O Programa de Pós-Graduação em Neurologia e Neurociências recebe alunos com diversas formações em um ambiente propício para a integração entre a pesquisa básica e clínica. Criado em 1978, este programa é dos pioneiros na pós-graduação com característica multidisciplinar na UNIFESP e no país.
Atualmente, o Programa admite alunos graduados em diferentes áreas e que tenham interesse no desenvolvimento de pesquisas na área de neurociências, com ênfase em doenças neurológicas. Seus orientadores atuam em pesquisas clínicas ou pesquisa básica-aplicada que engloba o estudo dos mecanismos envolvidos na fisiopatologia e abordagens terapêuticas de inúmeras doenças neurológicas. A infraestrutura oferecida consta de setores clínicos voltados ao atendimento de paciente, exames subsidiários relacionados à investigação neurológica e laboratórios de pesquisa. Os laboratórios de pesquisa oferecem recursos e infraestrutura para estudos translacionais com utilização de técnicas de biologia molecular, cultura de células, histopatologia, eletrofisologia além da utilização de diversos modelos experimentais.
O Programa objetiva a formação de recursos humanos e de pesquisa de alta qualidade, que permita o desenvolvimento simultâneo de Ciência e Tecnologia no Brasil e que resulte em uma melhor qualidade na investigação e tratamento dos pacientes.
Por cinco avaliações consecutivas da CAPES (2001-2003; 2004-2006; 2007-2009; 2010-2012; 2013-2016) nosso Programa obteve a nota 6, que só é concedida àqueles com excelência internacional, o que atesta a qualidade de nosso Programa.
LINHAS DE PESQUISA
Investigações clínicas em doenças neurológicas
Esta linha de pesquisa é voltada para os estudos em pacientes com doenças neurológicas e que envolvem a avaliação dos aspectos clínicos, investigação diagnóstica e tratamento de doenças como epilepsia, distúrbios do movimento, distúrbios do comportamento e cognição, doenças neurovasculares, doenças neuromusculares, tumores do sistema nervoso,cefaléias, doenças desmielinizantes e autoimunes. O objetivo maior é o entendimento dos diferentes aspectos clínicos e de exames subsidiários para que possamos ter um diagnóstico mais preciso, ter uma melhor avaliação da gravidade, evolução e prognóstico da doença, e por fim, melhorar os tratamentos realizados, inclusive avaliando novos tratamentos. Os estudos são realizados no Hospital São Paulo, que é o hospital de ensino ligado à Escola Paulista de Medicina (Universidade Federal de São Paulo), utilizando os ambulatórios e unidades hospitalares. Estes estudos abrangem não só os tratamentos clínicos e cirúrgicos mas também áreas de apoio ao paciente tais como fisioterapia, fonoterapia, apoio psicológico e social, ou seja, qualquer aspecto ligado ao cuidado e manejo do paciente neurológico.
Neurociência experimental
Esta linha de pesquisa tem o objetivo principal de investigar os processos fisiopatológicos envolvidos nas doenças neurológicas e possíveis estratégias terapêuticas, utilizando modelos experimentais animais, celulares e outros modelos experimentais que possam estar disponíveis, incluindo modelos matemáticos. Estas investigações são realizadas com diferentes métodos baseados em histologia, biologia molecular, biologia celular, eletrofisiologia e outros. Os estudos ocorrem em laboratórios de pesquisa localizados nos diferentes edifícios de pesquisa da Escola Paulista de Medicina e conta com amplos recursos de equipamentos para a realização das mais modernas técnicas de investigação.
Neurociência translacional
Esta linha de pesquisa tem como objetivo fazer a integração entre a os conhecimentos obtidos na bancada do laboratório, os dados clínicos apresentados pelos pacientes e o tratamento da patologia.. A pesquisa translacional apresenta várias definições na literatura mas, em nosso contexto, ela representa a integração da pesquisa básica experimental com a pesquisa clínica. Visa ajudar a geração de novas formas de diagnostico e novas formas de abordagens das doenças neurológicas, através da geração de conhecimentos da fisiopatologia das neuropatias, em associação com dados clínicos apresentados pelos pacientes. Assim, amostras de tecidos e fluidos humanos são estudados em analises laboratoriais na tentativa de se obter novos alvos terapêuticos e novas formas de diagnóstico precoce. Nestas investigações, dados clínicos de pacientes são integrados aos resultados obtidos por estudos que envolvem a experimentação em cultura de células, estudos em genômica, proteômica e lipidômica de tecidos patológicos humanos, na tentativa de interferir e identificar novos alvos terapêuticos, que possam vir a melhorar a qualidade de vida desses pacientes.