Disciplina: QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO E SAÚDE

  • Nome/título
    QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO E SAÚDE
  • Responsável
    Francisco Antonio de Castro Lacaz, professor titular (aposentado)
  • Corpo Docente
    Dr. Bruno Chapadeiro Ribeiro (doutor em Educação) e outros convidados.
  • E-mail para contato
    f.lacaz@unifesp.br
  • Início - inscrição
    2018-06-19
  • Término - inscrição
    2018-07-27
  • Início - curso
    2018-08-02
  • Término - curso
    2018-11-22
  • Local
    Anf. José Vasserman
  • Dias e Horários
    Quinta-feiras, a cada 15 dias das 9:00 às 17:00 horas
  • Vagas/ Número máximo de alunos
    20
  • Carga horária - Teórica
    70
  • Carga horária - Prática
    30
  • Carga Horária Total
    100
  • Creditos
    7
  • Critérios de ingresso
    Serão aceitas inscrições de 15 alunos regularmente matriculados em Programas de Pós-Graduação da Unifesp e 5 alunos ouvintes externos (outros programas de pós-graduação, gestores e trabalhadores da rede do SUS)
  • Ementa
    Objetiva-se chamar atenção para a historicidade e a polissemia do conceito de Qualidade de Vida n(d)o trabalho (QVT) e seu caráter político, na medida em que envolve interesses de classe contraditórios; na perspectiva de colocá-lo num patamar de discussão que questiona a abordagem ‘clínica’ comumente adotada pelo capital e que coloca como principal estratégia a mudança de ‘hábitos’ dos indivíduos. Assim, desloca-se a discussão para a categoria ‘controle’ sobre os processos de trabalho, na perspectiva dos coletivos de trabalhadores, o que permite articular o conceito à noção de que atingir a QVT envolve um embate político que é dado pela correlação de forças capital-trabalho, em sociedades concretas. Neste sentido, mesmo que se considere incompatível pensar em QVT numa realidade de precariedade do trabalho (e de direitos), advoga-se que a introdução no debate de um outro ‘olhar’ sobre a questão, o qual também tem um forte caráter político, contra-hegemônico, pode contribuir para o enfrentamento do ‘discurso único’ e da prática a ele acoplada, as quais são defendidas como sendo ‘o’ modelo de abordagem da QVT por parte das empresas e dos intelectuais da própria academia que as assessoram.
  • Conteúdo Programático
    02/08. Apresentação da Disciplina: exposição da Ementa, divisão/composição dos grupos de seminários temáticos e projeção/discussão do filme “Eu, Daniel Blake”.

    16/08. Transformação do trabalho e de seus sentidos: globalização, reestruturação produtiva e neoliberalismo.

    30/08. Saúde-Doença e Trabalho: histórico, disciplinas e visões teóricas.

    13/09. A historicidade da Qualidade de Vida n(d)o Trabalho: conceitos e práticas hegemônicas e contra-hegemônicas.

    27/09. Qualidade de Vida n(d)o Trabalho e Saúde: Estudos epidemiológicos e pesquisas qualitativas.

    11/10. Qualidade de Vida n(d)o Trabalho: um debate.

    25/10. Retrocessos: as (contra) Reformas trabalhista e previdenciária e Saúde do Trabalhador.

    08/11. Nexo causal, diagnóstico e reabilitação em Saúde do Trabalhador: Sistema Único de Saúde (SUS); Previdência e Assistência Social.

    22/11. Experiências intersetoriais na construção de redes em Saúde do Trabalhador: desafios e perspectivas. Avaliação da disciplina: alunos e professores.
  • Referências
    02/08. CHAPADEIRO, B. O método “Tela Crítica”. In: CHAPADEIRO, Bruno. Trabalho e gestão através do cinema. Bauru: Canal 6, 2013, pp. 27-40.
    16/08. ANTUNES, R. Os modos de ser da informalidade: rumo a uma nova era da precarização estrutural do trabalho? Serviço Social, n. 107, pp. 405-419, 2011.
    LAURELL, AC. Avançando em direção ao passado: a política social do neoliberalismo. [pp. 151-178] In: LAURELL, AC. (org.) Estado e políticas sociais no neoliberalismo. São Paulo: Cortez, 1995, pp. 151-178.
    30/08. LACAZ, FAC. O campo Saúde do Trabalhador: resgatando conhecimentos e práticas sobre as relações trabalho-saúde. Cadernos de Saúde Pública, v. 23, n. 4, pp. 757-763, 2007.
    MINAYO-GOMEZ, C. O campo da Saúde do Trabalhador: trajetória, configuração e transformações. In: MINAYO-GOMEZ, C. et. al. (orgs.). Saúde do Trabalhador na Sociedade Brasileira Contemporânea. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2011, p. 23-34.
    13/09. LACAZ, FAC. Qualidade de vida no trabalho e saúde/doença. Ciência & Saúde Coletiva, v. 5, n. 1, pp. 151-161, 2000.
    27/09. LACAZ, FAC; SATO, L. Humanização e Qualidade do Processo de Trabalho em Saúde. In: DESLANDES, SF (org.). Humanização dos Cuidados em Saúde: conceitos, dilemas e práticas. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2006, pp. 109-139.
    LIMONGI-FRANÇA, AC; ARELLANO, EB. Análise crítica dos indicadores dos programas de qualidade de vida no trabalho no Brasil. Revista Gestão Industrial, v. 37, pp. 141-151, 2013.
    11/10. PADILHA, V. Qualidade de vida no trabalho num cenário de precarização: uma panaceia delirante. Trabalho, Educação e Saúde, Rio de Janeiro, v. 7, n. 3, pp. 549-563, nov. 2009/fev. 2010.
    25/10. FAGNANI, E. Previdência: reformar para excluir? In: RAMOS, GT et. al (orgs.). O golpe de 2016 e a reforma da previdência: narrativas de resistência. Bauru: Canal 6, 2017, pp. 107-116.
    08/11. SANTOS JÚNIOR, EA; CHEREM, AJ. Estabelecimento de nexo causal entre adoecimento e trabalho: a perspectiva da perícia médica previdenciária. In: MENDES, R. (org.). Patologia do Trabalho. São Paulo: Editora Atheneu, 2013, pp. 249-291.
    22/11. MACHADO, JMH; PORTO, MFS. Promoção da saúde e intersetorialidade: a experiência da vigilância em saúde do trabalhador na construção de redes. Epidemiologia e Serviços de Saúde, Brasília, v. 12, n. 3, pp. 121-130, set. 2003.
    LACAZ, FAC et. al. Estratégia de Saúde da Família e Saúde do Trabalhador: um diálogo possível? Interface, v. 17, n. 44, pp. 75-87, 2013.
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