Ementa
A disciplina parte da caracterização e da crítica da abordagem estrutural-funcionalista e sistêmica das organizações, por entendê-la como ainda hegemônica nos vários modelos de gestão que são discutidos contemporaneamente, incluindo as organizações de saúde. Apesar de predominante ela é insuficiente para dar conta da complexidade da gestão em saúde. Debate-se aspectos da atual da teoria da organização. Objetiva-se, assim, apresentar elementos para construção de uma teoria organizacional crítica, a partir de cinco mapas teórico-conceituais (As múltiplas dimensões do cuidado em saúde como guia da gestão em saúde; Organização, Instituição e análise institucional; Teoria Geral da Administração: A crítica ao estrutural-funcionalismo; Autoridade e poder na organização; O trabalho em saúde: trabalhador moral, trabalho vivo, trabalho imaterial, prazer e sofrimento no trabalho, trabalho interprofissional) utilizando-os para análise de algumas situações do cotidiano dos serviços de saúde e achados de investigações do grupo de pesquisa do Laboratório de Saúde Coletiva Lascol – PPGS. Espera-se propiciar reflexão sobre os desafios da gestão dos serviços de saúde.
Metodologia: Aulas expositivas e dialogadas (virtuais e presenciais); Análise de cenas, de narrativas e de pesquisas realizadas na área; Seminários.
Referências
Altoé S. (Org). René Lourau: analista institucional em tempo integral. São Paulo: Hucitec, 2004. Pag. 69-74.
Baremblitt G. Compêndio de Análise Institucional e outras correntes. Teoria e Prática. Rio De Janeiro: 3a ed. Rosa dos Tempos, 1996. Pags. 71-89.
Bertero CO. Teoria da Organização e Sociedades -subdesenvolvidas. RAE, 1992; 32(3):14-28.
Bragagnolo LM; Chioro A; Andreazza R. Gestão de unidades básicas de saúde por organizações sociais: ambivalências nos processos de trabalho e de cuidado. Revista de Administração Municipal - RAM 305. 36-48, 2021.
Carapinheiro G. Da teoria e do método na construção do objeto. In: _____Saberes e Poderes no Hospital, para uma sociologia dos serviços hospitalares. Porto: Edições Afrontamento, 1993.
Cecilio LCO Balanço de itinerário: o segundo deslocamento. In:____ A micropolítica do hospital: Um itinerário ético-político de intervenções e estudos. 2007. 266f. Tese (Livre Docência em Política, Planejamento e Gestão em Saúde no Departamento de Medicina). Escola Paulista de Medicina. Universidade Federal de São Paulo. p. 01-09.
Cecilio LCO e Lacaz FAC O trabalho em saúde. In: Temas Fundamentais da Reforma Sanitária. Rio de Janeiro: Cebes, 2012 p. 07 – 35
Cecilio LCO et al. O agir leigo e a produção dos mapas de cuidado. In: Cecilio LCO, Carapinheiro G, Andreazza R. (orgs). Os mapas do cuidado: o agir leigo na saúde. São Paulo: Hucitec, 2014 p. 114-159.
Cecilio LCO, Carapinheiro G, Andreazza R, Souza ALM, Andrade MGG, Santiago SM, et al. O agir leigo e o cuidado em saúde: a produção de mapas de cuidado. Cad Saúde Pública 2014; 30:1502-14.
Cecilio LCO, Chioro dos Reis A A, Andreazza R, Spedo SM, Cruz NLM, Carapinheiro G, Correia, T, Schveitzer, MC, Barros, LS. Enfermeiros na operacionalização do Kanban: novos sentidos para a prática profissional em contexto hospitalar? Ciencia & Saude Coletiva, 2019
Cecilio LCO, Chiro dos Reis A A, Carapinheiro G, Correia, T, Andreazza R, Cruz NLM, Barros, LS. Os médicos e a gestão do cuidado em serviços hospitalares de emergência: poder profissional ameaçado? Cadernos de Saúde Pública., 2019
Cecilio LCO, Moreira ME. Disputa de interesses, mecanismos de controle e conflitos: a trama de poder nas organizações de saúde. RAP. 36(4): 587-608. 2002.
Cecilio LCO. O trabalhador moral na saúde: reflexões sobre um conceito. Interface. 11 (22): 345-351, 2007
Dejours, C; Abdoucheli. Itinerário teórico em psicopatologia do trabalho. In: Dejours, C; Abdoucheli, E; Jayet, C