determinantes; (2) identificar a causas e o potencial de prevenção das DCNT em populações. Para tanto, utilizamos bases de dados secundárias, como inquéritos (PNS, VIGITEL, PeNSE e POF) e sistemas de informação (SIM, SIA, SIH), estudos epidemiológicos nacionais e internacionais (SP-PROSO, Nurse’s Health Study, Health Professionals Follow-up Study) e revisões sistemáticas da literatura.
Na nova coorte EPIDOSO II, poderemos medir a incidência da perda funcional com o instrumento, e compara-la com a perda medida com os instrumentos clássicos aplicados na linha de base. A questão maior que se coloca, é o reconhecimento de fatores de risco evitáveis para perda funcional e a efetividade de ações de promoção da saúde na prevenção da perda funcional. Efetividade que muitas vezes envolve mudanças hábitos e comportamentos, algo reconhecidamente complicado. Afora a determinação da incidência de perda funcional e fatores associados, o projeto EPIDOSO II tem como objetivo avaliar intervenções de promoção de saúde visando a preservação e recuperação da capacidade funcional dos idosos e a inclusão social dos idosos. Nesta fase do projeto, serão desenvolvidos estudos de intervenção com grupos específicos de idosos e com a comunidade em geral, com potencial de mudanças geo-políticas e sociais no bairro do projeto (Vila Clementino, São Paulo).
Partindo dos resultados e desdobramentos de projetos de pesquisa anteriores financiados pela FAPESP e outras instituições, esta proposta pretende desenvolver estudos que avancem e ampliem a compreensão da temática da humanização em saúde, investigando o papel que pode desempenhar as humanidades e, particularmente, as narrativas neste processo formativo e de vivência profissional. Neste sentido, procurando confluir linhas de pesquisa que já vinham sendo desenvolvidas paralelamente, este projeto propõe a realização de um trabalho em duas grandes frentes: 1) Teórico-conceitual: visando, através de abordagens histórico-filosóficas, o aprofundamento e esclarecimento dos conceitos centrais neste projeto: Humanidades, Narrativas e Humanização; 2)Empírico-experimental: visando, através de abordagens metodológicas qualitativas, fundamentadas em narrativas e observação participante, compreender de que forma e em que medida, no âmbito das humanidades, as diversas formas de narrativa (Literatura, História, Histórias de Vida, Artes, Cinema, etc.) podem contribuir para a humanização em saúde, seja no âmbito formativo, seja no âmbito da prática e da pesquisa.
Nos últimos anos, pesquisadores e gestores públicos têm se atentado mais ao papel do consumo de álcool e outras drogas durante a adolescência, visto que este foi identificado claramente como um marcador para a carga global de doenças em adultos. Neste sentido, os esforços para a prevenção do consumo de drogas na adolescência partem de estudos epidemiológicos que permitam o entendimento amplo da iniciação, progressão e trajetórias na instalação de padrões nocivos de consumo, consequentemente oferecendo subsídios para a elaboração de programas efetivos. Este projeto se pretende a avaliar programas de prevenção aplicados pelo governo com ênfase na redução do consumo de drogas, reducao da violência e dos sintomas psiquiátricos. Para tal, os programas #Tamojunto, Elos, Famílias Fortes e Proerd serão avaliados através de ensaios controlados randomizados, avaliação de processo e avaliação formativa, a partir de métodos mistos de pesquisa. Os três primeiros programas são propriedade do governo federal e o último, dos governos estaduais. Trata-se de estudos de alta complexidade, com grandes amostras distribuídas por diversas cidades brasileiras, em parceira com diferentes entidades governamentais. A partir destes estudos, além de responder sobre o efeito de intervenções, é possível identificar as relações causais entre drogas, saúde mental e violência a partir da utilização de análises estatísticas longitudinais complexas, como, por exemplo, a modelagem por equações estruturais, dando ainda mais robustez aos achados. Ao longo dos anos este projeto recebeu financiamento das seguintes fontes: Ministério da Saúde; United Nations Office for Drugs and Crimes; Edital Universal CNPq; Auxílio Regular Fapesp; Columbia University President's Global Innovation Fund e Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos.
Trata-se de projeto que visa descrever, analisar e avaliar os processos e a gestão do o trabalho, a partir de estudos de caráter quali-quanti, avaliando tanto as condições de trabalho e sua organização como as repercussões na saúde mental e física dos trabalhadores. Insere-se, ainda no projeto a análise dos processos de formação dos profissionais de saúde nos âmbitos da graduação e pós-graduação (em particular as residências médicas e multiprofissionais) por sua estreita relação com os serviços de saúde e o trabalho em saúde.
Os fluxos migratórios internacionais constituem mudanças sociopolíticas e econômicas com repercussões globais e locais, constantemente acionadas e aprofundadas sob o domínio do processo da globalização. Estudos recentes evidenciam o incremento de iniquidades como consequência das desigualdades e modos de vida e de trabalho precários; a ascensão de doenças infecciosas, como a tuberculose; a transposição, pelas fronteiras, de doenças endêmicas, como a doença de Chagas; a saúde mental, quase sempre negligenciada nestes processos, ou, mesmo, as barreiras no acesso aos cuidados de saúde, para listar alguns dos problemas já identificados. Neste sentido, as investigações têm evidenciado que, de maneira geral, os imigrantes mobilizam os serviços de saúde com suas concepções e práticas sobre o processo saúde-doença-cuidados, tornando cada vez mais complexo o campo de inter-relações que emerge a partir do encontro de concepções e práticas vivenciadas no contexto de destino migratório. A produção de estudos sobre os processos migratórios internacionais em suas interfaces com a saúde tem se destacado pelo crescimento e, também, pelo desenvolvimento de análises que requerem cada vez mais conhecimentos articulados de forma interdisciplinar na abordagem dos processos migratórios. Este projeto pretende expor e debater o campo de estudos sobre processos migratórios internacionais e saúde enfatizando algumas abordagens teóricas nas ciências sociais em suas interfaces com o campo interdisciplinar da saúde coletiva, trabalho e condições de vida e saúde de imigrantes e refugiados, políticas de saúde e aspectos teórico-metodológicos nas investigações sobre a saúde dos imigrantes e refugiados.
Este projeto é composto por coletas de dados primários e análise de fontes secundárias de dados visando a produção de informações sobre a trajetória da pandemia do Covid-19 no Brasil e no mundo. Foram utilizados dados secundários dos sistemas de informacao em Saúde para avaliar a dimensão da população em maior risco para a infecção por Covid 19. Revisão da literatura permitiu avaliar os potenciais desfechos esperados para a pandemia no campo da saúde mental e das principais comorbidades associadas à doença. Dados primários em parceira com a OPAS foram coletados para avaliar consumo de álcool e estilo de vida durante a pandemia. O efeito da pandemia foi ainda avaliado em populacoes vulneráveis socialmente, através de projeto financiado pela Fundaçao Tide Setúbal, visando amparar estratégias de prevenção. Por fim, O bracó do projeto financiado pelo Ministério Público Federal vissou avaliar o uso do recurso público no enfrentamento da pandemia.Em seu braço qualitativo o estudo teve por objetivo analisar as produções, invenções e desafios na gestão do cuidado implementadas pelas redes de atenção à saúde em duas Regiões de Saúde do Estado de São Paulo para o enfrentamento da pandemia da COVID-19, com ênfase na atenção básica, e apresentar proposições que possam aprimorar a capacidade de resposta do SUS.
O abuso de drogas é uma importante questão de saúde pública, já que envolve não apenas complicações e riscos individuais, como coletivos, afetando o cotidiano de importante parcela da população brasileira. O estudo do comportamento de usuários de drogas permite identificaçao de padrões de consumo, as tendências e os fatores de risco aos quais os grupos mais afetados estão expostos. Este projeto se propõe a investigar diferentes aspectos do consumo de álcool e outras drogas, com ênfase em padrões de risco, discutindo possíveis intervencões e políticas públicas que possam reduzir os danos associados ao consumo.
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