ABSTRATO
São Paulo, a cidade mais populosa do Brasil, tem sido o principal destino de refugiados e abriga a maioria dos congoleses, que são a segunda maior nacionalidade a solicitar refúgio no Brasil. No contexto dessas migrações, experiências anteriores em deslocamentos e em locais de acolhimento podem desencadear doenças e sofrimentos. O objetivo deste artigo foi analisar os itinerários terapêuticos de refugiados da República Democrática do Congo residentes na cidade de São Paulo. A pesquisa seguiu uma abordagem etnográfica e incluiu grupo focal, observação etnográfica e entrevistas em profundidade com 15 congoleses refugiados em São Paulo entre 2015 e 2016. As dificuldades enfrentadas na reconstrução digna de vidas incluem moradia, trabalho precário e racismo. Diferentes sistemas atuam na área da saúde, tratamento em centros de saúde e hospitais de problemas físicos agudos e crônicos, além do autocuidado, identificados no preparo de chás para doenças gastrointestinais. Diante do sofrimento, são ativadas as redes sociais religiosas, de amigos e familiares, além do consumo de álcool. A família é procurada diante de problemas financeiros e, principalmente, emocionais. Os itinerários incluem múltiplos sistemas terapêuticos e uma relação dialética com serviços gratuitos e universais percebidos como injustos. A família é procurada diante de problemas financeiros e, principalmente, emocionais. Os itinerários incluem múltiplos sistemas terapêuticos e uma relação dialética com serviços gratuitos e universais percebidos como injustos. A família é procurada diante de problemas financeiros e, principalmente, emocionais. Os itinerários incluem múltiplos sistemas terapêuticos e uma relação dialética com serviços gratuitos e universais percebidos como injustos.
PALAVRAS-CHAVE: Refugiadositinerários terapêuticosRepública Democrática do Congopesquisa qualitativaBrasil
Professora Denise Martin Coviello
Publicado em 23 de janeiro de 2020