Este livro procura decifrar os sentidos da crise da saúde pública brasileira, por meio de seu frágil e poroso financiamento, ancorados na crise do capitalismo contemporâneo, em que se torna explícita a relação orgânica entre o Estado e o capital, imbricando crises econômicas, políticas, ecológicas e sociais. Compreende-se ser essencial refletir sobre a essência da barbárie do capitalismo contemporâneo e a persistência de seus problemas na saúde a partir da economia política crítica marxista.
Por meio de sete capítulos, o livro promove uma reflexão crítica radical sobre os persistentes problemas na saúde pública, entendendo que é praticamente impossível compreendê-los simplificadamente. Por isso, para cumprir tarefa de tal envergadura reflexiva, o livro está ancorado num pensamento que requer uma qualidade infratora que rompa as fronteiras das análises rápidas e dos enfrentamentos mais setoriais. Esse é o desafio que se impõe no presente livro que se pauta sobre a economia política marxista da saúde.